O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, dezembro 17, 2022

"NÃO ME SINTO BEM NA MINHA PELE? "

 

NÃO É UMA QUESTÃO DE PELE...
É UMA QUESTÃO DE ALMA! E QUEM A TEM...

Como está escrito nos Upanishades - (o livro mais antigo do mundo)

"A ALMA não é um homem nem uma mulher, nem o que não é homem nem mulher. Quando a alma toma a forma de um corpo , fica limitada por esse corpo. (...)
A qualidade da alma determina o seu futuro corpo: terreno ou aéreo, pesado ou leve. Os seus pensamentos e acções podem levá-lo a liberdade , ou conduzi-lo à escravidão , vida após vida."


O tema trans é demasiado complexo e controverso, mas queria escrever sobre ele e como as mulheres do Sistema, intelectuais e feministas se confundem com o que acham ser o Feminino e a Mulher e ainda falando de uma ESSÊNCIA-alma que de si desconhecem uma vez que desconhecem a mulher integral, e lidam apenas com a mulher fragmentada e por isso ninguém se entende e se discutem intelectualmente conceitos e filosofias e nenhuma mulher acerta na verdadeira essência do FEMININO porque ESSA MULHER não existe A MULHER VERDADEIRA NÃO EXISTE! Como não existe o homem...

Mas aqui interessa-me a Mulher porque essa MULHER que a sociedade retrata e define como mulher, não é a Mulher integrada nem a mulher plena. E este aspecto da sua integralidade, relacionado com o Principio Feminino, e que foi escamoteado e ignorado pelo patriarcado é hoje ignorado pelas mulheres, que desconhecem a sua própria divisão e fragmentação, está a dar aso a maior mistificação do que é ser mulher chegando ao ponto mais aberrante e dramático de negar a sua verdadeira essência.
A sexualidade falocrática de facto erotizou a mulher em função exclusiva do acto sexual e este se basear apenas na penetração (e procriação), sem lhe permitir a descoberta sensual do seu próprio erotismo ou corpo... e como ele é extensivo a outras formas de erotismo e que o orgasmo não é só genital... Vejo-as totalmente presas desse conceito - falo-depednentes, diria e incapazes de se imaginarem eroticas em si mesmas...desfrutarem do seu próprio prazer de ser, SENTINDO-SE INTIMAMANETE, despertas pela sua própria sensualidade de mulheres sensiveis da cabeça aos pés...na descoberta do seu corpo de desejo e mesmo sem ser sexualmente ou mesmo que não se toquem ou se masturbem.
Conheço mulheres modernas que não concebem senão o coito tradicional e outras que ousam responder as apetências homossexuais dos maridos e amantes, (através do uso de artefactos...fálicos), mas dizer como a autora lésbica e feminista que uma mulher por ter orgasmos com um homem está a colaborar com o Sistema patriarcal, é ser tão opressora e redutora como o é o Sistema que força a mulher a ter só relações com o homem e que preconizou como unica forma de "realização" sexual...

Porém, o que eu contraponho a esta senhora, que parece um "homem"? (e o que é ser homem e ser mulher ao fim e ao cabo?) Por mim direi que ser-se MULHER é ser inteira, feminina na sua essência e desfrutar do seu corpo e do seu prazer seja com homens seja com mulheres... desde que seja fiel a si mesma e CONSCIENTE DA SUA ESSÊNCIA E DA SUA LIBERDADE. 

Deixo algumas das controvérsias destas intelectuais que defendem a mulher, mas sem saber o que é de facto uma MULHER em si mesmas...
rlp

 
 
"Na Universidade de Melbourne, onde Jeffreys trabalhou até sua aposentadoria em maio de 2015, anunciou seus serviços como uma especialista em um número de disciplinas:
Em uma entrevista, Julie Bindel explica que Jeffreys acredita que a cirurgia de redesignação sexual "é uma extensão da indústria da beleza, oferecendo soluções cosméticas a problemas mais profundamente enraizados" e que em uma sociedade sem gênero, isso seria desnecessário.[6] Jeffreys apresentou estas opiniões em vários fóruns. Em 1997, o artigo no Jornal de Estudos Lésbicos, por exemplo, Jeffreys afirmou que "o transexualismo deve ser visto como uma violação dos direitos humanos." Jeffreys também argumentou que "a grande maioria das transexuais ainda subscrevem o estereótipo tradicional de mulher" e que por transição medica e social, as mulheres trans são "a construção de uma fantasia conservadora de como as mulheres devem ser. Eles (sic) estão inventando uma essência da feminilidade que é profundamente insultuosa e restritiva."[8]
As opiniões de Jeffreys sobre estes temas têm sido contestadas por ativistas transgênero. Roz Kaveney, uma mulher trans e crítica de Jeffreys, escreveu no The Guardian que Sheila Jeffreys e feministas radicais que compartilham de seus pontos de vista "agem como um culto." Kaveney comparou o desejo de proibição da cirurgia de redesignação sexual dita por Jeffreys ao desejo de proibir o aborto da Igreja Católica, argumentando que ambas as propostas trazem negativas "implicações para todas as mulheres." Finalmente, Kaveney criticou Jeffreys e apoiadores por suposto "anti-intelectualismo, a ênfase nos conhecimentos inatos, fetichização de pequenas diferenças ideológicas, caça a heresia, teorias da conspiração, retórica, uso de imagens de nojo, falar de facadas pelas costas e apocalipsismo romântico."[9]
Em abril de 2014, no Gender Hurts: A Feminist Analysis of the Politics of Transgenderism, um livro coescrito por Jeffreys com Lorene Gottschalk, foi publicado. Timothy Laurie argumentou que a formalização da dinâmica social entre homens e mulheres no livro em termos de "estratégias" e dividendos" arrisca-se "confundindo a continuação da existência da desigualdade de trocas econômicas (bem documentado por R. W. Connell) com as menos previsíveis, mas igualmente importante, lutas sobre o que é denominado de 'masculino' e 'feminino' e para os fins coletivos.".[10]
Em maio de 2014, Judith Butler falou sobre as visões de Jeffreys de que a cirurgia de redesignação sexual é diretamente política.[11] Em uma entrevista, Butler respondeu a noção de Jeffreys de que a cirurgia de redesignação é um componente de controle patriarcal. Ela afirmou que "há um problema com essa visão da construção social é que ela sugere que o que as pessoas trans sentem sobre o que seu gênero é, e deve ser, é "construído" e, portanto, não é real. E, então, a polícia feminista aparece..."[12]
Jeffreys, declarou no programa de rádio "Sunday Night Safran" de 2014 na ABC Radio que "as mulheres transgênero são "homens homossexuais que não sentem que podem ser homossexuais em corpos de homens" ou "homens heterossexuais que têm um interesse sexual em se vestir com roupas de mulher e ter a aparência de mulheres", provocando críticas de membros das comunidades indígenas e comunidades trans por racismo e transfobia.[13][14]

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