O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, setembro 09, 2015

O MEU PAÍS



A MISÉRIA DO MEU PAÍS...


Tenho milhares de pobres no meu Pais...tenho milhares de desempregados no meu Pais...Tenho milhares de pedintes e sem abrigo no meu País que é pequenino e pobre dizem-me os que o governam e de brandos costumes...
Tenho milhares de pessoas afectadas por estarem desempregadas, Mães sem ordenado e sem subsidio algum...pessoas qualificadas, pessoas com experiência de vida e conhecimento que são postas de lado e desprezadas porque tem mais de 50 anos...
Tenho milhares de mulheres que se prostituem como ultimo recurso de ganha pão sendo exploradas e vivendo a maior ignomínia que jamais ser humano viveu...nem mesmo na guerra...e ninguém pensa nisso!
Tenho centenas ou milhares de crianças subnutridas e mal tratadas pelos pais ignorantes e drogados que os abandonam ou as matam.
Tenho um Pais onde TODOS OS DIAS SÃO ASSASSINADAS MULHERES pelos maridos e amantes...à facada...ou a tiro...
Tenho um País que deixa imigrar os seus jovens licenciados e que são uma mais valia e que separa famílias e as abandona à sua sorte ...assim como aos seus velhos!
Tenho um Pais que rouba pensões e corta ordenados das pessoas mais carenciadas e as obriga a viver na miséria à conta da crise que eles e esta DESUNIÃO EUROPEIA inventaram para melhor explorar a mão de obra barata...
Tenho um Pais que dá milhões do que rouba em impostos à população carente aos Bancos e os seus administradores ladrões e corruptos estão presos em casa com pulseiras de "ouro" com criados e chauffeures e policias mordomos à porta que nós pagamos...
Tenho um pais em que os políticos são quase todos corruptos e vivem à grande e à francesa...à conta do Estado e o roubam e depois se disputam entre si para dividir o que roubam - os ladrões ficam impunes e julgam-se doutores e engenheiros...com palavra...
Vejo um Pais a ser vendido aos estrangeiros por uns patacos...porque o governo da maioria é composto por dois seres destituídos de tudo o que seja humano, fascistas e traidores da Pátria...

Meu Deus...perante tudo isto EU SINTO-ME IMPOTENTE e não vejo ninguém fazer nada - NINGUÉM...nem eu - mas não, NÃO SOU HIPPÓCRITA.

E agora pedem-me que seja solidária com os imigrantes, porque nós temos imigrantes... e afinal nada fazemos por lhes dar ou criar condições no seu Pais? Sim, precisamente eles SÃO GENTE COMO NÓS...e por nós não fazemos nada?

Querem que seja solidárias com as vitimas de uma Guerra estratégica de gente sem escrúpulos que matam por lucro e cujos interesses são as armas e o petróleo e o domínio desses países e agora nós, muito bonzinhos, vamos lá limpar o quintal do vizinho e aqui tudo morre, morre a terra e a vontade de viver cá e a esperança, e nem só de pão "morre" o homem ...não só de fome se morre, que ainda é pouca...mas morre-se de tristeza e morrem velhos de isolamento e de ignorância, de miséria encapotada e de medo - sim, sem esperança no amanhã, sem vontade de viver - seres deprimidos mantidos a comprimidos e remédios para os quais não tem dinheiro para pagar com a miserável reforma etc...
AGORA pedem-me para ser solidária com os estrangeiros (todos somos UM...) ...e acham-me xenófoba...conservador e até nazi se calhar por não me esquecer de toda esta miséria franciscana À MINHA PORTA e que vejo o que andam por ai pregar e a oferecer as casas dos que foram despejados, dos desempregados, dos espoliados do banca, e a oferecer os parcos recursos que nos mantém de cinto apertado, em crise e com uma dívida (dizem) brutal e nós "os culpados da crise" porque a viver acima das nossas possibilidades como o Sócrates e os seus amiguinhos ...esse tratante que se julga rei na terra dos pacóvios e nós...oh deuses do olimpo... nós somos pacatos e ordeiros...nós somos bonzinho e obedientes e cegos - Ó cassetes do Carvalho! - vamos ajudar o PRÓXIMO.
QUAL PRÓXIMO?
O VIZINHO DO LADO OU MEU CONTERRÂNEO?
Sim este aqui do lado que tanto me chateia...sim esta criança ranhosa que chora todo o dia...e da mãe desgraçada que lhe bate porque não tem comida para lhe dar...ou da put...a beira da estrada...ah claro isto cheira a fado e a "manipulação emocional" não é? Cheira a miséria envergonhada, a nossa, e por isso gostamos tanto de armar em beneméritos e em pródigos, abastados?
Eu estou a olhar toda esta miséria do meu Pais e a ver esta guerra sem fronteiras e não posso fazer nada pelo meu País, pela gente do meu País pelas mulheres do meu Pais...
Nada, porque estes hipócritas de merd...andam sempre a fingir-se salvadores dos outros e da humanidade enquanto a pessoa ao lado, o irmão... deixa-o morrer de fome. Ah miséria envergonhada... e eu é que sou fascista...desumana e sem compaixão...

rosa leonor pedro

CAUSAS TEMPORÁRIAS, FRAUDES E OUTRAS ALIENAÇÕES DO NOSSO TEMPO...

"...vivemos de arrebatamento em arrebatamento e cada arrebatamento tem de ser mais arrebatado para compensar a anterior desilusão. Iniciámos o ano com o Syriza e a crise humanitária grega, depois veio o Varoufakis a dobrar a espinha à Merkel e a Catarina Martins aos pulinhos em Atenas (que as sibilas nos perdoem!). Abriam-se contas para financiar a Grécia (em troca podiam mandar-nos queijo e azeitonas ou uma fo...tografia assinada pelo Tsipras). E até houve quem marcasse férias na Grécia para ajudar a causa alternativa. Agora os gregos estão ainda mais pobres, vai haver novamente eleições, ninguém quer saber da Grécia para nada e a Catarina Martins já não pula, pelo menos em Atenas. Agora só se pensa, fala e sente o drama dos refugiados."

HELENA MATOS

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