OS LIMITES DO SEXO?
OU OS LIMITES DA INSANIDADE?
Estava a refletir sobre a falsa imagem da mulher sobrevalorizada pelo sexo num excesso e demência dos sentidos, exacerbados por uma especulação cultural e libertina de fim (princípio) de século que dá a imagem da mulher super sex. Um mulher capaz de engolir trinta machos por dia e como a própria mulher se expõe e dispõe a esse papel degradante na sua pele, quer nos filmes pornográficos onde a mecanização e a aviltação e a pura violência se misturam no mais gratuito dos intuitos ou na mais abjecta das prostituições do corpo, corrompendo as leis do desejo natural e a beleza da intimidade gerada no amor, quer nos filmes ditos de qualidade em que a promiscuidade visual apesar de mais cuidada é igualmente abjecta. E chamar amor a essa adição ou alienação do ser, homem ou mulher, em função de um acto primário e básico que só o amor transforma, é pura violência física psíquica e emocional para quem porventura se sujeita a ler ou ver a expressão da maior aviltação do ser humano na moda no ecrã ou na "arte" e "literatura"...
Chamar arte ou poesia à pornografia, chamar liberdade à insanidade e à promiscuidade, ou "amor" a um mecanismo igual ao dos animais, (estes bastante mais naturais!) expandi-los para os outros de forma ostensiva não passa de aberração e falta de dimensão verdadeiramente humana, ou falta de consciência (ou experiência) do verdadeiro sentir e do verdadeiro prazer…
Que o homem use a mulher como sempre o fez e a faça fazer os papéis que ele quer ou sonha, quer seja seu agente ou gigolô eu estou habituada, mas que seja a própria mulher a por na sua boca e fazer a defesa do imaginário masculino, isso a mim custa-me os olhos da cara. Sim custa-me que a Mulher se reveja em imagens deformadas da sua feminilidade tão adulterada e degradada e seja ela própria a contribuir muitas vezes para essa aberração do seu ser.
rosa leonor pedro
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