O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 18, 2018

CONSCIÊNCIA DO FEMININO


Muita gente que me lê inclusive mulheres acham estranho que escreva só para mulheres…

Sim, quero de facto afirmar e clarificar que escrevo exclusivamente para mulheres. Este é o meu contributo para uma verdadeira CONSCIÊNCIA DO FEMININO vivido e integrado e não pode servir de especulação nem de teoria para as mulheres se agarrarem as palavras e conceitos e acharam que já são Mulheres integradas ou que atingiram planos superiores e se superiorizarem umas das outras…Não, uma consciência não provem de uma ideologia nem de uma mentalização…nem se adquire num curso, nem em rituais ou com terapias. Na mulher essa consciência tem a ver como o despertar de um saber inato e inerente aos seu feminino ontológico. Algo que lhe pertence desde o inicio dos tempos e que foi obstruído pelas ideias e crenças patriarcais numa tentativa de anular o poder da mulher e a sua força intrínseca


O que eu escrevo tem de ser e é acessível A TODAS AS MULHERES SEM EXCEPÇÃO.

O que eu escrevo e o que eu defendo portanto como mulher é de algum modo contribuir para um despertar da mulher e desse seu potencial interior, o despertar do seu ser adormecido, do seu manancial fechado, do seu tesouro escondido, do seu coração inteligente, e isso partindo do principio que essa força está dentro delas e por isso tem de ser um discurso extensivo a todas as mulheres, compreensível e claro, objectivo, baseada em experiências vividas e não em cultos terapias ou teorias ou ideias muito bonitas acerca de uma irmandade.

O que eu escrevo tem de ser para as mulheres de todas as idades e de todos os géneros e cultura. De todas as classes e condições sociais, e todas tem de entender o que significa Ser Mulher em si e em essência e como foram roubadas dessa sua essência magnifica, desse seu poder inato ...e como esse velho cisma contra a mulher - a queda do Paraíso ou a Eva como culpada - é a queda de um mundo que resultou numa divisão da sua identidade original e como é possível a todas perceber que estão divididas em duas e vivem essa dicotomia de forma dolorosa sem entender o porquê.

Por isso o meu desejo é de que todas as mulheres entendam o que eu digo sem terem de mudar a sua vida exterior nem seguir rituais nem teorias - nada nem ninguém - e quer sejam elas mães, sejam filhas, enteadas, madrastas, sejam mulheres fatais, sexy ou promiscuas. frigidas ou castas, velhas novas e ricas ou pobres e remediadas, ou tenham elas casa, piscina e carros ou sejam sem-abrigo, perdidas e solitárias, quer tenham marido, sejam viúvas, divorciadas ou celibatárias...TODAS elas podem entender este cisma universal que pesa sobre a mulher em todo o mundo, desde que à partida sejam   MULHERES…mulheres com utero e ovários... 


 TODAS AS MULHERES TEM DE ENTENDER QUEM SÃO DE FACTO... 

 A nossa linguagem tem de ser acessível e simples para todas as mulheres possam compreender o que as divide e separa ou afasta umas das outras. Porque são inimigas umas das outras em vez de amigas, porque rivalizam entre si "a santa e  a puta" e eternamente discutem e se digladiam a sogra e a nora e a mãe e a filha...as irmãs e as amigas...
Todas as mulheres terão de perceber como ficaram e ainda estão sob a alçada do macho provedor, em nome do amor, do casamento, do Pai e do Filho...porque TODAS FORAM SUJEITAS ao poder masculino que as aprisiona e divide, que as sufoca, que as abusa sexual e psicologicamente, que as  massacra, viola explora vende e mata, mas que principalmente  as inibe de serem  uma mulher inteira, una e dona de si...e que enquanto ela servir e se vergar a esse poder deus pai e suas leis, ela nunca será livre nem ela própria…
 Toda essa escravidão em nome de deus do pai do dinheiro da família e do filho, a santa madrasta igreja que condenou as mulheres TODAS à serventia do macho. Assim todas as mulheres foram marcadas e sabem as dores que sofreram - assim conheçam elas a sua proveniência...

Este discurso parece panfletário, mas não importa...é apenas básico e fundamental.


rlp

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