ENTENDO ESTE DISCURSO DA "CÉLULA MENINA" NUM PAIS COMO A INDIA QUE MATA AS MENINAS À NASCENÇA, DE RESTO NÃO ME FAZ QUALQUER SENTIDO, mas, como mulher e velha, direi que o mais importante na mulher não é haver "uma célula de rapariga", mas sim uma ESSÊNCIA MULHER - do nascer ao morrer - que se perdeu e que corresponde as características apontadas pela oradora. O Ocidente está saturado de "meninas", de mulheres crianças e infantis, mulheres irresponsáveis e divididas em estereótipos que nunca se tornaram nessa mulher poderosa que está dentro de todas as mulheres. Este discurso é quanto a mim enganador e adia o encontro da Mulher com a sua verdadeira MULHER, a mulher integral. O Feminino por excelência, esse feminino que se encontra também no homem, tal como o masculino se encontra dentro da mulher faz parte da integração dos opostos, mas antes a mulher tem de ser urgentemente MULHER. NÃO A RAPARIGA...
A PROPÓSITO DA INFANTILIZAÇÃO DA MULHER
A PROPÓSITO DA INFANTILIZAÇÃO DA MULHER
SIM, PORQUE Sou mulher e sou velha, reclamo e tenho o estatuto da idade que me confere a liberdade e a consciência de uma completude por ter sido e passado as fases da menina e da mulher madura. Mas confesso que começo a ficar assustada com esta infantilização das mulheres que a new age está a facultar e a incrementar através das suas terapias e terapeutas. Antes da criança ferida há uma mulher ferida em cada mulher. Uma mulher dividida. É essa mulher que precisa de atenção agora mais do que nunca.
Nunca foi tão urgente a palavra e a consciência da mulher!
E quando mais urgente é a palavra da mulher madura e soberana aparecer na área da espiritualidade, seja qual for a espiritualidade anunciada, mais eu vejo as mulheres que deveriam ser responsáveis, nomeadamente nos círculos de mulheres, em terapias de grupo e até psicólogas, estarem todas a evocar e a defender a criança, a menina, a rapariga e a donzela. Sim, eu sei que é uma fase da mulher, a menina e adolescente em cada mulher, mas ela anuncia o desvendar desse prodígio e desse mistério feminino profundo, dessa mulher poderosa e fiel a si própria que urge despertar. Na verdade é A Mulher o centro da mulher, seja jovem madura ou velha… Essa Mulher essência é a matriz feminina que cura e que cria… ela é o centro, o coração das outras duas… falo dessa mulher porque essa mulher está em perigo diante das ideologias de género e diante desta adulteração ou alienação do verdadeiro feminino sagrado usado na new age pelos facilitadores que querem de algum modo subtrair a responsabilidade dessa mulher ser una!
Não se trata de tirar a importância à fase da jovem no circulo da vida da mulher e da Deusa, para dar mais importância a mulher madura e a velha, mas dá vontade de gritar perante a falta de maturidade das mulheres, a sua falta de consciência como mulheres plenas, senhoras de si mesmas.
AS mulheres estão adormecidas, inconscientes de como estão a ser atacadas de todos os lados. Elas são sempre manipuladas e convertidas às manobras do patriarcado e aos seus lideres, aos seus metres.
Seria pois no mínimo desejável que essa mulher madura se afirmasse na sua força e na sua pujança de mulher e não andasse a infantilizar outras mulheres impedindo-as de crescer e de olhar a realidade tal como ela é. Porque estamos dentro de um Sistema e temos de saber viver nele sem nos vergar nem o alimentar.
rlp
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