O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, fevereiro 01, 2004

"Há uma grande verdade no ditado que diz que é preciso lutar de novo pela liberdade em cada vinte anos. As vezes tenho a impressão de que é preciso lutar por ela de cinco em cinco minutos. "

"MULHERES CORRENDO COM OS LOBOS - DE CLARISSE PINKOLA ESTÉS"
(URGENTE LER)

FORA DAS IDEIAS CONSENSUAIS

Sei que ocasionais leitores, sobretudo homens, e portugueses, ao passar por aqui me acharão deslocada da SUA realidade e excessiva nos meus pareceres e escolhas e terão um sarcasmo qualquer arrasador, como haverá mulheres que se julgam já emancipadas e livres e capazes de tudo e me acharão desfasada...
Só que nem uns nem outros têm a menor noção do que é que aqui se está a falar...
Não defendo nenhuma sexualidade nem direitos, nem esquerda nem direita e sim uma NOVA CONSCIÊNCIA do SER MULHER.
Não defendo as Faces de Eva, nem nenhum ismo, mas a Sombra da Mulher - Lilith! - que tanto faz parte do homem como da mulher e que urge integrar para que o mundo não seja assolado pela lado sombrio que a humanidade reprimiu em vez de integrar, projectando de forma inconsciente o mal na mulher e fazendo dela seu "bode-expiatório" ...

Ainda hoje em Meca morreram centenas de pessoas (homens) que apedrejavam as pedras simbólicas do diabo...como se o diabo fosse o outro que não o próprio ser humano, uma parte integrante de nós mesmos que toda a humanidade quer católica quer islâmica, rejeitou e projectou num fantasma que continua a ser nas nossas sociedades ainda, representado pela própria mulher...

É contra esse "Diabo" (e o seu oposto) das religiões patriarcais que assumo a minha natureza Pagã e pretendo deste modo e por todos os meios ao meu dispôr, denunciar os aspectos subtis e quase anódinos, para salvar a mulher dessa diabolização ancestral e que corresponde a uma insana divisão da mulher em duas e da humanidade em "BEM E MAL"

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