O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, dezembro 30, 2022

Quanto custa a busca da felicidade ?



DANÇAR EM PONTAS...


Todos/as nós de uma maneira geral, achamos que temos de ser felizes, buscamos o prazer e tendemos a ir apenas ao encontro das chamadas "coisas boas"...das coisas bonitas, das coisas agradáveis...e com isso, devido a uma cultura/religião, a meu ver totalmente hipócrita e falsa, esquecemos e omitimos o verdadeiro ou desviamo-nos das coisas complicadas e difíceis, do que está por detrás das aparências do que é belo… 
Com esta estranha perseguição da "felicidade prometida" como de um oásis no deserto, tod@s nós nos demitimos das coisas complexas e profundas ou problemáticas, paradoxais, nomeadamente da nossa Sombra e tudo o que concerne o nosso inconsciente porque é perigoso ver a realidade e por isso guardamos a 7 chaves os nossos segredos e dores e misérias...como fazemos com tudo o mais que não nos agrada aos olhos e varremos para debaixo do tapete julgando que com isso avançamos e estamos a ir ao encontro de deus do céu...ou dessa felicidade sempre longínqua e fugaz, ou em termos mais religiosos, vamos em busca de luz e de paz?
Vamos na onda de tudo o que é leve e que nos promete virgens no céu ou a felicidade ilusória que as religiões e o comércio vende...e nós compramos tudo a alto preço pelo que são os nossos desejos de amor e alegria e beleza, raramente alcançadas. 
Ah, somos assim modelados e condicionados a não ver o que sangra... por detrás de todos os esforços em vão para sermos felizes!
Sim, dançamos em pontas sobre o nosso sofrimento e o dos outros… num mundo inventado!
rlp


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