AQUILO QUE OS HOMENS NÃO QUEREM VER:
“AGRESSÕES A MULHERES atingem 20% das portuguesas.
O álcool é apontado como causa catalisadora da violência doméstica.”
In Destake...
O álcool não é o factor “catalisador” nem a causa da violência doméstica! O álcool é o desinibidor da violência e frustração masculina em geral. Para justificar a sua agressividade sempre latente. O álcool é o que remete para público e de forma visível a violência inata do princípio masculino que o indivíduo sem rédeas sente realmente como manifestação sa “autoridade intemporal” que lhe deram sobre o feminino e não só, mas é sobre o feminino que a prepotência inerente à sua condição de macho assume proporções mais drásticas, baseada mais ou menos inconscientemente, no que pensa ser o seu direito e posse da mulher, sua legítima propriedade, quando não assume objectivamente esses direitos. Como a sociedade civil começa hoje em dia a ter alguma consciência e reacção superficial – só ao nível das aparências, à violência doméstica é natural que o predador homem se esconda mais ou se controle, mas debaixo do efeito do álcool agride sem pejo algum, quando não viola ou mata os seus “inferiores”, homens “mais fracos” ou femininos, mulheres e crianças.
20% por cento das portuguesas são atingidas pela violência doméstica, lia eu no jornal no combóio esta manhã, mas pensei que com efeito as estatísticas não incluem e até escondem as 70% de mulheres atingidas pela violência verbal e as 90% atingidas pela violência psicológica...
O mais insuspeito dos homens, culto ou moderado, inflige violência psicológica intensa e constante nas suas parceiras, quer na “intimidade do lar” quer no trabalho ou nas escolas e universidades - embora muita vezes disfarçado de “cuidado amoroso” e sentido de “protecção” - quer ainda ao nível intelectual e político - isso de forma bem visível no domínio público onde as mulheres são permissivas e “tolerantes” e nem sequer reagem porque para elas é natural a subserviência, também aceite de forma mais ou menos inconsciente. No fundo, elas continuam a sentir-se dependentes e inferiorizadas perante a força ou o estatuto social e económico dos homens. Que mulher não aceita a autoridade do pai ou do marido assim como do patrão ou do padre?...
E não me venha nenhum Governo ou Partido (de esquerda ou de direita) dizer que fez alguma coisa concreta para ajudar ou “defender” as mulheres ou que têm consciência da real situação das mulheres no País, pois tudo está bem camuflado quando não bem disfarçado, pelas próprias mulheres que se contentam e se enganam a elas mesmas ao pensarem que atingiram lugares de chefia ou de poder, representando uma escassa minoria e na verdade mulheres perfeitamente masculinizadas e sob o efeito enesteziante do sucesso passageiro até cairam nos braços da fibromialgia ou qualquer outra doenças de foro psicológico...para não falar do cancro da mama ou do útero...ao serem preteridas quer pelo marido quer pelo chefe que a troca por uma colega mais nova “mais eficiente”...
A falta de respeito global e conhecimento da essência do Feminino, a falta de uma consciência profunda do Ser Mulher anulada pela negação e rejeição misógina da Igreja, da própria "cultura moderna" e da Tradição do Princípio Feminino, a falta de acesso ao lado lunar e anímico da mulher,
numa sociedade que ao longo dos séculos fez uma completa lavagem, não ao cérebro da mulher, mas ao seu lado intuitivo, ridicularizando-a pelas suas “visões” ou emoções, fez dela um ser sem vontade nem identidade própria.Demonstra-o como se deixa manipular no desrespeito absoluto que os médicos têm pelo seu ventre e as suas entranhas, removendo-as a torto e a direito e remetendo-a para a simples função de co-reprodutora, espécie de “barriga de aluguer” do homem e da sociedade capitalista e cristã e que desde que não tenha mais uso se põe de lado.Demonstra-o a forma como a Igreja e o Estado interferem na decisão da mulher ao seu nível mais íntimo que é a escolha e a liberdade de decidir por consciência própria ter um filho ou não, fora ou dentro do casamento...
Desde o início ou começo da nossa era que a mulher é tida como propriedade privada do marido e senhor, sendo até hoje e apesar das leis terem mudado no papel, ainda o sentimento predominante de 90% dos homens em Portugal e no mundo inteiro...Por mais que se mascare este aspecto ele vai estar sempre lá a cada esquina ou em cada lar à espera que a mulher se submeta de uma ou outra forma e se o não fizer leva porrada! Seja o agressor o drº Tolony ou o Zé da Barra...seja o camarada ou o deputado mais giro da bancada. Qualquer Homem de Deus faz isso...nas Arábias ou nas áreas mais civilizadas...
Mudar as mentalidades, fazer uma revolução das consciências só é possível quando a mulher atingir a consciência dela mesma no plano ontológico, e unir as duas mulheres cindidas pelo cisma católico dentro dela própria; antes disso e sem ser pela voz das próprias mulheres, nem a sociedade capitalista nem a comunista ou qualquer outro “estado de direito” do Homem, nunca fez nem fará nada pelas Mulheres em si, mas apenas na medida dos seus interesses e sentido de propriedade ancestral!
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