O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, junho 24, 2017

A VIOLÊNCIA DA MULHER CONTRA SI MESMA



A MULHER NADA GANHA EM EXPOR-SE...


...Quando eu digo que a mulher não tem identidade, que foi amestrada pela sociedade para servir e cumprir apenas um papel, muita gente me acha radical, mas quando eu olho a Mulher e vejo que ela não é mesmo nada em si a não ser como mulher objecto ao serviço da espécie, eu não me sinto como tal…O que eu sinto é que isto é uma atrocidade enorme a que as mulhers todas no mudo estão sujeitas e que dada a esta circunstancia dramática e escravizante da condição feminina as mulheres tinham de acordar deste sono milenar, desta anestesia geral que as torna sonâmbulas e obedientes ao colonizador do seu corpo…
E no meio disto tudo o que mais me custa é ver que quando as mulheres se revoltam com a sua repressão e querem reivindicar a sua liberdades elas se despem…sem ver que foi isso mesmo que as tornou mulheres objectos de consumo a todos os níveis e o que fazem no fundo é continuar  a exporem-se aos predadores que se riem delas, as aviltam e prendem e maltratam e continuam a ser vítimas dos seus assédios e instrumentos de propaganda contra a mulher, tal como acontece e é o caso das marchas das vadias ou das putas…
Não, não é expondo a sua nudez em nome da sua liberdade, nem do seu corpo escrito com palavras de ordem, tais como: "o corpo é meu" que elas vão ser senhoras de si mesmas e recuperar alguma idoneidade…mas sim saindo dessa escravidão interior e exposição exterior que só alimenta a mente machista contra as mulheres. Afinal elas afirmam a sua nudez contra quê? Como é que a nudez pode estar associada à sua liberdade se é pela nudez e exposição comercial do corpo da mulher que ela é marcada e inferioriza e prostituída a todos os níveis pela sociedade machista?  E como é que a mulher vai sair desse plano de inferioridade marcada como corpo objecto e resgatar a sua dignidade quando estão a reagir ao mesmo nível e com as mesmas armas que os homens usaram numa guerra em que sempre perdem…
rlp

Sem comentários: