Uma leitora acidental aqui no blog comentou que eu fui muito violenta numa resposta que lhe dei e que aqui se encontra publicada juntamente com a dela....
Mas eu fiquei a pensar, entre outras coisas e uma delas é que estou mesmo cada vez mais intolerante com o discurso "politicamente correcto", muito amável e respeitador da opinião alheia, como é que o ser directa e clara leva as pessoas a pensarem em violência...Isso também me fez pensar em como as pessoas são dissimuladas e mentem...a si próprias, e nunca dizem efectivamente o que sentem e quando o fazem é com cinismo ou "didacticamente", como quem quer ensinar alguém...aquilo que elas próprias não sabem. E assim o mundo está cheio de mestres e professores, psicólogos e doutores...todos muito doutos...e muito doentes...
E note-se, eu já não estou a falar da dita senhora...estou a falar no geral...na forma como em sociedade nós falamos com as pessoas tão longe daquilo que verdadeiramente sentimos e somos!
Mas confesso que fiquei um pouco preocupada...não quero ser violenta, claro. Mas quanto mais envelheço, menos sinto que tenho paciência para simulacros de bondade e risos mal disfarçados, complacências que escondem raiva, e entre mulheres isso agrava-se, de facto, as santinhas escondem sempre alguma perfídia e são aleivosas, perversas por vezes, pois é com "bondade e amor e as melhores intenções" que dão as facadinhas nas costas da "outra" (a rival potencial) ou na relação seja ela qual for...
Estou a ficar velha rezingona, implacável...porque, quer queira quer não... vejo tudo o que os outros/as não vêm...ou que disfarçam; é muito incómodo mesmo! Mas paga-se o preço. E eu prefiro não ter amigas...dessas!
Não há já lugar para falinhas mansas nem paninhos quentes...ou é verdade ou mentes...e com cada uma de nós passa-se o mesmo. Não é tempo de atenuarmos ou compactuarmos com esta mentira ancestral do "bom convívio" (simulado) em sociedade e particularmente entre mulheres. Queremos verdade e sinceridade e não risinhos histéricos, formalismos ou sermões...de facto!
Quanto a mim...Sinto-me uma megera, mesmo, em carne em osso...mas espero que não fiquem com medo de mim!!! Não mordo...
rlp
4 comentários:
Li a sua resposta que agradeço e não voltarei ao seu blog. Além de o ter encontrado apenas porque estou a fazer um trabalho sobre roupas e apareceu-me o seu comentário no Google , não precisarei mais dele porque o resto de que fala não é a minha matéria de estudo e você ( desculpe dizer assim mas não sei se é mulher ou homem )toma-se muito a sério.Por mim diverti-me com esta polémica pelo que agradeço. Olivia
"Palavras verdadeiras não são lisonjeiras,
Palavras lisonjeiras não são verdadeiras."
Tao te king
GRATA ELSE...
...
Olivia, que curiosa a sua dúvida...se sou homem ou mulher! Interessa-lhe a roupa e não a essência pois se lhe interessasse a essência da Mulher saberia que sou mulher, deste modo revela mesmo a sua indefinição...Sabe, um homem não conhece a mulher e vice-versa...e mais, são poucos os homens que amam as mulheres...ou se interessam por mulheres, mas quase todas as mulheres de facto sofrem dessa indefinição e olhe e agradeço a sua correcção que foi maior se calhar do que a minha ao nível da "roupa" mas acrescento que de dentro o que define um SER...é mesmo na mulher o Útero e os ovários e no homem os testículos...assim e não nego os homossexuais, nem os bissexuais, mas esses são apenas uma variante psíquica diria do modelo considerado pela metafísica dos dois em Um: "deus macho-fêmea os criou" e não digo que cada ser não possa ser de facto, realizado, os dois em UM...mas isso é outra história que não lhe convém mesmo!Ainda bem que já não precisa voltar...mas duvido que a curiosidade feminina resista a voltar (pelas suas dúvidas também posso duvidar e pensar que é gay...)mas agradeço a sua intervenção pois me divertiu bastante...e fizeram-me até pensar. Felicidades para o seu trabalho. (pena que já não leia a minha resposta...)
rleonor
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