“O CHOQUE TECNOLÓGICO” E A ALIENAÇÃO HUMANA
Durante cerca de quinze dias estive ausente de todo este universo virtual...
Perguntei-me algumas vezes que falta ou que importância tinha a minha Página e ainda a correspondência electrónica e todo um mundo invisível de comunicação aleatória...
Não encontrei resposta.
Penso que o mundo mental e intelectual e a sua expressão tecnológica, nada tem a ver com a verdade das pessoas e os seus sentimentos profundos. Julgo que este meio de comunicação é mais alienatório do que constructivo e que como todos os meios virtuais, nos mentem e iludem e nada têm a ver com a nossa realidade intrínseca.
O coração humano continua escondido, e assim a verdadeira inteligência...
Os Blogues são show-off...
As pessoas em geral substituiram a forma natural e humana de contacto, no estar umas com as outras e falar, olhos nos olhos, para criar mundos fictícios e duplas personas com que se enganam a elas mesmas e aos outros. Sim, há pessoas longínquas que são amorosas por palavras, ou mesmo bem intencionadas, mas a sua realidade não me chega...A comunicação humana deve ser feita através dos nossos sentidos na captação da nossa energia VIVA e não através de um fio eléctrico ou aparelho que na verdade como que anula a vibração individual e mantem as pessoas a um nível vibratório muito baixo, consumindo a sua energia e a dos outros, vampirizando-os, para não se sabe que propósito...Meios que se tornam fins dominados por um poder obscuro...
Meios que prescindem muitas vezes de ética e têm pouca estética...
NÃO HÁ NEM PODE HAVER CONSCIÊNCIA POR MEIOS ALHEIOS AO HUMANO; NÃO PODE HAVER EVOLUÇÃO ATRAVÉS DA TÉCNICA SE NÃO HOUVER UMA REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA E ISSO IMPLICA EDUCAÇÃO INTERIOR, CONSCIÊNCIA PSICOLÓGICA...
Nem as Novas Tecnologias, nem a Blogosfera, trouxeram nada de bom ao mundo, algo que o torne melhor...SÃO só mais uma expressão da vaidade e da estupidez, da arrogância, da petulância, da inutilidade e do convencimento social reinante: lobys e interesses, aqui são os mesmos; é óbvio, que a Internet só podia reflectir o mundo em que vivemos, mas podia dar aso a alguma interioridade e subjectividade, à criatidade, mas não...só fica ou quase sempre, pela agressão, a inveja, a vaidade e o lucro egóico do sucessso dos mediocres que se governam e governam o mundo. As pessoas que se julgam com poder continuam a ser as mesmas e as que são analfabetas não têm acesso a estes meios, como é o caso de Portugal...
Há obviamente dois mundos e a mesma lei, a lei do mais forte e que domina...
Os Blogues lidos e famosos são os dos famosos televisivos e políticos... que trocam entre si as suas politiquices de cacifismos e clubismos...
Vira o disco e toca o mesmo!
NEM SEQUER há uma valorização do ser humano em si nem a exigência de uma qualidade mínima de inovação...
Não apareceu ainda nenhum Rimbaud da Internet...
Sim, este meio até podia servir para Reinventar o AMOR, haver UMA NOVA Informação, UMA NOVA Cultura e divulgação de UMA NOVA Arte, mas penso que só prolonga O STATUS QUO e os defeitos do velho mundo e não aproxima verdadeiramente as pessoas delas mesmas nem de nada novo. Mantem-nas igualmente egoístas, fechadas e iludidas e longe umas das outras. Não PODE HAVER amor nem afecto na Internet...
Ninguém se conhece verdadeiramente...
Há e prolifera pornografia, polítiquice, pedofilia, crimes e excessos verbais e os sentimentos mais abjectos e ódios recalcados ou expressos, manifestos em nome de ideias absurdas, credos, complexos e fundamentalismos.
Há Vírus...que refletem a guerra interior das pessoas e os seus ódios e que atacam ridiculamente um mundo de ficção onde se gastam rios de dinheiro e ninguém encontra amor, paz ou verdade...
PORTANTO NADA DE NOVO A LESTE DO PARAÍSO
Para que serve então aqui escrever? Para quem?
Por tudo isto penso que estou sempre a um passo de desistir...
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
Sem comentários:
Enviar um comentário