MARIA DE MAGDALA
SACERDOTISA DO TEMPLO DA DEUSA
"Com toda a objectividade, apenas podemos constatar a eliminação quase total de uma mulher discípula de Jesus, aquela a quem pudicamente costumamos chamar a “Madalena” e à qual é preferível restituir o seu nome de origem: Maria de Magdala.
Os comentadores, prudentes e desconfiados, fazem dela uma prostituta arrependida conquistada pelo amor de Jesus e convertida à sua vista. A realidade deve ser totalmente diferente. Primeiramente para os hebreus, a prostituição não tem o sentido que lhe atribuímos actualmente: prostituir-se, e , nos antigos templos bíblicos, “sacrificar à Deusa”, coisa imperdoável, visto que os hebreus apenas tinham a devoção para com um deus masculino único e por quem eles lutaram durante séculos para estabelecer a sua autoridade apesar dos desvios, referidos na Bíblia em favor da Deusa do Médio Oriente, essa Istar babilónica cujos templo eram lugares de prostituição, dito de outra forma, de culto erótico que consistia na união de um homem com a sacerdotisa, incarnação transitória da Deusa. Trata-se de um ritual sagrado, religioso e não comércio, trata-se de união com a divindade e não simples satisfação carnal."
"Ora sabe-se que Magdala era um lugar consagrada à Grande Deusa. É provável que a enigmática Maria de Magdala, tão cuidadosamente posta de lado, seja a grande sacerdotisa do templo dessa Deusa. Donde o qualificativo de “prostituta” que acompanha, mesmo que, como primeira testemunha da ressurreição de Cristo, se lhe perdoe todo o seu passado “demoníaco”."
(...)
in A Grande Deusa de JEAN MARKALE
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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