O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 25, 2018

A ESCOLHA do "sexo"





Não se pode reduzir a Humanidade ao sexo..
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A homossexualidade é apenas uma definição-conceito de algo inerente ao ser humano que vive na dualidade, posto que a alma não tem sexo...mas que a sociedade vigente patriarcal ao definir o ser humano como heterossexual, condenou a partida qualquer outra "versão" do mesmo. Independentemente da complementaridade dos sexos e da sua função alquímica a dos opostos complementares a integrar, considero que até lá somos todos seres duais e essa dualidade humana (feminino-masculino - dentro e fora) estende-se a todos os aspectos da manifestação, incluindo o sexo - e tal como diz F. Pessoa, "no amor o sexo é um acidente..."

Não, não se pode reduzir a Humanidade ao sexo…

O que aconteceu durante seculos é que a humanidade tendo sido regida por padrões redutores dessa vastidão de sentires, não tendo em conta nem a transcendência nem a androginia psíquica (não falo de hermafroditismo ou de seres que nascem com indefinição do sexo biológico - pois à partida não está definido um ou outro e quer os pais quer os médicos podem decidir como acham "melhor" e isso mais tarde pode não bater certo na psique da pessoa...portanto isto é deveras complexo) no fim, reduziu-se os seres humanos a uma só opção. E é dentro da nossa concepção moral judaico-cristã, que esses conceito prevalecem, pois ignoramos as civilizações mais sábias e antigas que entenderam esta questão com muito mais profundidade e sem o preconceito católico, que pela sua pregação reduziu o ser humano à reprodução com fins "lucrativos" para manter um sistema de controlo de produção e criação de "escravos" implícito em "crescei e multiplicai-vos."...e por isso não havia lugar para o prazer nem para a diversidade das pulsões sexuais, e assim a liberdade dos seres humanos ficou presa do dogma e de poderem viver naturalmente de acordo com os seus apetites ou pulsões, paixões e desejos...sem conceitos nem tabus!
Considero o par heterossexual como o par legitimo à reprodução da espécie, nem resta até hoje outra alternativa, e espero que nunca haja outra...mas não faço a sua apologia como não faço a apologia da homossexualidade, mas sim de uma androginia psíquica de cariz espiritual, uma completude, pela integração dos dois em Um. E defendo sobremaneira, como digo, que só há uma forma de se saber o que é um género quando a mulher for integral e não esta metade que são todas as mulheres divididas secularmente entre a santa e a puta o que deu e criou muitos distúrbios e aberrações ...e claro vivemos hoje com esta ciência macabra um desvio brutal de tudo o que é simples e natural e já nada é humano…
As mulheres não sabem quem são e os homens há muito que estão perdidos e confusos…não só acerca das mulheres como de si próprios, pois em vez de integrar o seu feminino dentro, tentam expressá-lo fora imitando uma mulher fictícia que ele mesmo criou, uma mulher travesti...

"São mulheres individuais, conscientes, que devem guiar o caminho. Isso é muito difícil para os homens - tão perigosamente expostos, nesta era, à possessão pelo intelecto, pela tecnologia, ou por sua feminilidade inferior desintegrada -, descobrir o sentido de eros sem essa mediação de mulheres verdadeiras que não apenas vivem essas coisas instintivamente, mas "sabem que sabem".

rlp



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