O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 26, 2006


O CÂNTICO DOS CÂNTICOS E O ÓDIO MILENAR DOS PATRIARCAS DO DESERTO...


Apelo do amado


Ele:

Vem comigo do Líbano, minha noiva!

vem comigo do Líbano!

Desce do cume do Amaná,

dos cimos do Sanir e do Hermon,

das cavernas dos leões,

das montanhas das panteras!

Encantamento



Ele:

Arrebataste-me o coração, minha irmã e minha noiva,

arrebataste-me o coração com um só de teus olhares,

com uma só jóia de teu colar.


Como são ternos teus carinhos,

minha irmã e minha noiva!

Tuas carícias são mais deliciosas que o vinho;

teus perfumes, mais aromáticos

que todos os bálsamos.


Teus lábios, minha noiva, destilam néctar;

em tua língua há mel e leite.

Tuas vestes têm a fragrância do Líbano.

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