O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, julho 29, 2011

O CHAMAMENTO DA MUSA


"O CAMINHO DA DEUSA "


Enlouqueci ou a Musa chama-me?
Não a ouves?
Não a ouves nas folhas que sussurram,
na voz suave do vento, no riso da água?
Não a ouves?

Se é loucura, que eu enlouqueça!
Que eu parta em busca dela, gritando
ao céu brilhante: desce deusa que cantas, desce:
traz-nos a tua música imortal:

O som das flautas que tocam como o vento
sobre a erva que se curva, ao som das cordas tangidas
como a súbita luz do Sol, o som límpido
da tua voz que emociona o mundo inteiro.

de Patricia Monaghan


“Sem mãe não se pode amar, sem mãe não se pode morrer”

- Deste trecho salienta-se sem dúvida a importância da Mãe iniciadora, da Mãe que dá a vida e a morte...Quando se conclui que sem Mãe não se pode amar nem morrer, está-se a dizer mesmo sem querer que a sociedade patriarcal ao matar a mãe e anular a mulher está a impedir todos os seres de amar e de saber morrer, porque só se pode saber morrer amando a vida e quem nos dá a vida e representa as forças da própria Terra. Quem não ama a mãe, não respeita as mulheres, não pode respeitar a natureza. É por isso que o mundo se encontra neste estado de desequilíbrio e guerra onde os filhos sem mãe ou os filhos da ”puta” que os homens criaram ao dividir a mulher em duas, só sabem odiar e matar e ver no próximo um inimigo a abater.
Sem a Grande Mãe, sem a Deusa e sem o princípio feminino o Mundo caminha para um caos em que as sociedades belicosas e falocráticas se armam e recorrem aos exércitos para se defenderem e atacar em vez de se darem e amarem como seres humanos e fraternos. Vivemos num mundo às avessas...em que as mulheres divididas em si lutam umas contra as outras em vez de se unirem...e fazerem tudo para salvar o Planeta…
rlp

1 comentário:

guiomar disse...

O CAMINHO DA DEUSA
Enloqueci ou a Musa chama-me?
Não houves?
Não a houves nas folhas que sussurra, na voz suave do vent, no riso da água?
Nãohouves?

Se é loucura,que eu enloqueça!
Que eu parta em busca dela gritando ao céu brilhante; desce deusa que cantas, desce:
traz-nos as tua música imortl;

O som das flautas que tocam como ventosobre a erva que se curva,
ao som das cordas tangidas
como a súbita luz do Sol, o som
límpido da tua voz que emociona o mundo inteiro.


Patricia Monaghan.