O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
quarta-feira, maio 25, 2005
Em nome do vento, voarei
cortando laços com a minha
espada azul.
Cortarei os braços daqueles que
me tentam agarrar. Dilacerarei as
línguas dos que me querem
tragar, e levarei os meus cabelos
atados no meu escudo; com o
qual cruzarei o fogo dos mais
quentes vulcões do ódio.
Voarei e conherei os picos mais
altos das montanhas,
E as estrelas me saudarão!
Superpanterita
(Agenda Lunar)
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Não há paraíso, a não ser no mais fundo do nosso ser
"Inútil voltar atrás rumo ao paraíso antigo ou correr rumo ao futuro: um é inacessível, outro irrealizável. O que em contrapartida importa é interiorizar a nostalgia ou a expectativa, necessariamente frustradas quando se viram para fora, e forçá-las a desvelar, ou a criar em nós a felicidade que respectivamente choramos ou prevemos.
Não há paraíso, a não ser no mais fundo do nosso ser, e como que no eu e do eu; e é além disso necessário para aí o descobrirmos termos dado a volta a todos os paraísos, os idos e os possíveis, termo-los amado e odiado com a falta de jeito do fanatismo, sondado e rejeitado depois com a competência da decepção."
HISTÓRIA E UTOPIA
Emile Cioran
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