O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, dezembro 08, 2009

AS VIDAS INTERIORES, E AS VIDAS ANTERIORES...?


EXCERTOS DO LIVRO SETH FALA:

(...)

Há sempre realizações internas presentes no Eu global. Há a compreensão do significado de toda a existência dentro de cada personalidade. O conhecimento da existência multidimensional não é apenas o histórico da sua actividade consciente no presente, mas cada ser humano sabe dentro de si que a sua vida consciente depende de uma dimensão maior de realidade. Esta dimensão maior não se pode materializar num sistema tridimensional, contudo o conhecimento dessa dimensão maior flui para o exterior a partir do coração interno do ser, e é projectado exteriormente, transformando tudo o que o abrange.

Esta inundação interior dá um brilho e intensidade a certos elementos do mundo físico que ultrapassa de longe o normalmente conhecido. Dessa maneira as pessoas são transformadas, do seu nível, para algo mais do que eram. Este conhecimento interior tenta encontrar uma expressão própria no ser, procurando desse modo expressar-se em termos físicos. Cada ser humano, portanto, possui esse conhecimento interior e até um certo ponto ele também procura a sua confirmação no mundo.

O mundo exterior é um reflexo do mundo interior, embora distantes em perfeição. O conhecimento interno pode ser comparado a um livro sobre uma pátria que um viajante leva com ele para um país estranho. Cada ser humano nasce com o anseio de tornar estas verdades reais para si mesmo, embora ele veja uma grande diferença entre elas e o meio ambiente no qual vive.

Cada indivíduo transporta em si mesmo um drama interno, um drama psíquico, que é finalmente projectado externamente com grande força sobre o campo da história. O nascimento de grandes eventos religiosos emerge do drama religioso interior. O próprio drama é de certo modo um fenómeno psicológico, pois cada eu na fisicalidade sente-se mergulhado e sozinho como num ambiente estranho, sem saber a sua origem ou o seu destino, ou até mesmo a razão da sua própria existência.

Este é o dilema do ego, particularmente em seus estados iniciais. Ele procura por respostas externamente porque esta é a sua natureza: lidar com a realidade física. Ele também percebe, todavia, que existe uma profunda e duradoura conexão, que não compreende, com outras porções do seu Eu que não está sob o domínio da sua consciência. Ele sabe de algum modo que este Eu interior possui conhecimentos sobre os quais a sua existência se baseia e é alheia ao seu ego.

Quando ele cresce, à sua maneira, procura a confirmação externa para este conhecimento interior. O Eu interior sustém o ego como um seu suporte. Ele expressa as suas verdades orientadas em dados físicos com os quais o ego possa lidar. Desse modo, projecta-as exteriormente na área da realidade física. Vendo estas verdades assim materializadas, o ego então acha mais fácil aceitá-las.

Assim você frequentemente lida com os acontecimentos pelos quais os seres humanos são tocados, ou iluminados, sendo destacados das massas da humanidade, ao serem favorecidos por grandes poderes – e assim há períodos da história que aparecem quase artificialmente brilhantes em contraste com outros; profetas, génios e reis que aparecem engradecidos numa proporção maior do que a humana.

(…)

No próximo século, a natureza interna do homem, com estes desenvolvimentos, se libertará de muitos constrangimentos que a ataram. Uma nova Era realmente começará – agora, não o céu na terra, mas um mundo mais são e justo, no qual o homem seja muito mais consciente de sua relação com seu planeta e da sua liberdade no tempo.

(…)

Os resultados se manifestarão numa existência diferente. Muitos de seus problemas agora são o resultado da ignorância espiritual. Nenhum homem olhará para um indivíduo de outra raça como inferior porque ele mesmo reconhece que a sua própria existência inclui o outro também.

Nenhum sexo será considerado melhor do que o outro, ou qualquer papel desempenhado na sociedade, porque cada indivíduo está consciente da sua própria experiência em muitos níveis da sociedade e dele mesmo dentro de outros papéis. Com uma consciência agora aberta sentirá mais as suas conexões com todos os outros seres vivos. A continuidade da consciência se tornará visível. Como resultado de tudo isto mudarão as estruturas sociais e governamentais, pois elas estão baseadas nas suas convicções actuais.

A pessoa humana colherá benefícios que agora lhes pareceriam inacreditáveis. Uma mente sempre aberta implicará numa liberdade muito maior a todos os níveis. Ao nascer e desde logo, as crianças serão ensinadas de que a sua identidade básica não depende do corpo e que o tempo como o conhecem agora é uma ilusão. A criança estará consciente de muitas das suas existências passadas e será capaz de se identificar com o homem idoso ou a mulher que, por sua vez, ela se tornará.

Muitas das lições "que vêm com a idade" estarão então também disponíveis para o jovem, mas a pessoa idosa não perderá a elasticidade espiritual da sua juventude. Isto em si mesmo é muito importante. Mas, as encarnações, ainda durante algum tempo, serão ocultadas por razões práticas.

Quando estas mudanças ocorrerem, novas áreas serão activadas no cérebro humano para que a pessoa as manifestem no plano físico. Fisicamente então, o mapeamento cerebral será possível, no qual a memória de vidas passadas será activada. Todas estas alterações farão mudanças espirituais nas quais o significado da religião escapará a estruturas organizadas, tornando-se uma parte viva da existência individual, e onde estruturas psíquicas, ao invés das materiais, formarão as fundações para a civilização.

A vivência na expansão do ser humano será tão alargada que para vocês as espécies parecerão ter-se transformado noutras. Isto não significa que não haverá problemas. Significa que o ser humano terá recursos muito maiores à sua disposição. Isto também pressupõe uma estrutura social muito mais rica e muito mais diversa. Homens e mulheres se encontrarão se relacionando como irmãos, não apenas como as pessoas que são, mas como as pessoas que já foram.

Nas relações familiares ver-se-ão, talvez, as maiores mudanças. Haverá espaço para as emoções e o afecto na família que agora são impossíveis. A mente consciente será mais consciente do lado inconsciente.

Estou incluindo esta informação neste capítulo sobre religião porque é importante que você perceba que a ignorância espiritual está na base de muitos de seus problemas, e que realmente suas únicas limitações são as espirituais.

(…)

Seth Fala

Jane Roberts


Nota à margem.


Onde se lê ser humano é porque corrigi o termo homem, que aparece todo ao longo do livro, o que eu acho absolutamente incorrecto mesmo do ponto de vista linguístico. Não compreendo como é que se pode continuar a falar em termos espirituais sempre no masculino, como se fosse só O Homem o ser em busca da sua identidade e da sua espiritualidade.

A Mulher não faz parte do homem enquanto num corpo de mulher e a sua identidade espiritual também difere na manifestação e expressão da mesma. Não tendo isso em conta, sem fazer a correcção dos termos que omitem o ser mulher ou a sua identidade própria, não me parece que se avance grande coisa na espiritualidade...

rlp


Sem comentários: