O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, dezembro 15, 2020

ESSÊNCIA E MATÉRIA




O outro lado de mim...completa-me no que sou no mundo!


As pessoas teimam em separar o seu lado luminoso da sua sombra e pretendem ver-se só no lado da Luz…Pensam-se iluminadas como se a luz apagasse todos os traços da sua personalidade e a pessoa não tivesse mais de lidar com a sua sombra e o seu ego… e que essa luz só por si resolveria tudo. É como se o nascer do dia ocultasse todas as coisas sombrias que elas pensam como "más e negativas" e a noite fosse apenas um pesadelo a banir das vidas e do nosso dia e realidade...mas a VIDA em si é composta de dois lados e eles são concomitantes e estão presentes em tudo e a cada instante. Tanto como a dor está no prazer, a tristeza na alegria, e a noite no dia...ou no calor o frio, pois tudo tem duas faces e tudo o que temos a fazer é unir esses dois lados equilibra-los e integrar o suposto "bem e mal" que não são mais do que o oscilar da balança a pender por defeito para um dos lados apenas… Temos de nos centrar no Fiel da Balança… ou na nossa alma para atingir uma coesão existencial. Depois talvez possamos aceder ao plano espiritual por excelência, a uma Visão neutral das coisas. Negar os opostos, contudo, olhar só para um só lado de tudo porque nos disseram - as religiões - que isso era "o bem e o bom" é negar a SUBSTÂNCIA do mundo e da manifestação, é negar o principio do universo e do Tao. É negar a Alquimia da vida, o Sol e a Lua, o feminino e masculino e a evolução da consciência… que se encontra mesmo ao Centro...no nosso Coração inteligente, num entendimento superior e que é apanágio de uma verdadeira humanidade.

rlp

(2018)

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