Gosto,
Das palmas abertas…
Das veias que se cruzam
Das linhas do coração
entre as linhas da vida já vivida
e da morte que se anuncia
(talvez breve...ou não?)
Gosto,
Das rugas que se adivinham…
Das veias arroxeadas
Onde o sangue ainda corre,
E que se demarcam…
Gosto,
Dos meus dedos sensíveis
nem longos nem curtos...
Ah gosto,
Das minhas mãos de velha...
Quase engelhadas ...
Estou-lhes grata!
Pelas carícias que fizeram,
Pelas festas, pelos gestos…
Por terem tantas vezes segurado
As pontas,
E os nós das encruzilhadas …
E de se unirem em oração
Ou aflitas, em desespero…
Em gratidão,
Sempre ávidas de Amor
Em reverência à Vida e à Deusa…
Ao papel e à escrita…
E às Palavras como estas…
Que me salvam da solidão…
rlp
13 de Agosto de 2014
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