O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, setembro 09, 2015

OS MITOS E AS FICÇÕES...



A QUEDA DO PARAISO...

Assusta-me ver as mulheres, as primeiras a serem usadas e manipuladas pelos Mídias, pelo seu sentimentalismo, a serem solidárias e a embalar na "onda" de "fraternidade" para com os árabes refugiados do terrorismo e da guerra e com toda esta loucura que está a ser a Migração desses povos para a Europa sem ver o risco que correm de a breve trecho (10 ou 20  ANOS ou menos) HAVER ESSA reversão de valores na Europa e as mulheres serem mais escravas ainda e passarem a usar burka ou a serem violadas e decapitadas e coisas no género...conforme nos ameaçam as imagens de vídeos que não passam nos canais públicos...sim, isto parece um grande exagero aos olhos da nossa democracia...e da nossa liberdade...mas o perigo está implícito de muitas maneiras e as mulheres são as mais sujeitas e vulneráveis ao fundamentalismo dos homens muçulmanos...
Eu sei que há pessoas boas e sofridas dentro desta massa de gente que foge...que há famílias (mulheres e crianças embora muito poucas)...eu sei que as vítimas da guerra  ainda sofrem mais, mas o perigo de haver fundamentalistas islâmicos infiltrados é bem mais grave a longo prazo para a Europa e isso vai trazer muito mais sofrimento do que eles agora sofrem...sim, nem todos são fundamentalistas e há cristãos também perseguidos, eu sei...e não ignoro nada. Mas também sei que os costumes e crenças de um povo não mudam e como está provado em toda a Europa  os muçulmanos não se adaptam ao ocidente...

Por tudo isto fico consternada de ver as mulheres embaladas na sua compaixão e cegas pela velha culpa católica a que chamam solidariedade não verem, na sua ligeireza e idealismo, o que lhes poderá acontecer a elas e tudo isto com pena claro, eu também a tenho, legitimamente das mulheres e crianças que sofrem esta loucura na pele, mas sem perceberem até que ponto elas estão a ser usadas como sempre foram usadas para escudo nas suas guerras religiosas...
Sim, sejamos fraternas com os outros seres humanos...mas não esqueçamos que as mulheres e as crianças são usadas sempre pelo patriarcado e pelos fanáticos como seres inferiores e estamos face a um povo ou povos massacrados por ideias e preconceitos milenares que vivem em plena idade media...e que nos trazem um risco enorme de retrocesso cultural cívico e sexual, se quiserem...
Pensem nisto e reflitam como estamos mais uma vez a ser manipuladas pelo patriarcado...em nome do próximo ...


Conforme li algures um texto da Cristina Aguiar  e que é bem elucidativo em termos arquetípicos do que está em causa ainda no nosso mundo dito moderno e civilizado e de mulheres supostamente "emancipadas" e que é aqui muito útil para essas mulheres que ainda se deixam enganar pelos homens de "boa vontade" - eu sei que a ideia não é banir os homens da nossa vida, nem filhos nem amantes, por amor da deusa, mas ter plena consciência deste drama ou desse trama enorme que nos envolve quando nos metemos na boca do lobo ou entregamos nos braços  do predador e  a que todas estão mais ou menos sujeitas por força do hábito da cultura e do karma... e  ter em conta estes mitos urbanos...estes mitos antigos, estes mitos que ainda dominam a cena real e a ficção e nos apercebamos também dos factos concretos que moldam a mente humana.

Conta ela de um experiência recente em Londres:

"Foi extraordinário perceber o quanto o homem não perdoa Eva pela queda do paraíso. A reação à maçã proveio somente homens, num impulso reativo subconsciente de uma raiva latente herdada por via de Adão que foi conduzido por Eva a experimentar o fruto. Adão foi um peão nas mãos de duas mulheres: primeiro Lillith, a reivindicativa, independente, interrogativa e emancipada; depois por Eva, a falsa subordinada, a curiosa, a desejosa pelos prazeres. As duas procuraram desviá-lo da passividade, da infantilidade e obrigaram-no a amadurecer emocional, mental e fisicamente. Ele não queria tomar consciência de si próprio, tal como acontece com os homens da atualidade.
A maçã simboliza a Mulher-Iniciadora, o poder mental e a superioridade multifacetada que enfrenta os regimes totalitários e patriarcais. A mulher na sua faceta serpentina é perigosa para a subjugação. Porque nós, MULHERES, experimentamos, vivenciamos, damos prazer, damos vida e somos a porta da perceção do Outro Mundo."

Portanto  mulheres  - vamo-nos render a esta realidade que parece ser a nossa eterna "culpa" ou assumir a nossa real capacidade de sermos Mulheres Inteiras - unindo em nós o que o homem social, religiosos e histórico separou ao longo dos séculos ao nos dividir entre a santa e a puta...colocando de um lado Lilith e a Serpente da Sabedoria, condenada ao pecado, e a astuta Eva a "culpada" da queda, que embora atrevida ou ousada, tornou-se complacente, submissa, mantida em casa ao serviço do senhor ou do mestre, cuidando do homem e do filho a quem serve sem se questionar ainda... etc.

Rosa leonor pedro

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