A POLITICA QUE ASCO $$$$ E O PERIGO DAS IDEOLOGIAS DE MORTE...
Não acredito em nenhum politico, em nenhum Partido em nenhum homem de esquerda ou de direita - e a coisa mais absurda é que ninguém vê que tanto de um lado como do outro (os extremos tocam-se) e porque defendem as suas cores e as suas crenças...dizem e fazem o mesmo, uns e outros.
Para quem está de fora do jogo politico e das politiquices a única coisa que se evidencia é que TODOS MENTEM E TODOS ROUBAM, TODOS ENGANAM e que as convicções cegam as melhores pessoas...e as massas não passam de carneiros, adeptos do "benfica e do sporting ou do porto" - é vê-los como comentadores desportivos para os conhecer, perdem toda a postura: esgatanham-se como rapazolas e ofendem-se uns aos outros cometendo todos as mesmas violências verbais abusos e cegueira...como primatas.
rlp
ERIC VOEGELIN - ( IDEOLOGIAS )
Eric Voegelin odeia com ódio mortal qualquer tipo de ideologia, seja à direita à esquerda ou ao centro, seja marxismo, nacional-socialismo ou positivismo. Eis uma síntese de seus motivos:
1) Desonestidade intelectual: a ideologia é uma forma de desonestidade intelectual, pois o sujeito não busca examinar a estrutura da realidade; logo um ideólogo não pode jamais ser um cientista;
2) Busca da razão: ideólogos disputam rixas internas que demonstram que ambos os lados estão errados; basta, portanto, manter-se contra todos para ao menos ter alguma razão (Voegelin cita como exemplo de sua afirmação a reforma protestante no século XVI);
*em razão dessa sua posição Voegelin fora chamado de comunista, fascista, nazista, liberal, judeu, católico, protestante, platônico, neo-agostiniano, tomista e hegeliano.
3) Ódio primitivo: as ideologias foram criadas para justificar o morticínio de seres humanos por diversão; mais profundamente, tal comportamente decorre de uma necessidade de conquista de uma pseudo-identidade para substituir a perda do ego humano, o que se faz preferencialmente matando alguém; isto é feito através da criação de Segundas Realidades, que substituem as tensões reais como vida/morte, luz/trevas, fé/desespero, as quais são inerentes à Primeira Realidade (ver The Eclipse of Reality).
Em razão deste eclipse, perde-se a dignidade inerente a todo ser humano, transformando este numa mera máquina a ser exterminada em razão de uma "causa". No meio intelectual, a ideologia cria a indiferença ante a dor alheia. Os intelectuais perdem o próprio ego e se transformam em proxenetas a serviço do Estado totalitário.
4) Destruição da linguagem: seja no nível do jargão intelectual de alta complexidade seja no nível vulgar, a ideologia busca ocultar suas premissas erradas se valendo de outra estrutura de linguagem, para que tais premissas equivocadas não sejam descobertas e discutidas. Cita como exemplo ideólogos que preferem Hegel a Marx apenas porque aquele usa linguagem mais complicada. Marx era um charlatão intelectual deliberado, que criou uma ideologia para apoiar a violência contra seres humanos. O problema da filosofia de Marx era sua fuga constante e consciente de dialogar com o argumento etiológico de Aristóteles (problema segundo o qual o homem não provém dele mesmo, mas do plano divino da realidade).
5) Vulgarização do debate: as ideologias vulgarizam as discussões intelectuais, fazendo do debate público uma oclocracia (governo de vulgares). Considera-se fascista/autoritária simples referência a fatos da história cujo conhecimento é necessário para discussão de problemas políticos. Condena-se assim o conhecimento histórico e filosófico. Os intelectuais limitam seus horizontes de consciência, razão pela qual os debatedores são analfabetos funcionais com forte ânsia de autopromoção.
Todo este contexto de perversão dos símbolos necessários à compreensão da realidade favoreceu a ascenção de Hitler na Alemanha, provando Voegelin que o nacional-socialismo alemão não foi um fato aleatório ou a que estava a Alemanha predestinada a sofrer, mas resultado da decadência moral, espiritual e intelectual de uma nação que trocou Cristo por Thor e Odin.
Voegelin alerta que não se pode admitir um vulgar como interlocutor de um debate, pois se trata de um problema sério, já que foram os vulgares que construíram a atmosfera intelectual propícia à figura de Hitler. No caso alemão, os destruidores da língua nacional pela literatura e pela imprensa (fato relatado por Karl Kraus em Die Fackel) foram os verdadeiros culpados pelas atrocidades do nacional-socialismo, que só foi possível em razão do ambiente social tão destruído permitir a ascensão de um representante deste nível vulgar.
A ideologia é chamada de religião política, apesar do termo religião ser vago e deformar o problema real da experiência, segundo relata o próprio Voegelin. A autoridade da Igreja é substituída pela do Estado, o que demonstra a íntima ligação entre a vida do espírito e a vida política (relação que o prof. faz entre Leviatã de Hobbes, o Hino do Rei Sol de Akhenaton e o Apocalipse). Esta alteração da autoridade enseja a criação de realidades alternativas, fundadas somente em bases ideológicas. A luta do prof. Voegelin é restaurar a ordem do espírito na vida em sociedade.
Fonte: Reflexões Autobiográficas e Hitler e os Alemães, ambos de Eric Voegelin.
Texto de Dk Bertelli
Eric Voegelin odeia com ódio mortal qualquer tipo de ideologia, seja à direita à esquerda ou ao centro, seja marxismo, nacional-socialismo ou positivismo. Eis uma síntese de seus motivos:
1) Desonestidade intelectual: a ideologia é uma forma de desonestidade intelectual, pois o sujeito não busca examinar a estrutura da realidade; logo um ideólogo não pode jamais ser um cientista;
2) Busca da razão: ideólogos disputam rixas internas que demonstram que ambos os lados estão errados; basta, portanto, manter-se contra todos para ao menos ter alguma razão (Voegelin cita como exemplo de sua afirmação a reforma protestante no século XVI);
*em razão dessa sua posição Voegelin fora chamado de comunista, fascista, nazista, liberal, judeu, católico, protestante, platônico, neo-agostiniano, tomista e hegeliano.
3) Ódio primitivo: as ideologias foram criadas para justificar o morticínio de seres humanos por diversão; mais profundamente, tal comportamente decorre de uma necessidade de conquista de uma pseudo-identidade para substituir a perda do ego humano, o que se faz preferencialmente matando alguém; isto é feito através da criação de Segundas Realidades, que substituem as tensões reais como vida/morte, luz/trevas, fé/desespero, as quais são inerentes à Primeira Realidade (ver The Eclipse of Reality).
Em razão deste eclipse, perde-se a dignidade inerente a todo ser humano, transformando este numa mera máquina a ser exterminada em razão de uma "causa". No meio intelectual, a ideologia cria a indiferença ante a dor alheia. Os intelectuais perdem o próprio ego e se transformam em proxenetas a serviço do Estado totalitário.
4) Destruição da linguagem: seja no nível do jargão intelectual de alta complexidade seja no nível vulgar, a ideologia busca ocultar suas premissas erradas se valendo de outra estrutura de linguagem, para que tais premissas equivocadas não sejam descobertas e discutidas. Cita como exemplo ideólogos que preferem Hegel a Marx apenas porque aquele usa linguagem mais complicada. Marx era um charlatão intelectual deliberado, que criou uma ideologia para apoiar a violência contra seres humanos. O problema da filosofia de Marx era sua fuga constante e consciente de dialogar com o argumento etiológico de Aristóteles (problema segundo o qual o homem não provém dele mesmo, mas do plano divino da realidade).
5) Vulgarização do debate: as ideologias vulgarizam as discussões intelectuais, fazendo do debate público uma oclocracia (governo de vulgares). Considera-se fascista/autoritária simples referência a fatos da história cujo conhecimento é necessário para discussão de problemas políticos. Condena-se assim o conhecimento histórico e filosófico. Os intelectuais limitam seus horizontes de consciência, razão pela qual os debatedores são analfabetos funcionais com forte ânsia de autopromoção.
Todo este contexto de perversão dos símbolos necessários à compreensão da realidade favoreceu a ascenção de Hitler na Alemanha, provando Voegelin que o nacional-socialismo alemão não foi um fato aleatório ou a que estava a Alemanha predestinada a sofrer, mas resultado da decadência moral, espiritual e intelectual de uma nação que trocou Cristo por Thor e Odin.
Voegelin alerta que não se pode admitir um vulgar como interlocutor de um debate, pois se trata de um problema sério, já que foram os vulgares que construíram a atmosfera intelectual propícia à figura de Hitler. No caso alemão, os destruidores da língua nacional pela literatura e pela imprensa (fato relatado por Karl Kraus em Die Fackel) foram os verdadeiros culpados pelas atrocidades do nacional-socialismo, que só foi possível em razão do ambiente social tão destruído permitir a ascensão de um representante deste nível vulgar.
A ideologia é chamada de religião política, apesar do termo religião ser vago e deformar o problema real da experiência, segundo relata o próprio Voegelin. A autoridade da Igreja é substituída pela do Estado, o que demonstra a íntima ligação entre a vida do espírito e a vida política (relação que o prof. faz entre Leviatã de Hobbes, o Hino do Rei Sol de Akhenaton e o Apocalipse). Esta alteração da autoridade enseja a criação de realidades alternativas, fundadas somente em bases ideológicas. A luta do prof. Voegelin é restaurar a ordem do espírito na vida em sociedade.
Fonte: Reflexões Autobiográficas e Hitler e os Alemães, ambos de Eric Voegelin.
Texto de Dk Bertelli
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