O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, outubro 13, 2004

Hoje, vi na televisão, por acaso, enquanto esperava que o dentista me atendesse, a Missa a Nossa Senhora, em Fátima, na maior manifestação de devoção à DEUSA MÃE na Terra, mas ainda e desde sempre acompanhada e seguida dos seus usurpadores, os padres abutres, com vestes e paramentos de mulher e que rejeitam o Princípio Feminino e a mulher nos seus cultos de misoginia e a relegaram para as celas dos seus mosteiros e sacristias de capelas obscuras, em trabalhos subalternos para remissão dos seus pecados.
Para mim o seu credo em deus pai todo poderoso criador do céu e da terra e seu único filho é uma traição a Cristo, à Mãe, à Mulher e à Humanidade. Por essa razão sou agnóstica e pagã . A seguir outro caminho que não o da Deusa Mãe, seria sem dúvida Budista.


“sem mãe não se pode amar, sem mãe não se pode morrer”


- Deste trecho salienta-se sem dúvida a importância da Mãe iniciadora, da Mãe que dá a vida e a morte...Quando se conclui que sem Mãe não se pode amar nem morrer, está-se a dizer mesmo sem querer que a sociedade patriarcal ao matar a Mãe como princípio de vida e anular a Mulher no seu potencial mediúnico e curador enquanto sacerdotisa por direito, está a impedir todos os seres de amar e de saber morrer, porque só se pode saber morrer amando a vida o nosso corpo e a natureza e quem nos dá a vida e representa as forças da própria Terra. Quem não ama a Mãe e a Deusa, não respeita as mulheres, não pode respeitar a natureza. É por isso que o mundo se encontra neste estado de desequilíbrio e guerra onde os filhos sem mãe ou os filhos da ”puta” que os homens criaram ao dividir a mulher em duas, só sabem odiar e matar e ver no próximo um inimigo a abater, sem ver que o verdadeiro inimigo está dentro deles próprios!

Sem a Grande Mãe, sem a Deusa e sem o Princípio Feminino, o Mundo caminha inexoràvelmente para o caos que é já visível em que as sociedades belicosas e falocráticas se armam e recorrem aos exércitos, dizendo para defesa, mas apenas para atacar aqueles que não estão sob o seu jugo ou domínio, em vez de se darem e amarem uns aos outros como pregam os seus dogmas!
Vivemos num mundo às avessas...em que as mulheres se tornam soldados e lutam umas contra as outras em vez de se unirem...
Este foi o legado que o patriarcalismo e as sociedades falocráticas nos imposeram a fim de melhor dominar metade da humanidade, destruindo o equilíbrio de todo o Planeta.

Só pelo Acordar do Fogo Feminino, e o seu Princípio, tanto no homem como na mulher, e a união dos dois, esse equíbrio será restabelecido assim como a paz na Terra.

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