O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, outubro 01, 2023

UMA ANTITESE DO FEMININO

 


A IDEOLOGIA DE GÉNERO E A CRIAÇÃO DE NOVAS CRENÇAS...


O QUE É O verdadeiro feminino - não o feminino associado a construção social de uma mulher mascarada e ficticia e cujo comportamento corresponde a uma imagem estereotipo de uma mulher dita "muito feminina", sinónimo de pintada ou vestida de uma determinada maneira: maquilhagem de saltos altos vestida de vermelho - , mas feminina no sentido de uma essência e de uma energia efectivamente (substancial e magnética) que a define intrinsecamente, BIOLOGICAMENTE (utero ovários coração)...e não o padrão exterior que a sociedade e o homem criou dela a cada época social e histórica.
Há um só feminino e esse feminino essencial (de essência) é o que nasce com a mulher - e é só da mulher. Para compreender isto dentro da aculturação e falta de profundida das mulheres modernas que se dizem do feminino sagrado e SENTIR REALMENTE EM CONSONÂNCIA COM AS SUAS ENTRANHAS há que sair desta confusão semântica criada pelas ideologia de género e afins.

Ser feminina é SER MULHER OU FÊMEA sem esta confusão de género que adultera e baralha semanticamente as mulheres de hoje e e assim vemo-nos diante de toda esta questão confusa do que é ser realmente a Mulher original, fêmea, femina, de feminina, portanto em oposição ao masculino que só agora também sofre deturpações variadas relativas ao sentido profundo e biológico.
Segundo os dicionários o sentido etimológico de feminino, ele vem do latim: Femina, mulher, fêmea e são uma e a mesma coisa!.
Há porém mulheres que se dizem defensoras de um "sagrado feminino.real" que agora negam o termo feminino considerando-se ou designando-se como fêmeas e nessa confusão semântica gerada pelas novas ideologias de género alegam a criação de uma religião da deusa a fim de se darem um poder ilusório de igualdade divina com os homens; estas mulheres reivindicam uma "cultura feminina" ( a confusão é enorme) a fim de combaterem e lutarem contra a religião dominando do homem ... opondo-lhes assim uma deusa com outro poder do lado das mulheres? Uma "nova cultura religiosa" e assim, porque os homens tem um deus macho repressivo elas pretendem destituir e criar uma religião para as mulheres?
Omnipotente omnipresente e omnisciente também?

Remeto-vos para a sua afirmação de que: " Aqui eu gostaria de lembrar que o Sagrado Feminino não é nem nunca foi sobre isso (a energia feminina) e enquanto estivermos falando sobre isso estaremos deixando de lado os reais objectivos e a importância da espiritualidade feminina no papel de destituir o poder religioso patriarcal e permitir que as mulheres construam uma nova cultura religiosa baseada nas suas próprias necessidades, valores e crenças.
Viva o Sagrado Feminino Real e as mulheres reais!!!"

*in sagradofeminino.real - INSTAGRAM
rlp


Deixo-vos um testemunho do verdadeiro Feminino por uma Mulher Real...


Por Sabine Carlotti

"Ser feminina ou ser Mulher, há para mim uma diferença?

Uma pergunta que poderia à partida parecer uma redundância mas que na verdade percebi rapidamente que para mim é bem diferente, sobretudo porque poucas vezes ao longo dos meus anos de vida senti-me feminina, ou seja com comportamentos, posturas, vestuários e hábitos que ao meu ver poderia corresponder ao que a sociedade contempla ou considera como “ser feminina”.
Eu diria que foi quase sempre nos comportamentos que adotei relativos à sedução (para com a figura masculina) e as conotações sexuais intrínsecas que vestia o disfarce do “ser feminina” ainda que nunca muito segura de mim mesma; agora vejo que esse disfarce inconsciente cobria a presença de uma dor surda, ignorada e rejeitada na profundidade consequência do afogamento da mulher que em mim existia e que não tinha coragem nem conhecimento para poder aparecer, expressar-se, manifestar-se, VIVER!
Essa Mulher que sempre esteve em mim, IGNORADA, AFOGADA durante longos anos, que ficou a GRITAR através de uma DOR pungente que eu mesma negava e rejeitava, essa mulher… há pouco tempo estou a permitir-lhe a sua existência...
Onde estás Mulher?
Estou nas lágrimas de dor quando percebo o que deixei que fizessem comigo,
Estou na coragem de olhar para minha dor e deixar que ela me guie até o compreender das minhas traições,
Estou na convicção que no abraço das minhas sombras está o sossego da minha alma,
Estou na compreensão das minhas inseguranças que se convertem em aceitação dos meus defeitos ou fraquezas e retira de mim a couraça de defesa que tanto oprime, afoga e não deixa aproximar-se dos outros com naturalidade e confiança.
Estou no olhar amoroso que abraça a dor de outrem,
Estou no saborear a minha presença na solidão ou na companhia,
Estou no bem estar que hoje permito-me vivenciar quando mergulho dentro de mim e sinto que existo em mim…
É essa mulher que descubro e conheço a cada dia um pouco mais que é o FORÇA MOTRIZ da minha existência…
Ser Mulher é permitir ao Feminino e à Beleza EXISTIREM!"
Sabine Carlotti - Prof. de Acupuntura - leitora de Lilith A Mulher Primordial

1 comentário:

Vânia disse...

Olá bom dia, eu sempre pensei que ser feminina fosse usar saltos altos maquilhagem etc. Foi assim que cresci, a ouvir estas coisas. Quando era mais jovem usava mini saias decotes saltos altos e maquilhagem para sair á noite, mas se só gostam de nós pela "embalagem", se é isso que atrai os outros então é apenas fachada. Quantas vezes fiquei á porta da igreja na hora da missa que os escuteiros frequentavam, porque lá vinha o padre jovem com a batina dizer me que eu não vestia roupa apropriada. Uma blusa de alças era o suficiente para ser enxovalhada na frente dos meus colegas e outros adultos catequistas. Em dias de treino, (sou federada em dois desportos) quando andava mais desportiva era chamada de Maria rapaz. Mas nada se resume ao aspecto exterior, é apenas um estereótipo definido pela sociedade. Mas entender isso leva tempo apesar de ser tão óbvio. .