O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, dezembro 08, 2005

A PROPÓSITO DO DIA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Quantas mulheres se dão a oportunidade de nos seus corações viverem essas experiências profundas e sagradas e de as partilhar com outras mulheres?

Em Portugal penso que muito poucas ou nenhumas e o que aqui escrevo é um desafio à comunicação desse imperativo que é as mulheres dialogarem e aprofundarem a experiência sagrada da Deusa em si mesmas. Mas só este conceito é absolutamente estranho perante o culto e o dogma da Nossa Senhora como Mãe imaculada e portanto longe da Mulher comum e servindo apenas de referência do seu “pecado” e inferioridade ao fim e ao cabo. A mulher vê-se como pecadora e na verdade é apenas um ser dividido em conceitos e medos ancestrais, mutilada de uma parte de si e fragmentada na sua essência em permanente conflito consigo mesma numa luta cerrada entre a ideia de bem e mal. Se é uma boa mãe ou se é uma mulher má…. Afinal essa ideia foi-lhe difundida pelos padres desde pequena e pelos pais e não passa de um mito que a Igreja de Roma e outras impuseram ao mundo para impedir a Consciência e liberdade da mulher. Em Portugal não há ninguém, se calhar poucas mulheres, que não “respeitam” o culto da “Nossa Senhora de Fátima” e contudo nem por um segundo a sentem perto ou imaginam a grande afinidade da Mãe com a Grande Deusa da Antiguidade que dava à mulher o privilégio de a representar em carne e osso e que o amor e a sexualidade eram rituais sagrados em sua honra. Qualquer mulher portuguesa se rirá desta comparação e para ela, intelectual ou doméstica isto não passa de especulação mística na melhor das hipóteses ou heresia consoante o nível de “educação” que tem – note-se, que será difícil alguma mulher de um estatuto social pequeno-burguês ou mais baixo ter acesso à Internet e portanto as devotas da nossa senhora são geralmente as mulherezinhas do campo e da cidade as mais desfavorecidas, ignorantes e cheias de preconceitos. Ninguém gosta de pensar nisto e ainda menos falar estas coisas. Fala-se em fé…cega, que gera a Justiça que também é cega…Porque a Mulher tem os olhos vendados há séculos…


Repare-se como uma sociedade dita intelectual e política, “culta” ???? se insurge contra o facto ilegal do ponto de vista do Estado laico haver nas escolas ainda a cruz negra da morte a anunciar o pecado do homens e a marcar a mente infantil do desastre a que está condenado…
Como se o seu pai tivesse morrido de desastre de automóvel e tivesse ficado a sangrar e cheio de feridas e a mãe tirasse uma fotografia e a colocasse lá na sala de jantar para os filhos não esquecerem a morte horrorosa do pai…É isto que a religião católica quer mostrar às crianças: O pecado, vejam, a vossa culpa, a nossa ignomínia de seres humanos condenados à morte!!!


Uma Cruz de Morte e não o sinal de Vida!!! O mais Anti-Cristo possível…


Os católicos e os padres são uma espécie de aves agoirentas da morte…pregam o sacrifício e o medo e não a alegria e a vida. Falam em defender a “vida” mas a única coisa que pregam é medo e morte. E foi esse o fruto do seu ventre seco e alma vazia, porque lhes faltou a Mãe verdadeira e a Mulher Amante que os curasse das feridas e os consolasse das dores. Porque a Mãe que conheceram estava condenada e prisioneira do pai e do padre e da sociedade, era uma mulher amordaçada e sem direito às suas emoções e sentimentos próprios, anulada na sua vontade durante milénios.

Hoje rezo à Verdadeira Mãe do Céu e da Terra e Nossa Senhora que liberte as mulheres do mundo inteiro e lhes dê Voz para dizer o que o Seu Coração Imaculado calou durante séculos! Que a Vida è plena e a Natureza perfeita, que a Humanidade não pecou mas os seus falsos deuses e profetas ( OS ANUNAKIS…) é que a aprisionaram para a explorar pelo medo da morte. E dizermos, sim que a Morte não existe mas é Vida e que não há Mistério que a alma humana não possa integrar quando os seres humanos forem livres em essência e perderam o medo da liberdade!!! Quando homens e mulheres se sentirem unidos e integrados no Cristo Ressuscitado e não morto! Quando os homens e mulheres compreenderem o que significa o Amor Crístico que é Vida e não há morte!!! Porque a morte não existe, como não existem deuses nem diabos, mas apenas Energia e Amor e Inteligência em todo o Cosmos! E que o ódio e a guerra na Terra foram os homens escravos dos seus deuses que criaram ao aprisionar a mulher e ao negarem o lado feminino da sua Humanidade.

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