O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, abril 11, 2018

O CORAÇÃO EM CHAMAS



"O Coração em chamas, ou o fogo do coração é a metáfora, a forma de que se revestiu nas suas aparências históricas. Mas na terminologia popular, nessa vida que o "coração" levou em seus territórios, o coração não é fogo, mas parece apresentar-se em símbolos espaciais: é como um espaço que dentro da pessoa se abre para acolher certas realidades. Lugar onde se albergam os sentimentos indecifráveis, que saltam por cima dos juízes e daquilo que pode ser explicado."
(...)

in A METÁFORA DO CORAÇÃO - MARIA ZAMBRANO


" A escolha abre ou fecha a porta do Templo, lá onde a Luz sem sombra revela a origem do mundo binário, obra das antinomias.

Aquele que poder franquear a porta reconhecerá o que em si é material, feminino, passivo e aquático é Lua, e o que em si é activo, quente, ardente e sem forma é o Sol. Ele saberá que no mundo da Dualidade, ele projecta no Céu esta Lua e este Sol; ele esqueceu que (estes princípios) estavam nele, para não os ver mais senão fora de si mesmo. É este lugar – ou “momentos” – a que chamamos de “descida das luzes”, quando a inteligência vem ao coração."


in Le Miracle Egypcien - Schwaller de Lubicz


O coração que escuta

Emprestando o seu coração que em si escuta os lamentos dos que mais sofrem e de todos os seres de verdade, os destituídos de mentiras, de coração equitativo, o ser verdadeiro, aquele cujo coração sabe e conhece os pensamentos pelo coração sem que nada saia dos lábios dos que sofrem pois pelo escutar do seu coração é que lhe é dado o entendimento mais puro.


in Le Miracle Egypcien - Schwaller de Lubicz





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