O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, julho 27, 2006

cântico dos cânticos II



TERCEIRO CANTO

Cortejo nupcial

Coro:


O que vem a ser aquilo que sobe do deserto,

como coluna de fumo,

exalando mirra e incenso

e todos os perfumes dos mercadores?


É a liteira de Salomão,

escoltada por sessenta guerreiros

dos mais valentes de Israel.


Todos são espadeiros treinados para o combate;

cada qual leva ao flanco a espada,

por temor de surpresas noturnas.


O rei Salomão mandou construir um palanquim

de madeira do Líbano:


fez colunas de prata,

espaldar de ouro e assento de púrpura;

o interior foi carinhosamente adornado

pelas filhas de Jerusalém.

Sem comentários: