O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, abril 25, 2018

O 25 DE ABRIL TROUXE O QUÊ ÀS MULHERES?


ABRIL 
NADA RESOLVEU O PROBLEMA DA IDENTIDADE DA MULHER, porque a revolução da mulher é outra, começa nela mesma, é o problema da sua verdadeira identidade!


“A revolta da mulher é a que leva à convulsão em todos os estratos sociais; nada fica de pé, nem relações de classe, nem de grupo, nem individuais, toda a repressão terá de ser desenraizada.(...)Tudo terá de ser novo. E ("PORQUE") o problema da mulher no meio disto, não é o de perder ou ganhar, mas é o da sua identidade.”*

 **in Novas Cartas Portuguesas, Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta, 1972


"As Mulheres que lêem são perigosíssimas, pois claro; e então as que escrevem, um verdadeiro risco para a Civilização... Algumas até se disfarçaram de homens para escrever, lembram-se?
 
Lá se vai a IMBECILLITAS SEXUS, categoria do Direito Romano que passou para o Direito Comum (EUROPA!!!) e entronca oh so well na definição Aristotélica da MULHER como Homem IMPERFEITO ('De Generatione Animalium'). Na nossa tradição 'ocidental', esta concepção vai direitinha até Freud, passando por tantos iluminados juristas, teólogos e tutti quanti.
Tantos imbecis arrogantes, Deus do Céu. E tantos sábios ignorantes aconselhando o povo in all matters matrimonal, como Francisco Manuel de Melo et al.
Por isso, como diria Virginia Woolf, é muito difícil 'not to write in a rage', porque, como diz a Doutora TPB (eu) na sua tese de doutoramento, antes de nós há dois mil anos de insultos, ignorância, menosprezo e sheer stupidity."


('Mulheres, Direito e Crime ou a Perplexidade de Cassandra'. Lx, AAFDL, 1990-1993).


AGORA QUE SE FALA TANTO EM  "PARIDADE"...
É PRECISO PENSAR O QUE ISSO SIGNIFICA DE FACTO ...


"Porque, na realidade, o que é a igualdade de género?
O que significa a participação igualitária das mulheres nas estruturas sociais, econômicas e políticas?
É, realmente, mudar a essência do mundo em que vivemos?
Para responder a isso, precisamos apenas observar que nos rodeia.
Note, por exemplo, as mulheres que entram no mundo da política.
Elas são menos ambiciosas do que um homem?
Estamos presenciando uma profunda transformação globalmente à medida que as mulheres incorporam cargos de responsabilidade? A resposta para todas essas perguntas é tão triste quanto óbvia."


in GAZZETTA DEL APOCALIPSIS"

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