O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, junho 01, 2013

HOJE E SEMPRE...


"No princípio era a Mãe. O Verbo veio muito depois e iniciou uma nova era: o patriarcado."(Marilyn French)

O Futuro"Como podemos dar forma a um futuro se a base do amor se encontrar perturbada? Se os melhores de entre os nossos filhos se opuserem aos adultos, cheios de indignação, já que estes não querem ver como destroem o ambiente, e se não fizeram seu o amor?

A nossa esperança são as mães. Por conseguinte tem de ser dada às mulheres a possibilidade de deixarem de ser consideradas propriedade do homem, a fim de incentivar o que houver vivo nos seus filhos e na vida.
Dizer isto não quer dizer que a própria maternidade deveria ser transformada num fim obrigatório. É esse o problema. Estamos programados pela nossa sociedade de tal forma que a “bondade” se transforma numa parte de toda essa loucura. É que somos sugestionados no sentido de que a bondade é um fim em si, e assim uma boa mãe transforma-se na expressão da mitologia masculina do sucesso. Se alguém quiser ser uma boa mãe por esta razão isso equivale a venerar o mito masculino sem disso ter consciência. Passa a ser este a determinar o valor de uma mulher, e não os objectivos autênticos dela. Parir tornou-se um êxito. A destrutividade da cultura dominada pelo Homem infiltra-se em tudo o que seja vivo.
 
...E assim as vítimas firmam um acordo com quem as destrói. E as mulheres que interiorizam desta forma o mundo masculino, embora sejam suas vítimas, ainda podem ter efeitos mais destrutivos que muitos desses homens, já que transmitem a ideologia masculina sob a capa da feminilidade.”
(…)
In FALSOS DEUSES DE ARNO GRUEN

2 comentários:

Else disse...

Isto é demonstrado claramente naquela famosa frase que considero deveras idiota

"O homem que trata sua mulher como princesa demonstra que foi educado por uma rainha."

Poderia falar aqui mil palavrões para dizer o que penso desta frase...

a fantasista disse...

Oh, que blog maravilhoso! Adorei conhecer.