O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
sexta-feira, dezembro 11, 2009
EM BUSCA DO NOSSO TESOURO...
Dentro de cada um de nós existe um verdadeiro tesouro. Este tesouro é o nosso espírito, puro e magnificente, livre e brilhante! Mas este tesouro foi escondido por uma camada espessa de preconceitos. Estes preconceitos têm a sua origem nos nossos medos. É a nossa máscara social: a cara que mostramos ao mundo. Revelar a nossa sombra é colocar a descoberto a nossa máscara. Temos que olhar para esta máscara com amor e compaixão, pois há um enorme tesouro à nossa espera quando compreendemos porque motivo nos escondemos por detrás dela.
Há uma história curiosa que podemos aplicar a este tema. Em 1957 um grupo de monges na Tailândia estava a ser deslocado para outra parte do país. Um dos monges ficou responsável por tratar da deslocação de uma enorme estátua de barro do Buda que se encontrava à entrada do templo. Como a estátua era de barro todo o cuidado era pouco para não a estragar. Ainda por cima notava-se umas rachadelas num dos pés da estátua. O monge não sabia o que fazer. Durante a noite não conseguia adormecer, a pensar como melhor deslocar a estátua sem causar danos. A meio da noite levantou-se, pegou numa lanterna e foi ver mais uma vez a estátua. Ao incidir o foco de luz sobre o barro estalado notou que por debaixo do barro reflectia-se um brilho forte. O monge começou a arranhar o barro com as unhas, e o brilho aumentava cada vez mais. Por fim surgiu ouro! Algumas centenas de anos antes, os monges daquele mosteiro foram atacados e saqueados. Para protegerem a única coisa de valor que tinham colocaram barro a cobrir uma enorme estátua de ouro do Buda! E foi essa estátua que o monge tinha tentado manter no seu estado original de barro!
Da mesma maneira que este Buda, o nosso aspecto exterior serve para nos proteger do mundo à nossa volta. O nosso verdadeiro tesouro esconde-se por debaixo! Nós escondemos, inconscientemente, o nosso tesouro. A maneira mais fácil de descobrir este tesouro é arranhando e quebrando a nossa estrutura superficial.
(…)
A sua camada exterior é a face que mostra ao mundo. Esconde todas as características que compõem a sua sombra. As nossas sombras escondem-se tão bem que muitas vezes mostramos ao mundo uma cara, quando no fundo nos sentimos exactamente o oposto. Há pessoas que usam uma camada de frieza, para esconder a sua sensibilidade, ou usam uma camada de humor para esconder a tristeza interior. As pessoas que acreditam que ‘já sabem’, escondem sentimentos de estupidez. Enquanto que aquelas que agem de maneira arrogante, ainda têm que revelar as suas inseguranças. As pessoas ‘cool’ ainda têm que mostrar a sua parte desenxabida. E as pessoas sorridentes, a sua cara de zangadas.
Nós temos que olhar para além das nossas máscaras sociais para poder descobrir quem somos de verdade. Nós somos mestres dos disfarces, enganando os outros mas, acima de tudo, enganando-nos a nós mesmos. São as mentiras que contamos a nós mesmos que temos que decifrar. Quando não nos sentimos completamente satisfeitos, felizes, saudáveis ou a viver os nossos sonhos, sabemos que as nossas mentiras estão activas. É assim que descobrimos a nossa sombra em acção.
A mudança que tem que ocorrer é perceptual. Você tem que ver as suas camadas exteriores como estando a servir uma função protectora, e não apenas como algo que o/a impede de viver os seus sonhos. As suas camadas exteriores foram concebidas de maneira divina para o/a ajudar no seu processo espiritual. Ao visitar e explorar cada acidente, emoção e experiência que o/a levou a construir as suas camadas exteriores, será conduzido de volta a casa para que possa abraçar a totalidade do seu ser. As nossas camadas exteriores são o mapa do nosso desenvolvimento pessoal. Contêm tudo o que somos, e tudo o que não queremos ser. Independentemente do quão doloroso tenha sido o seu passado, se olhar para si mesmo com total honestidade e utilizar a informação guardada nas suas camadas exteriores como um guia, irá encontrar o caminho de volta à iluminação.
Quando conhecer o seu Eu Total deixará de ter necessidade das camadas exteriores para protecção. Irá deixar que as suas máscaras caiam naturalmente. Todos os seres humanos que partilham o planeta serão seus iguais. Literalmente.
As nossas camadas exteriores são criadas pelo ego. Ou melhor, são criadas pelo ideal que o ego cria. O ego é o ‘eu’ que se diferencia dos outros. O Espírito une este ‘eu’ com a totalidade de quem é. Quando esta união entre espírito e ego ocorre, tornamo-nos um com nós mesmos e com o mundo.
Muitas pessoas não conseguem ir muito longe neste processo de desvendar a sombra porque não têm a vontade de ser honestas com elas próprias. O ego não gosta muito de perder o controlo! Mas a partir do momento que é capaz de reconhecer todos os aspectos de quem é, o bom e o mau, o ego começa a sentir que perde o seu poder.
Comece por desafiar a pessoa que pensa que é para poder revelar a pessoa que é capaz de se tornar.
Emídeo de Carvalho
(ENVIADO POR VENTOS DE LYS)
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3 comentários:
Eu simplesmente amei seu blog.
Pelo que li temos mto em comum. Peguei algumas das belas imagens que vc tem. rs
Nao deixe de conhecer meus blogs, principalmente o www.outralogica.blogspot.com
um grande abraço!
Eu simplesmente amei seu blog.
Pelo que li temos mto em comum. Peguei algumas das belas imagens que vc tem. rs
Nao deixe de conhecer meus blogs, principalmente o www.outralogica.blogspot.com
um grande abraço!
Muito obrigada pela sua visita. Já vi o seu blogue! Bom trabalho!
um abraço
rosa leonor
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