"A deificação das imagens de mulher neolíticas é também uma estratégia para que tais imagens não possam chegar a constituir um paradigma que provoque e propicie la reconexão de nossa mente com as nossas entranhas. " Cacilda Rodriganes Bustos
ACTUALIZANDO
Às vezes pode ser importante redefinir um pouco este Blog de tanta matéria e tão diversificadas origens, que convém que diga o seu propósito, se é que não é ainda claro de tão exaustivo o tema das mulheres, mas de que mulheres trata e mais complicado ainda, que deusas, que origens foram ou eram e que mulheres e deusas que nós aqui estamos a considerar?
Há tanta confusão acerca da Mulher e as definições da Mulher variam de acordo com os estereotipos e as épocas e ainda as modas, mas não sei se a confusão não é ainda maior acerca da Deusa ou quem foram as deusas as mais antigas - as deusas das mitologias Egipcia, Hindu e Celta, agora que qualquer actividade relacionada com mulheres e grupos se diz ser sagrada e se propaga uma fé numa deusa a par de um deus e se fala de feminino sagrado com alguma conectação religiosa; por essa razão convém realmente redefinir o que é "o feminino sagrado" aqui neste espaço, uma vez que nós não queremos uma Deusa igual a Deus nem uma deusa lenitiva que nos vem salvar ou que nos ajuda e dá força, porque isso nunca existiu...essa é agora a minha Fé - salvaguardar a minha liberdade de ser e responsabilidade humana - e por isso tenho de clarificar a minha posição quanto a idea de uma Deusa ou deusas que nem foram humanas e sim seres de outras dimensões e mesmo extraterrestres, isto a luz de uma visão cosmologica fora do contexto obscuro e e dogmatico da Religião católica e mesmo do paganismo que parece as deusas imitam....
Quando falava de Mulheres e deusas, já me referia a uma dimensão do feminino original ligado a Mãe e a Natureza e neste caso, refiro agora a ideia de mulheres integradas, mulheres que buscam essa completude dentro de si e que têm consciência da sua cisão (versus integralidade) e vivem de acordo com isso, em busca de um Feminino Ontológico, verdadeiro e simbiótico com a Mãe e a Natureza. Mulheres que por suposto já não estão nem vivem cindidas dentro de si e não se fragmentam tão facilmente em duas espécies (o modelo da santa virgem e da maria madalena, a pecadora do catolicismo) e entre os estereotipos que as separa e faz digladiar à imagens das deusas do Olimpo tão aclamadas como variantes da mulher de acordo com a psicologia junguiana e aquilo que os homens e a sociedade normalmente exigem delas. Refiro-me a Afrodite e Hestia e Atena ou Deméter...etc.
Falo de Mulheres que já não seguem a Moda (gay) nem aquilo que lhes impõem como padrão de beleza, todos os artificios a que chamam "femininos" e que nada significam em relação a verdadeira essencia da Mulher.
Não gosto do termo "mulheres emancipadas", porque não corresponde a verdade nem é real, nem aprecio a ideia feminista da igualdade entre os sexos - que os padroniza por igual - embora seja apologista de direitos iguais e universais, os direitos Humanos. Não há porém igualdade entre o homem e a mulher no que diz respeito ao ser especifico de cada um, quer ao nível sexual ou fisico e menos ainda ao nivel psiquico e ontológico. Cada um dos sexos é muito diferente um do outro à partida e expressam qualidades intrínsecas próprias (de acordo com os hemisférios cerebrais, direito e esquerdo, masculino e feminino) específicas da sua natureza interior (a mulher tem utero, ovários e gera dentro dela vida) e a grande confusão existente é resultado dessa ideia ficticia e redutora da mulher de uma igualdade entre os sexos em que as mulheres devem fazer tudo o que os homens fazem e que têm vindo a confundir cada vez mais a sociedade e as próprias mulheres e já nem homem nem a mulher sabem quem é quem...
O facto de a mulher ter sido reconstruída ou "recriada" culturalmente pelo homem a partir de dogmas religiosos e outros, e sendo portanto um subproduto de uma sociedade patriarcal e falocrática, que domina todos os meios de expressão e de comunicação e ser ele ainda e desde há séculos aquele que define a mulher na literatura e a tem retratado na arte e no cinema, por exemplo, faz com que a mulher se tenha completamente perdido de si mesma ao perseguir imagens e padrões de suposta feminilidade seja a do sacrificio seja o da libertetinagem e que nada têm a ver com o feminino na sua essência. Tão pouco a sua sexualidade é a verdadeira porque não é coital mas simbiotica e é de todos estes apectos e questões que Mulheres e Deusas, agora MULHER MATER, MATRIZ se ocupa e preocupa...
PORQUE É ABSOLUTAMENTE ESSENCIAL REDESCOBRIR A VERDADEIRA MULHER DENTRO DA MULHER E DEVOLVÊ-LA INTACTA AO MUNDO e por isso urge rejeitar todas as falsas imagens do feminino criado pelo homem assim como das deusas que nunca foram mulheres.
RLP
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