DAR À LUZ UMA ALMA NOVA,
CAPAZ DE ASSUMIR A SUA DIMENSÃO CÓSMICA."
IN "OS PORTAIS DO TEMPO"
DE Antónia de Sousa
A MULHER INDÓMITA, A MULHER NATURAL
"...Com relação à cultura indígena, a mulher é uma fonte de energias, é intuição, é a mulher selvagem não no sentido primitivo da palavra, mas selvagem como desprovida de vícios impostos pela sociedade, uma mulher sutil, uma mulher primeira, um espírito em harmonia, uma mulher intuitiva em evolução para sua sociedade e o bem-estar do planeta Terra. Essa mulher não está condicionada psicológica e historicamente a transmitir o espírito de competição e dominação segundo os moldes da sociedade contemporânea. O poder dela é outro. Seu poder é o conhecimento passado através dos séculos, e que está reprimido pela história. A mulher intuitivamente protege os seios e o ventre contra seu dominador, e busca forças nos antepassados e nos espíritos da natureza para a sobrevivência da família. Assim é a Educação Indígena. Todos esses aspectos foram mais preservados na mulher do que no homem."
Está em: http://www.unicrio.org.br/Textos/dialogo/eliane_potiguara.htm.
OBRIGADA ALEIRALUZ
MULHER SELVAGEM
Ó minha Mãe Selvagem, põe um feitiço.
Na minha boca, uma praga
E no meu coração palavras mágicas.
Abre-me a cortina da tua Sabedoria Eterna
E deixa que numa dança envolvente, no meu ventre,
Eu diga bem alto aquilo que a minha alma sente!
Se for preciso rasga o meu peito com as tuas mãos,
As tuas garras!
E como a grande parteira dos tempos
Faz com que dele nasça a palavra ardilosa
Que cure e traga as mulheres que de ti se perderam
E voltem à tua casa, ó Feiticeira poderosa.
Deixa que busque e encontre mulheres feridas de morte,
Como cadelas abandonadas e as jovens violadas,
As velhas solitárias e desprezadas, as mães maltratadas,
Por bestas e ogres...
Ó minha Mãe Selvagem, antes que prossiga a viagem,
Eu preciso da marca do teu poder na minha fronte...
Grava bem a ferro e a fogo forjado o sinal da tua força e vontade!
Dá-me Asas ou uma vassoura para correr os ares... E garras!
IN «ANTES DO VERBO ERA O ÚTERO»
(ROSA LEONOR PEDRO)
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