O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, janeiro 11, 2017

QUEM TEM ALMA ENTENDE...



A PALAVRA VERBO

"A palavra justa é um verbo mágico para o ouvido atento ao seu significado essencial, mas a sua deturpação ameaça levar na sua deformação todo o comportamento do homem.
Poucas palavras foram as aquelas que, pela sua adulteração, causaram tantas e funestas consequência como as expressões “alma” e “consciência”, porque a realidades que exprimiam são os elementos-base do que constitui o homem não mortal, e que pode esclarecer o fim da sua existência.
Cada vez que um ensinamento iniciático foi suplantado por dogmas saídos de disputas teológicas, o sentido de “alma” e de “consciência” sofreram variantes conforme as doutrinas religiosas ou ensaios filosóficos que tinham autoridade na época.
Nos primeiros séculos do cristianismo falava-se do “ternário”: corpo, alma e espírito."

(…)

“Todas as Tradições iniciáticas deram aos estados não materiais do homem nomes que determinavam as suas qualidades de subtileza e de imortalidade, diferenciando assim esses estados psico-espirituais, que o catolicismo confunde numa palavra perigosamente global: alma.“
(...)

“A confusão causada pela habitual imprecisão das palavras “alma” e ”consciência” é agravada pelo seu emprego rotineiro que atrofia o “entendimento” tanto daquele que fala como daquele que escuta.
Em tempos novos é precisa uma linguagem nova, que não fará mais do que devolver à palavra o seu “espírito” original, o seu Verbo vivo, sufocado pela sua repetição dessa rotina."

In L’ Ouverture du Chemin – Isha Shwaller de Lubicz

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