O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, julho 22, 2017

de repente...



(...)
De repente
Os olhos negros
De uma mulher velada
A quem apelo
Mudamente me guiam
Na confusão do medo:
Seguem-me de longe
Amorosamente
Preocupam-se comigo
Quando chego ao meu destino
Ela me acena de longe
Meu anjo de olhos tristes
Minha mãe desconhecida
Minha amiga intocável

ITINERÁRIOS - ANA HATHERLY



"A Deusa foi violentada quando devia ser honrada. Foi insultada quando devia ser adorada. Foi paciente quando podia ter sido enérgica. Mas alguma coisa mudou.

...Ela nascerá através de nós, e seremos nós a determinar se o seu reaparecimento será violento ou se, pelo contrário, será doce e amigável. Ela está aqui. Não há maneira de a fazer recuar. Mas a forma como ela se vai manifestar é escolhida por cada uma das mulheres e, em certa medida, por cada um dos homens. Em meu entender, este é o sentido da libertação da mulher: a mulher que existe dentro de nós e as mulheres à nossa volta devem libertar-se da mentalidade grotesca e degradante que ainda é dominante e que considera o feminino como coisa fraca e sem valor, que não é necessário escutar e que não é importante o amor."

in O VALOR DE UMA MULHER
Marianne Williamson

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