E O SOFRIMENTO...
"O sofrimento abre nossos olhos, ajuda a ver o que não veríamos de outra forma.
Portanto, só é útil ao conhecimento e, fora isso, não serve senão para envenenar a existência.
O que, diga-se de passagem, favorece ainda mais o conhecimento.
“Ele sofreu, logo, compreendeu.”
É tudo o que podemos dizer de uma vítima da doença, da injustiça, ou de não importa que variedade de infortúnio....
O sofrimento não melhora ninguém (salvo aqueles que já eram bons), é esquecido como são esquecidas todas as coisas, não entra no “património da humanidade”, não é conservado de maneira alguma, mas se perde como tudo se perde.
Mais uma vez, não serve senão para abrir os olhos."
Emil Cioran
in, De l’inconvenient d’être né
"O sofrimento abre nossos olhos, ajuda a ver o que não veríamos de outra forma.
Portanto, só é útil ao conhecimento e, fora isso, não serve senão para envenenar a existência.
O que, diga-se de passagem, favorece ainda mais o conhecimento.
“Ele sofreu, logo, compreendeu.”
É tudo o que podemos dizer de uma vítima da doença, da injustiça, ou de não importa que variedade de infortúnio....
O sofrimento não melhora ninguém (salvo aqueles que já eram bons), é esquecido como são esquecidas todas as coisas, não entra no “património da humanidade”, não é conservado de maneira alguma, mas se perde como tudo se perde.
Mais uma vez, não serve senão para abrir os olhos."
Emil Cioran
in, De l’inconvenient d’être né
"Se as doenças têm uma missão filosófica neste mundo, ela não pode ser outra senão, demonstrar quão ilusória é a sensação da eternidade da vida, e quão frágil é a ilusão de uma indefinição e de um triunfo da vida.
Pois, na doença, a morte está sempre presente na vida.
Os estados genuinamente doentios nos conectam a realidades metafísicas que um homem normal e saudável é incapaz de entender.
(...)
... Só as pessoas que realmente sofrem, são capazes de conteúdos autênticos ...e de uma seriedade infinita.
[...] Toda doença é heroísmo; mas um heroísmo de resistência, não de conquista.
O heroísmo na doença se manifesta por resistência nos bastiões perdidos da vida."
Emil Cioran
in, Nos cumes do Desespero
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