O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, junho 30, 2009

OS JARNIDEIROS/as do amor...

- Mensagem reconfortante deixada pela "Alta Sacerdotisa" Gaia Lil

(...)"Um texto anônimo da Tradição diz que cada pessoa,em sua exitencia, pode ter duas atitudes:
Construir ou Plantar. Os construtores podem demorar anos em suas tarefas mas um dia terminam aquilo que estavama fazendo. Então param, e ficam limitados por próprias paredes. A vida perde o sentido quando a construção acaba.
Mas Existem os que plantam. Estes à vezes sofrem com tempestades, as estações, e raramente descansam. Mas, ao contrário de um edifício, o jardim jamais pára de crecer. E, ao mesmo tempo que exige a atenção do jardineiro, também permite que, para ele a vida seja uma grande aventura.
Os jardineiros se reconhecerão entre si-porque sabem que na história de casa planta está o crescimento de toda a Terra."

IN Brida,Paulo Coelho

Hoje eu tive um sonho muito curioso:
Estava no estrangeiro e me sentia um pouco perdida. Não sei que língua se falava nesse país, mas de repente encontrei um mulher negra magnífica, toda vestida de amarelo e que veio ao meu encontro e me abraçou...falava português com sotaque...era brasileira e eu disse-lhe: que bom falamos a mesma língua! e daí expressámos ambas uma espécie de alívio pelo consolo da língua comum e eu começo a sentir um grande conforto nesta língua Mãe...como se ela fosse abençoada...ela riu-se muito e eu acordei...
Será que tenho uma Mãe de Santo brasileira que vela por mim e eu não sabia?
rlp

COMENTÁRIO:

Quem sabe Rosa?
O que eu sei é que o amarelo é a cor da da Deusa do amor a,a Deusa Oxum. Sempre me disseram que um dos meus orixas era Oxum a Deusa do prazer e do amor, pelo meu jeito feminimo.Que seja então a Deusa da beleza e do amor a nossa guia estes dias. Sofremos muito e merecemos o prazer infinito da Mãe.
Beijos pra você

PS: sonhei com uma bruxa outro dia...Ela tinha um espelho e era velha. Ficava jovem e bela quando queria e quando sentia vontade seria velha de novo. Creio que não abria mão da sabedoria da velhice.

(Gaia Lil)
*
Queria agradecer-lhe as suas palavras e ainda dizer-lhe que na sua idade e na fase que atravessa, tal como eu na idade que atravesso, à distância de quase 40 anos, são fases de transição, que como todas as transições entre as idades, como entre as estações, que trazem a mudança, fazem-nos sofrer… Assim como as plantas que nascem, ao romper a terra sofrem para vir à superfície e dar fruto…
Sim, também nós sofremos para acedermos a planos diferentes de consciência... com consciência!
Você, na juventude, em mutação, eu a entrar na velhice, sofremos as mudanças inerentes às fases da nossa vida, mas eu já sabendo que nada se perde e se calhar você não…Por isso lhe digo: Tudo o que vivemos profundamente dá-nos mais conhecimento. E não tema o sofrimento porque ele é natural e não há ao cimo da terra nada que não esteja sujeito a ele.


O SOFRIMENTO não é o que as pessoas cheias de medo de viver e amar pensam que é...O sofrimento não é aquele sofrimento estúpido e inútil do castigo ou da penalização pelos nossos actos, do medo do pecado ou do inferno, o sofrimento que os homens se infligem uns aos outros, mas sim um "sofrer" (sofrer o efeito de...sofrer um sentimento) que significa viver, passar por, aprender, e que é crescimento, que é o brotar de dentro para fora a flor do amor cuja semente germinou no nosso coração (ou no nosso ventre) e por isso se transforma em alegria…e prazer!
Há sempre essa dor no início no atravessar as barreiras, as resistências, nossas e dos outros, tal como é doloroso as vezes ficar no escuro uns tempos sem sabermos nada, mas toda essa dor do início que é esforço se transforma no seu oposto e vice-versa… Sem dúvida que sem o sofrimento do crescimento, sem o rompimento da casca nada nasce…nada se aprende!
Cavar a terra e plantar custa...faz-nos suar e traz cansaço....mas é grato quando vemos as flores a nascer...falando nós de jardineiros...


A ideia da felicidade permanente ou da alegria, ou da facilidade construída na negação desse esforço pelo nosso crescimento e tomada de consciência, que sempre dói pelo quanto temos de largar mão, é uma estagnação, uma alienação, uma mentira ou uma mera idealização…a criação de um mundo fictício onde não há consciência nem responsabilidade. E onde as flores são sempre de plástico...
Não se deixe enganar pelas facilidades das teorias de um mundo cor de rosa…eu não defendo a dor, nem nego o prazer, nem sou masoquista, mas sei que nada se constrói sem trabalho e esforço e só depois disso a alegria e o prazer vêm, e esses são consistentes…são a conquista de um caminho percorrido, de um trabalho feito, são o fruto da nossa própria consciência baseada na experiência e não nas promessas de uma nova era fictícia onde tudo acontece por milagre e todos estão lá sem qualquer trabalho ou maçada… basta-lhes copiar ou repetir os mestres como os papagaios fazem e cantam que amam e tem paz…

rlp

“É impossível pensarmos nas adjurações da sabedoria alquímica que introduzia igualmente a fisiologia no coração do conhecimento: Não aprender, mas sofrer. Ou uma formulação latina análoga Non cogitat Qui non experitur “ *

Marguerite Yourcenar (in Mishima ou a visão do vazio)

domingo, junho 28, 2009

para além do ego...


(...)

Quando alguém nasce para o mundo tridimensional, a sua consciência fica presa pela percepção limitada dos cinco sentidos, e assim surge a doença da separatividade e do egoísmo. Mas este mal tem cura. A percepção do universo como um processo aberto em quatro dimensões permite que a consciência humana se liberte da noção tridimensional e fechada de “eu”, segundo a qual o que é “meu” não pode ser “do outro”, assim como o que é “do outro” não pode ser “meu”, porque é geralmente impossível que dois corpos tridimensionais ocupem simultaneamente o mesmo espaço. A percepção do universo em quatro dimensões, que corresponde em linguagem espiritualista ao despertar da consciência no plano astral, mostra-nos as possibilidades ilimitadas de cooperação entre todos os seres. Esta nova visão do universo abre espaço para a compreensão de que todas as formas de vida constituem uma só comunidade. Assim, os pequenos “eus” individuais vêem a vida no seu conjunto e comprometem-se com ela, de modo que a felicidade de cada um inspira e é inspirada pela felicidade de todos os outros.

Carlos Castanheda escreveu que o “eu” pessoal é prisioneiro da ansiedade porque teme olhar a vida com serenidade e descobrir que, na realidade, ele não existe. Perseguido pela suspeita terrível de que não existe, o “eu” agarra-se a uma noção estreita de espaço e tempo, para produzir uma falsa impressão de continuidade psicológica. Na verdade, este “eu” teme apenas abrir-se para a felicidade e a bem-aventurança que estão à nossa disposição logo além dos muros tridimensionais do mundo aparente. Quando o “eu” pessoal abandona as suas couraças e protecções, que são quase sempre inúteis, ele consegue finalmente olhar para o seu potencial divino, e então o foco da sua consciência não se desvia mais do caminho. Ele encontra o seu “eu” eterno e ingressa na onda vibratória da nova era, em que o ser humano encontra a paz e a felicidade. Está escrito há milénios nos registos do akasha, na quarta dimensão, que a nossa humanidade reencontrará a felicidade. E também que este reencontro avançará por processo alquímico de compreensão do sofrimento por cada indivíduo humano, até que o número de pioneiros seja suficiente e o carma colectivo, registado na luz astral, esteja finalmente maduro, podendo o processo de transmutação generalizar-se em progressão geométrica. Então a dor colectiva transformar-se-á mais facilmente em sabedoria.”

Carlos Cardoso Aveline , in revista Biosofia, Inverno 2008/09
IN http://saberdesi.blogspot.com/

AS MÁSCARAS...

NOTA À MARGEM (me sinto mesmo à margem)
Estou cansada de egos e egomaniacos/as, de mim própria...
Apetecia-me sinceramente partir para o outro lado...
Estou farta de tanta treta, de tanta banalidades, de ideias vulgares e de vaidades...
Estou mesmo a chegar aquele sítio onde toda a mentira das meias verdades, os egos inflados, todas estas máscaras, mas principalmente a falta de discernimento, de qualidade, de profundidade e sobretude a falta de humildade, de sinceridade me enjoa. É tanta a verborreia em nome das causas que já me causa vómitos...
Para mim, hoje, olho para Mulheres & Deusas como uma causa perdida... Depois de ver bem alguns dos equívocos que se geraram...fico mesmo enjoada.
Podem pensar que é um momento de desilusão mas é mais um estado de espírito, direi um estado de consciência. A ser fiel a mim mesma nunca mais postava nada aqui... por mais sincera que seja há realmente um momento que tudo isto não passa de uma farsa que por ego alimentamos.

Realmente dava tudo para desligar deste mim própria e ter a coragem de por este blogue de quarentena...de momento está apenas preso por um fio...


E tal como Pessoa dizia, eu sinto que:
"Tudo é orgulho e inconsciência. Tudo é querer mexer-se, fazer cousas, deixar rasto. "ou
"O poeta superior diz o que efetivamente sente. O poeta médio diz o que decide sentir. O poeta inferior diz o que julga deve sentir. Nada disto tem a ver com sinceridade. Em primeiro lugar ninguém sabe o que verdadeiramente sente..."

ou ainda o poema...

Ah quantas máscaras e submáscaras,
Usamos nós no rosto de alma, e quando,
Por jogo apenas, ela tira a máscara,
Sabe que a última tirou enfim?
De máscaras não sabe a vera máscara,
E lá de dentro fica mascarada.
Que consciência seja que se afirme.
O aceite uso de afirmar-se a ensona.
Como criança que ante o espelho teme,
As nossas almas, crianças, distraídas,
Julgam ver outras nas caretas vistas
E um mundo inteiro na esquecida causa;
E quando um pensamento desmascara,
Desmascarar não vai desmascarado.

FERNANDO PESSOA (1888-1935)
Tradução: Jorge de Sena.

"COMO TRATAR UM EGOMANÍACO"?

(...)
Que pensas desta onda de descontentamente que produz a nova era?

- Não tenho que me preocupar pois na minha idade sou da velha era. Bruxaria é ser velho e ser jovem; Nova Era é estupidez. Eu não posso me permitir luxos de egomania.
(...)
Em 1973, Don Juan se transformou em luz, a serpente emplumada. Ele e seus congêneres deram uma volta final. Chega um momento que a Terra te diz: estás livre… parte! Uma existência tão enorme está consciente de um micróbio como eu! (quase chorando!) Me desmonta… como uma mãe amorosíssima.

- Como tratar a um egomaníaco?

- Don Jun dizia: para as pessoas você pode expressar o pior dos insultos, porém se o faz em tom de adulação… ficam encantadas. Para poder ser um guerreiro o primeiro é desligar-se do eu pessoal. Para que andar nervoso, irritado? A batalha não está aquí, está no horizonte.
(...)
carlos castanheda

ler entrevista em: http://pistasdocaminho.blogspot.com/

quinta-feira, junho 25, 2009

O OUTRO LADO...

"A CONSCIÊNCIA É A BASE DE TUDO O QUE EXISTE"
Amit Goswami


"Existe muito sofrimento na Terra: dor, perda, medo e pensamentos negativos fazem parte da atmosfera colectiva do planeta. E foi isto que você, como alma recém-encarnada, atravessou. A sua luz encontrou o caminho através da escuridão e, ao fazer isso, um inevitável véu de ignorância caiu sobre a sua consciência angélica original. Sinta a tristeza deste acontecimento e, por trás dela, a sua coragem e bravura. Você estava determinado: “Vou fazer isto! Mais uma vez, vou enraizar-me na realidade da Terra para encontrar a minha própria luz, para reconhecê-la, para redescobri-la e para transmiti-la para esse mundo, que está precisando tanto dela.”

Sim, foi um salto para dentro da ignorância. Esquecer-se temporariamente de quem é, não se lembrar do seu estado livre de ser, faz parte da condição humana. Esquece-se de que está seguro e livre independentemente de onde estiver. Ao tornar-se um ser humano, você começa a preparar-se para recuperar aquela sensação natural de liberdade e segurança. Na sua busca, pode ser enlaçado por poderes que parecem oferecer-lhe o que está procurando, mas que na verdade estão a torná-lo dependente de algo que está fora de si. Pode curvar-se perante julgamentos vindos de fora, que lhe dizem como se deve comportar para ser amado. Estas falsas imagens do Lar, estes substitutos, tendem a entristecê-lo e a deprimi-lo. Realmente a descida do Céu para a Terra foi uma viagem dura! Entretanto a morte transporta-o de volta ao plano do amor eterno e da segurança. É na morte que você se entrega a quem você sempre foi. Quando se morre conscientemente, quando se aceita a morte e se entrega a ela, a morte torna-se um acontecimento feliz.

(EXCERTO DE UM TEXTO canalizada por Pamela Kribbe)

VER EM http://saberdesi.blogspot.com/

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Leia também "yinsights"

http://yinsights.blogspot.com/2009/06/sao-naturais-as-doencas-das-mulheres.html

AS DOENÇAS DAS MULHERES

Numa entrevista à revista brasileira “Época” o escritor sueco Peter Rost respondeu à pergunta sobre se era verdade que os laboratórios “criavam” doenças para vender medicamentos, ele disse ser “o caso da menopausa” e acrescentou:

“Sei que as mulheres passam por problemas nesse período da vida. Mas não classifico a menopausa como doença. As mulheres usam medicamentos com estrogénios para amenizar calores e melhorar a elasticidade da pele. Os laboratórios se aproveitaram dessas reacções naturais da menopausa e as classificaram como graves. Quando as mulheres tomam os remédios, sofrem enfarto como efeito colateral.”

As mulheres são as principais consumidoras de remédios. Elas são o alvo preferencial da propaganda médica, as mais fáceis de induzir a consumir drogas, quer pelos efeitos da sobrecarga de trabalhos que sofrem ao longo da sua vida, quer pelo medo das doenças gerado pelas suas neuroses e depressões…
(continua)
(artigo na íntegra em http://yinsights.blogspot.com/ )

VIVER NO MUNDO SEM SER DO MUNDO


(...)
"Podia se dizer que ele procurava viver a máxima: "viver no mundo sem ser do mundo". Assim ele se expressava como um ser humano pleno, que não ficava preso há um padrão de comportamento específico e alienado mas manifestava suas habilidades perceptivas nas diferentes realidades deste e de outros mundos. Ele era capaz de jogar o jogo social como jogador e não como mero joguete, pelo menos num certo nível. Não era uma vítima, era um guerreiro.

Noto que por vezes as pessoas ficam presas a certos padrões perceptivos, ficam presas num modo de ser, por exemplo, elas se tornam "esquisotéricas" de carteirinha e não querem saber nada dessa realidade em termos econômicos, políticos e sociais ou elas ficam presas num padrão engajado, vivendo para fora de si mesmas, ignorantes do aspecto religioso, esotérico e mágico da realidade. Como seres humanos acredito que temos que reivindicar a totalidade de nós mesmos e por isso aqui no blog nós expressamos uma gama de assuntos que deseja expressar essa totalidade e mostrar a conexão que existem entre as diferentes partes de nossa vida.

A realidade é orgânica e por isso nossa visão de mundo é holística. Nosso "zeitgeist" exige que vivamos essa totalidade lidando, por exemplo, com a tecnologia sofisticada de um computador e ao mesmo tempo buscando ressonar e vibrar dentros dos paradigmas xamânicos que são muito diferentes dessa sociedade de predadores em que vivemos. Esse é o combate sutil. Estarmos dentro dessa sociedade predadora vibrando uma frequência consciencial diferente e implementando ações cotidianas que expressem essa consciência no mundo.
(...)

O valor da vida não pode ser avaliado.

Quem chegou, ainda que apenas em certa medida, à liberdade da razão, não pode sentir-se sobre a terra senão como andarilho.

Os filósofos propriamente ditos são comandantes e legisladores. Estamos, desde o fundamento, desde antiguidades - habituados a mentir.

Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu.

Nosso século, que tanto fala de economia, é um esbanjador: esbanja o mais precioso, o espírito."

(...)

VEJA NA INTEGRA EM: http://pistasdocaminho.blogspot.com/

quarta-feira, junho 24, 2009

"DA AMIZADE ENTRE MULHERES"?

O caldeirão da bruxa...

VAMOS LÁ VER SE CONSIGO DESFAZER ESTE FEITIÇO... Ou esta praga...

Vamos lá tentar defazer toda essa mistela baseada nessa COISA verde e pegajosa que se pega ao corpo, essa negatividade em nome de ideias e que leva a esse sentimento de avesso e de raiva que põe as mulheres a odiarem-se umas às outras, as mães às filhas e às outras, as mulheres diferentes, ou as melhores amigas... Cada uma contra a outra, cada qual convencida do seu saber e a acusar a outra, ora é amor ora é ódio, vivendo só da raiva e acusando por nada: as que não são iguais ou não pensam como elas...
ALIANDO-SE PARA MELHOR ODIAR, as mais novas as mais velhas, as mais cultas as mais ignorante, as comunistas as ricas e as mais estúpidas as mais inteligentes...a loura, a morena, a negra a branca...
Isto passa-se quase sempre de forma subtil, disfarçada, com sorrisos e falinhas mansas...muitas vezes nem elas estão conscientes desse ódio mas reagem de acordo com esse fundo de rejeição de que foram vítimas das mães...
Afinal as mulheres vivem desse ódio antigo umas das outras que salta à primeira sensação de rejeição e vivem da competição pelos homens ou pelos filhos e amntes. São amigas das que concordam com elas e odeiam as outras que não são do mesmo grupo ou não falam a mesma línguagem, como todos as filhas e filhos de famílias desfuncionais... cheios de raiva de ideias de vingança, revoltas e fanatismos, esquerdismos, infantilismos, convicções e idealizações, manias e modismos extremados.
Chega de de atirar pedras...basta de raiva...de confrontos de ideias feitas...esta é a nossa velha herança e só nos envenena. Assim não vemos que vivemos numa caldeirada feita da nossa ignorância e da raiva MESCLADA DE MUITA INFORMAÇÃO E INTERNET...
Quando é que vamos aceitar e respeitar as nossas diferenças, as nossas dores sem complexos, com humildade e discernimento? Com grandeza de alma?

Se o não fizermos sabemos que mulher pode ser a maior inimiga da outra... os padres sabiam-no...elas podem ferir muito mais do que o homem, tal como o amor se transforma em ódio. Era assim que se denunciavam umas às outras na Idade Media, por ciúme e inveja e assim se tornavam também aliadas dos inquisidores.

Será que alguma coisa mudou? Não continua a cultura patriarcal a usar essa inimizade das mulheres? Lá no fundo no fundo, enraizado, está lá o mesmo ódio pelas mães e a conquista do amor do pai...O velho cisma. Toda esta velha inimizade sempre à flor da pele que se solta e agride, mesmo quando se prega a lealdade...mesmo quando se julga que se está do mesmo lado...
As mulheres são ainda desfuncionais porque sofreram todo o mal na pele ao longo de milénios e só há uma mudança possível...aprenderem a amarem-se a si mesmas e perdoarem as mães, senão são sempre os mesmos ódios...que se reflectem sobre as "outras"...e a melhor amiga se torna inimiga...
Ou será que continuaremos em competição? Quem é que tem razão? Quem é que sabe mais? Qual é a mais bela a mais culta ou a mais esperta? Quem tem o melhor blogue?
Afinal será como diz o poeta?

Dizem-se amigas... Beijam-se... Mas qual!
Haverá quem nisso creia?
Salvo se uma das duas, por sinal,
For muito velha, ou muito feia...

*
*Da Amizade Entre Mulheres
de Mário Quintana

O SINAL DOS TEMPOS...

QUANDO A LIBERDADE DA MULHER SE FAZ SENTIR E SE TORNA UMA "AMEAÇA" PARA O SISTEMA, ACENTUA-SE A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES ONDE QUER QUE ELAS SE MANIFESTEM...
*

"O sinal dos tempos é sempre um aumento de violência contra os mais fracos, as crianças e as mulheres. E de facto a violência contra as crianças e as mulheres está em crescimento em todas as partes do mundo. Só nos EUA são violadas, todos os dias, quase 1900 mulheres e crianças. Uma em cada oito americanas torna-se vítima de violação. É esta a extensão do desprezo pelo amor e a maternenidade.

Reconhecermos esta violência como desprezo pelo amor é um primeiro passo para delimitarmos o desprezo. Esta luta tem de ser conduzida a partir de uma posição moral, pelo reconhecimento do sofrimento e não apenas pela punição. A punição como fim em si não passa, por seu lado, de uma expressão de violência. "

A IDENTIFICAÇÃO COM O AGRESSOR...

"A necessidade de apenas punirmos a violência, mas não a vermos na dimensão da sua inserção na globalidade da nossa existência social, é por seu lado expressão da identificação com o agressor. Nesse caso, procuramos apenas uma vítima, e não o malfeitor propriamente dito, o qual só pode ser reconhecido no círculo vicioso da obediência e do ódio a que este conduz. No fim temos de ver o que fazemos uns aos outros. Só aí é que se abrirão os nossos corações. Não são as ideologias políticas que nos farão sair deste impasse, mas a tentativa de sermos, sempre de novo, sinceros connosco próprios."
*
IN FALSOS DEUSES DE ARNO GRUEN
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Não havendo uma verdadeira consciência individual e o respeito pela mãe e pela mulher, carece forçosamente o respeito pelos outros nas sociedades patriarcais. Apesar das leis, e da pseudo-democracia dos países "civilizados" não só a polícia é implicitamente cúmplice do agressor (inconscientemente ou não) dentro do sistema como o são os juízes e advogados patriarcais; seja ao nível das igrejas seja ao nível dos governos e das suas instituições, os crimes de violação e abuso de menores é sempre relativisado e apagado pela falsa moral dos seus representantes...ver as penas suspensas e os casos de pedofilia abafados da Casa Pia, com arguidos, antes de serem julgados, a serem candidatos a juízes...

O PATRIARCADO É SEMPRE CÚMPLICE COM O AGRESSOR DESDE QUE SEJAM AS MULHERES E AS CRIANÇAS AS SUAS VÍTIMAS. O SISTEMA FUNCIONA NA BASE DA AUTORIDADE E DO ABUSO DE PODER QUE COMEÇA COMO PODEMOS BEM OBSERVAR, NESTES CASOS, DENTRO DO QUADRO DA FAMÍLIA - EM QUE O PAI E O AMIGO OU VIZINHO É O ABUSADOR, QUANDO NÃO É O PROFESSOR OU PADRE...
*
ASSIM VEMOS AS NOTÍCIAS DE HOJE:

Uma mulher com cerca de 40 anos foi sequestrada, violada e roubada hoje de madrugada por dois homens, que sob a ameaça de arma branca e de fogo a abordaram no Porto, transportando-a depois para a zona da Trofa.
*
Uma das mulheres foi raptada no acesso à variante EN 104, em Santo Tirso, por três indivíduos, um deles encapuzado e ...
*
Menina de 13 anos abusada em casa.
*
As duas meninas, de 14 anos, foram retiradas de casa há mês e meio. Anteontem, o pai foi detido e um vizinho, de 51 anos, constituído arguido, também por abusar das menores.
*
Foi na Escola Básica 2, 3 de Alfena que as duas gémeas, de 14 anos, se queixaram à professora de que estavam a ser abusadas sexualmente pelo pai.
*
IN Diário de Notícias
(só de uma vista de olhos pelo jornal de hoje)
24 de junho 2009

terça-feira, junho 23, 2009

O RESGATE DA VERDADEIRA SEXUALIDADE

" O Resgate" (da sexualidade feminina)
(...)
" O que nós só sentimos durante alguns poucos segundos, é para a MENTE INFINITA uma sensação eterna...Porém alguns caminhos devem ser trilhados e esses caminhos são a quebra de nossas crenças ancestrais e atuais... Muitos ainda não entendem esse caminho pois a sexualidade foi impressa em nosso "DNA" físico e astral como errática e que, se quiséssemos evolução deveríamos abandoná-la!! Essa mensagem cultivada por muitas seitas, sociedades secretas e religiões e totalmente equivocada é claro, obedece a programações claras e objetivas para que, seguindo esses "conselhos divinos", nunca cheguemos ao real entendimento desta energia Criadora verdadeira, nos distanciando cada vez mais da sublimação energética e física que ela promove.
Meu trabalho agora é resgatar todas estas informações pois elas nos foram roubadas também a milênios, com estes conhecimentos as mulheres poderiam e podem deter o controle imediatamente de sí do planeta e dos Universos, o que a principio seria a dissipação do amor incondicional e o compartilhamento do mesmo, tornou-se muito perigoso aos olhos dos seres "poderosos" de sexo masculino que nem de longe detém essa capacidade no momento do orgasmo.

Quando essa energia foi melhor compreendida pelos sacerdotes antigos instalou-se o pânico e a necessidade sistemática e secular de destruir a mulher e seu "poder" pecaminoso, então ela transformou-se em "pecadora" a mulher da maçã.. e em todas as religiões, mesmo nas mais Zens, por exemplo ela é hostilizada quando está menstruada não podendo freqüentar os templos, puro delírio dos fiéis que já nem sabem mais exatamente o porque disso, somente na inquisição a igreja católica matou mais de 3 milhões de "bruxas" quando na verdade o objetivo era totalmente outro, impedir que o poder se instalasse novamente, no pós renacentismo, e o mesmo ocorre com a equivocada interpretação do alcorão entre alguns dos muçulmanos que em atos cruéis decepam o clitóris de milhares e milhares de crianças na tentativa obscura de impedir-lhes na obtenção do prazer que gera o poder....
Meu objetivo é resgatar essa energia básica do centro de energia da mulher no momento orgástico, tudo, absolutamente tudo pode se transmutar com esse poder orientado e moldado e eu revelarei isso novamente a todas as mulheres que tiverem a oportunidade de conhecerem o meu trabalho. Na verdade nada mais será que rememorar, principalmente as mulheres, qual é este poder, como resgata-lo como usa-lo em beneficio de si mesma, das pessoas que ela ama ou não, em beneficio da ecologia planetária e do equilibro dos Universos sem fim.......

O amor é a chave,
O amor é a única resposta!

Cosmo Rtc
28/03/2007
VER EM: SEXUALIDADE INTEGRADA
http://www.pontalenergetico.com.br/Brasil/Cursos/orgasmocriativo-i.htm

Nota à margem:

Volto a acrescentar que não concordo nem descordo de uma formação ou educação sexual em termos teóricos (embora considere o Tantra Yoga uma prática evolutiva do ser humano como um todo), mas o que eu acho, ao contrário deste texto claríssimo é que há muita confusão na cabeça das pessoas sobre sexo e o que se fala e se vive é uma sexualidade libertina e redutora que em nada tem a ver com o potencial e a grandeza da mulher e do SER humano e que só o Amor e a sacralização do mesmo podem dar...

Nada tenho contra as prostitutas, mas elas são as falsas herdeiras das sacertodisas da Deusa, erradamente chamadas de "prostitutas sagradas", e foram e continuam a ser usadas e rebaixadas por essa condição sem benefício próprio nem consciência da sua verdadeira natureza, grandeza e dignidade.
Não se pense que se chega lá com "ideias livres" sem um esforço de qualidade. Não podemos continuar a confundir a "liberdade sexual "com o uso promíscuo da mulher, nem com um termo degradante da sua verdadeira natureza, nem com a facilidade das relações sem amor.
O sexo é iniciação e elevação do espírito e enquanto não for vivido nessa dimensão não libertará a pessoa humana, bem pelo contrário, mantem-na escrava de vícios e dos conceitos e preconceitos e dos contra-conceitos o que vem dar ao mesmo!
E digo como o autor/a do texto e da proposta:

"Que o amor é chave
O amor é a única resposta"
rlp

UMA DEUSA ANDRÓGINA


A MULHER LIVRE:


FIEL AO "ARQUÉTIPO DA DEUSA VIRGEM"

"A Deusa Anuket está associada à Lua Crescente e a característica da Deusa desta fase é ser virgem. Mas virgem, no sentido de ser essencialmente uma-em-si-mesma. Isto explica o porquê de ser considerada uma Deusa andrógina. Ela não é, portanto, a contraparte feminina de um deus masculino. Ao contrário, ela tem um papel próprio. Ela é a mais Antiga e Eterna, a Mãe do deus Ra e Mãe de todas as coisas.

Da mesma forma, a mulher contemporânea que incorpora o arquétipo de Anuket é "virgem" em sua conotação psicológica. Uma mulher que é dependente do que outras pessoas pensam, que a faz dizer e fazer coisas que realmente não aprova, não é virgem no sentido do termo. A mulher virgem é livre para ser como deseja. Ela é o que é. Mas romper leis convencionais, não pode levá-la ao egocentrismo, pois deste modo a cura se tornaria pior que a doença.

Mas, como pode então a mulher libertar-se de sua orientação egocêntrica? Quando buscar objetivos não-pessoais e relacionar-se corretamente com sua Deusa Interior, terá como resultado a liberação do egotismo e do egoísmo. Ela deixará então de ser vista como uma egoísta, para consolidar uma personalidade de significação mais profunda. Para tanto, deve ser conhecedora dos ensinamentos antigos da Deusa. É entendendo a concepção primitiva das deidades lunares, que eram tanto provedoras da fertilidade, como destruidoras da vida, que poderemos incorporar os princípios femininos das Deusas, nos tornando então, "virgens", uma-em-si-mesmas. "


Rosane Volpatto
(Enviado por Gaia Lil)
ANUKET : SIGNNIFICA AQUELA QUE ABRAÇA...

segunda-feira, junho 22, 2009

AS MULHERES ODEIAM-SE

ASSIM COMO À "MÍSTICA DA MULHER"...

...Acho curioso como há mulheres que não gostam nada do meu blogue…
Há muitas mulheres que não gostam de Mulheres & Deusas…
Elas sentem-se confrontadas com a dimensão do feminino sagrado, não sabem nem querem saber do que se trata… acham-se muito espertas e demasiado inteligentes para perder tempo com “mitologia ou a metafísica”…elas são as filhas do pai…fazem tudo para ignorar a mãe…as deusas e as bruxas…

Há algum tempo atrás voltei a aperceber-me que os comentários de Mulheres & Deusas eram apenas de homens sensíveis e especiais e nem uma única mulher...
Não é mesmo curioso? Eu sei que há mulheres que estão na senda da deusa, mas as mulheres em geral não querem ser confrontadas com a sua natureza atávica…Na verdade elas não gostam de si mesmas nem das outras mulheres. Não gostam das mães…são rivais umas das outras. Quase sempre se odeiam. Não serão movidas pela "inveja do pénis", como dizia Freud, mas elas admiram e invejam dos homens a sua liberdade e o seu poder. Elas querem exercer poder e não seguir a via do coração…elas riem-se das sentimentais...das intuitivas, das possessas.
Mesmo quando defendem as supostas causas de mulheres ou em nome das mulheres, falta-lhes a verdadeira empatia com o feminino pois não têm esse contacto como o seu verdadeiro feminino, nem têm a noção do que seja uma consciência ontológica, e nem sequer querem admitir que sem a vivência interior da Deusa não são mulheres…e é precisamente com esta parte do meu discurso que as mulheres feministas embirram comigo e estou mesmo em crer que me detestam…
Sinto o seu ódio…ou a sua raiva.
Não me perdoam esta insistência num trabalho que não querem fazer e olham-me como uma mística alienada ou desfasada da realidade, uma fanática ou no mínimo uma chata! Justamente porque não se relacionam com a ideia mística da deusa em si e muito menos com a ideia do sagrado, associado ao preconceito religioso…elas são todas positivistas e marxistas!
Elas querem ser livres e iguais aos homens!
Elas não entendem que a verdadeira Consciência do feminino passa pela essência da mulher, que a sua mística está no seu útero, nos seus ovários, no seu sangue, na sua intuição e não no seu intelecto apenas…
Elas estão tão longe da sua natureza que não entendem que esta corresponde às qualidades inatas do ser mulher. Não sabem que existe uma natureza intrínseca do ser mulher como alias do ser homem…e que essa diferença se prende com o seu corpo e com os dois hemisférios cerebrais, e a sua polarização, o esquerdo, masculino e o direito, feminino. E como a sua mentalidade e formação é masculina, pelo exercício exclusivo do seu cérebro esquerdo, razão e lógica, pragmatismo, mesmo que defendam questões femininas, referem-se meramente à misoginia ou ao sexismo dentro das concepções filosóficas masculinas, sem se aventurarem a ir às causas profundas que são no fundo a razão da misoginia e da violência sobre a mulher.
Elas tratam as questões da mulher no contexto patrista, no plano meramente psíquico ou intelectual, em termos políticos e económicos; tratam dos problemas da mulher face ao mundo moderno e intelectual, filosófico materialista, sem ir à origem e essência do arquétipo, sem ir à fonte última…
Pretendem desse modo que uma mulher que alcançou posições de destaque e domínio ou importância social e intelectual na nossa sociedade seja uma mulher representativa do feminino quando não é o caso.


Por exemplo, Margueret Tacher, a “Dama de Ferro”, grande figura da política inglesa, é apontada pelo psicólogo e escritor alemão Arno Gruen como exemplo da mulher sem sentimentos, conforme deixei há pouco tempo um excerto do seu livro “Falsos Deuses”, (ou falsas deusas?) apaixonada pelo poder e por si própria, egóica, sem qualquer sentido de empatia com o sofrimento humano, sem pinga de amor ou compaixão, segundo ainda o mesmo livro, que aconselho a ler.

Por vezes é preciso um homem sensível para obtermos um verdadeiro retrato da sensibilidade feminina… e que longe estão as mulheres modernas desta mulher essência!

"(…) gestos femininos bonitos sempre, a delicadeza com que as mulheres tocam nos objectos, a harmonia dos dedos: somos pesados e sem graça, nós os homens, ao pé delas. Pesados, brutos, canhestros: não possuímos seja o que for de ave ou de nuvem, a nossa carne é densa e gaguejante. Dá-me uma paz de eternidade ver uma mulher numa casa, o modo como o seu corpo habita o espaço, a forma como vestem, de si mesmas, os compartimentos, com um simples passo, um simples olhar. E depois uma espécie de inocência primordial, de leveza habitável: devo ter sido muito feliz na barriga da minha mãe, por dentro da sua voz, do seu sangue.”
António Lobo Antunes, in “Eu, às vezes” (Visão, Dez. 2007)
*
E já sei que me vão chamar reaccionária e retrógrada…
E ainda me vão odiar mais as mulheres inteligentes que sabem tão bem escrever na Net…

rlp

A VOZ DAS XAMÃS

(...)
“ ...ela explicou que as mulheres, mais do que os homens, são os verdadeiros sustentáculos da ordem social, e que, para cumprir este papel, elas foram educadas, uniformemente em todo o mundo, para estarem a serviço do homem.Não faz diferença se elas são criadas como escravas ou se são mimadas e amadas—observou ela.—A finalidade e o destino fundamental das mulheres continuam sendo os mesmos: nutrir, proteger e servir os homens.Clara olhou para mim, creio que para avaliar se eu estava acompanhando seu argumento. Creio que estava, mas minha reação mais íntima era negar tudo que ela estava dizendo.
— Isto pode ser verdade em alguns casos — concedi —, mas não creio que você possa fazer tamanha generalização e incluir todas as mulheres. Clara discordou veementemente.
O lado diabólico da posição servil das mulheres é que ele não parece ser simplesmente um ditame social—disse ela—, mas um imperativo biológico fundamental.
— Espere um momento, Clara — protestei. — Como você chegou a essas conclusões?
Ela explicou que cada espécie possui um imperativo biológico para perpetuar-se, e que a natureza proporciona instrumentos para assegurar a fusão das energias masculina e feminina da maneira mais eficiente. Disse que, na esfera humana, conquanto a função primordial da relação sexual seja a procriação, ela também tem uma função secundária e velada, que é assegurar o fluxo contínuo de energia das mulheres para os homens. Clara enfatizou tanto a palavra "homens" que tive de perguntar:
— Por que você diz isto como se fosse uma avenida de mão única? O ato sexual não é uma troca uniforme de energia entre homem e mulher?
— Não. Negou ela enfaticamente.

Os homens deixam linhas energéticas específicas dentro do corpo das mulheres. Assemelham-se a tênias luminosas que se movimentam no interior do útero, sugando energia.Isso me parece definitivamente sinistro — comentei ironicamente.
Ela prosseguiu com sua exposição em total seriedade. Elas são colocadas ali por uma razão ainda mais sinistra — falou, ignorando minha risada nervosa —, que é assegurar o suprimento constante de energia para o homem que depositou essas linhas energéticas. Estas, estabelecidas através da relação sexual, recolhem e roubam energia do corpo feminino, a fim de beneficiar o homem que as deixou ali. Clara falou com tanta certeza que não consegui gracejar e tive de levá-la a sério.
— Não que eu aceite por um instante sequer o que você está dizendo,
Clara — falei —, mas, só por curiosidade, como chegou a uma conclusão tão despropositada? Alguém lhe falou disso?
— Sim, meu mestre me falou a respeito. A princípio também não acreditei nele — admitiu ela —, mas ele também me ensinou a arte da liberdade, o que significa que aprendi a ver o fluxo da energia. Agora sei que estava certo, pois posso ver os filamentos semelhantes a vermes nos corpos femininos. Você, por exemplo, possui vários deles, todos ainda ativos.
— Digamos que seja verdade, Clara — concedi, inquieta. — Apenas para continuar com o debate, permita-me perguntar-lhe por que isto seria possível? Este fluxo de mão única da energia não seria uma injustiça com as mulheres?
— O mundo inteiro é injusto com as mulheres! — exclamou ela. — Mas o
problema não é esse.
— Qual é o problema, Clara? Acho que não percebi.
— O imperativo da natureza é perpetuar nossa espécie. Para assegurar isto, as mulheres têm de carregar um fardo excessivo em seu nível energético básico. O que significa um fluxo de energia que sobrecarrega as mulheres.— Mas você ainda não explicou por que deve ser assim — insisti, já começando a oscilar com a força de suas convicções.
— As mulheres são o alicerce para a perpetuação da espécie humana — replicou Clara. — Grande parte da energia provém delas, não apenas para gestar, dar à luz e nutrir sua prole, mas também para assegurar que o homem represente seu papel em todo esse processo. Clara explicou que, teoricamente, esse processo assegura que a mulher alimente seu homem energeticamente através dos filamentos deixados por ele dentro do seu corpo, de modo que o homem se torna misteriosamente dependente da mulher em nível etérico. Isto fica claro na atitude evidente do homem que retorna repetidas vezes para a mesma mulher, a fim de manter sua fonte de sustento. Deste modo, disse Clara, a natureza possibilita aos homens, além do impulso imediato de gratificação sexual, estabelecer vínculos mais permanentes com as mulheres.
— Esses filamentos energéticos, deixados nos úteros das mulheres, também se fundem com a composição energética do filho, caso ocorra a concepção — acrescentou Clara. — Este pode ser o rudimento dos laços familiares, pois a energia do pai se funde com a do feto e permite ao homem
sentir que o filho é seu. Estes são alguns fatos da vida que a mãe nunca conta à filha. As mulheres são criadas para serem facilmente seduzidas pelos homens, sem terem a menor idéia das conseqüências do ato sexual em termos do escoamento energético produzido em cada uma delas. Esta é minha opinião e é isto que não é justo.”
(...)
Trecho do Livro: A Travessia das Feiticeiras, Taisha Abelar
 

ADENDA:
Verdade ou mentira, efabulado ou pura experiência da autora do livro não me cabe a mim pôr em causa as suas afirmações e sim considerá-las como probabilades diante do imenso desconhecido que são as energias e toda a nossa ignorância dos processos ocultos...

Creio na "voz peremptória" das mestras e xamãs e nas mulheres sábias e considero o nosso intelecto e a razão muito redutoras das fontes de conheciemento antigo e julgo que o melhor que temos de fazer é dar sempre o benefício da dúvida a quem sabe mais e ir sempre mais longe dentro de nós...
A nossa história está toda ela obstruída e adulterada, e o que resta da voz das mulheres é quase nada...ouçamos pois com atenção a voz antiga das xamãs...
Deixemos que O SEU ECO SE REPERCUTA BEM DENTRO DE NÓS, NO NOSSO ÚTERO...
rlp

domingo, junho 21, 2009

SÃO ROSAS SENHORA...SÃO ROSAS...



... são rosas senhora...
são rosas que caiam do teu regaço, rainha minha...
rosas que te coroam como uma coroa de espinhos,
rosas que te coroam e te ferem,

espinhos que se te cravam na carne de mãe e de mulher...





são rosas os teus seios,
rosas os teus lábios vermelhos,
rosas que te cobrem como um invisível manto da cabeça aos pés...
e cada gota do teu sangue são rosas espalhadas pelo chão,
marcas que fazem o nosso caminho de sacrifício ao pai e ao filho...


rosas a lembrar a mulher eterna, a deusa amante e rainha,
que de amante sagrada se tornou esposa ignorada,
que foi jovem violada e morta nas guerras
ou queimada viva nas fogueiras da Inquisição...


...ainda hoje és no Irão apedrejada pela turba fanática
em nome do pai...de Deus ou Alá...


rlp


SEJAM SALVAÇÃO

Sejam as mulheres como as rosas
Ou como as aquarelas
Quando estão conosco, quando não
Quando vibram, quando alegram
Quando doem, quando vem e quando vão
Quando descem as ladeiras
Quando sobem passarelas.

Tragam com elas os incorruptíveis
Sinais de beleza, ainda que se saiba
Impossível sua erupção
Fora da alma feminina, do corpo da mulher
Esse vulcão que tabalha nosso desatino
Faz a nossa inelutável rendição.

Ainda que se pense em mar,em céu
No incrível arco multicor, no ar
Que impregna a flora e balança
Os frutos verdes após a chuva.

E até no rodopio do ciclone
Que louva Deus bailando
Sua aterradora e tresloucada dança
Nas noites austrais, nas auroras boreais
Numa explosão de luzes no setentrião.

Nada disso ou tudo isso sequer
Supera uma lembrança de mulher.

Fora de seu riso e de seu colo
Não há razão de ser, nem como florescer
A magia,a poesia, o êxtase, a canção.

Chama-se então deslumbramento
A essa compulsória devoção.
E nesse diapasão lírico
Celebro as que se foram
Cuja ausência confrange o coração
As que esperam e acenam da janela,aquelas
Que vão mitigar a dor de existir
Reinventar a fúria sagrada do amor.

As que passam magestáticas
E a gente acompanha com olhar refém.
Aquelas que apesar de entusiasmo e de desvelo
Só nos dão o seu desdém.

As que não são vilãs, nem heroínas
Nem escravas, nem rainhas, nem fundamentais;
Algo mais que a sina feminina
Ou a maioridade que a elas se negou.
Não se diga "é bela esta mulher"
Porém bonita sua própria condição.

Surpreendam sempre como o plenilúnio
O arco-íris, o solstício de verão
Não falte nesse comovido poema
Uma voz aveludada, uma mecha de cabelo
Os opulentos seios das hollywoodianas
As pernas de garça das nordestinas
A imensa tristeza das chinesas de pés pequenos.

Dê-se as mulheres o leme do mundo, deixem-nas
Recuperar o sentido perdido da ternura
Apontar um outro rumo, à margem
Da brutalidade, da carnificina masculina
Uma trégua para repensar se vale a pena
Parir e amamentar mísseis e canhões.

Dê-se a elas o sonho do homem grande e do menino
Dê-se às mulheres-mães o direito
De intervir no conselho de guerra das nações
O direito de escolha além da irracionalidade viril
E da imbecil mutilação dos homens tolos.

Que além de toda dor e corrupção
Cinja-se o corpo da mulher
Ao corpo do poema, e de ambos
Não se aparte a beleza suprema.

Vão é vosso esmero, estilistas da confecção!
Esse corpo de mulher, divino e magistral
Só precisa de raio solar, folha de parreira.

Mas dê-se a elas bom frascos de perfume
Batons variegados, provocantes lingeries
Vestidos de organdi.
Dê-se a elas inclusive a ilusão
De que precisam de séquito, vestais
De algo mais que a generosidade
De suas curvas, a seda de suas peles.

Deixem-nas pensar que podem superar
A grandeza de sua própria criação.

Sejam bem amadas as amantes
Orquestrados com cuidado seus suspiros
Inebriados, os frágeis cristais e os apelos
De sua carne insaciada.

Sejam os rompantes das mal amadas
Amparados com carícias em dosséis
E o fogo que elas trazem represado
Arda nos flancos, ao galope dos corcéis.

Sejam como as rosas abertas
Cintilantes, despudoradas, acesas
Ou como aquelas fechadas
Grávidas de promessas e belezas.

Sejam gráceis, redentoras.
SEJAM SALVAÇÃO.

REDENTORAS,
poema de Erorci Santana,in Maravilta e Outros Cantares


Poema copiado de: http://wwwjaneladaalma.blogspot.com/

quinta-feira, junho 18, 2009

A IMAGEM DO FEMININO ESSENCIAL



O OLHAR MADURO DO HOMEM QUE SE REVÊ NA MÃE...E NA MULHER!

"(…) gestos femininos bonitos sempre, a delicadeza com que as mulheres tocam nos objectos, a harmonia dos dedos: somos pesados e sem graça, nós os homens, ao pé delas. Pesados, brutos, canhestros: não possuímos seja o que for de ave ou de nuvem, a nossa carne é densa e gaguejante.

Dá-me uma paz de eternidade ver uma mulher numa casa, o modo como o seu corpo habita o espaço, a forma como vestem, de si mesmas, os compartimentos, com um simples passo, um simples olhar. E depois uma espécie de inocência primordial, de leveza habitável: devo ter sido muito feliz na barriga da minha mãe, por dentro da sua voz, do seu sangue.”

António Lobo Antunes, in “Eu, às vezes” (Visão, Dez. 2007)

COPIADO EM: http://saberdesi.blogspot.com/


***
As Mulheres são a Deusa e a Terra: elas dão à luz filhos e criam comunidades cooperativas, formam lares e civilizações.
*
"Enquanto os homens fazem a guerra, as mulheres fazem paz: enquanto os homens fazem tecnologia, as mulheres fazem humanismo, quando os homens fazem o caos, as mulheres criam compaixão, sensatez e ordem. Reconhecendo a sua real influência, as mulheres se conscientizam do quanto são importantes e fundamentais para a sobrevivência de nosso planeta e de que se amarem-se a si mesmas é apenas um sinal de respeito que se deve a vida e Deusa .
Para as mulheres, qualquer cura significa a cura do respeito e do amor que elas devem ter por si mesmas, bem como da sua auto-imagem feminina."
(...)

COPIADO DE: http://templo-da-deusa.blogspot.com/

O CHOQUE DA BELEZA


...este incessante morrer obstinado,

esta morte vivente,

que te retalha, oh Deus,

em tua rigorosa obra

nas rosas, nas pedras,

nos astros indomáveis e na carne que se queima,

como uma fogueira acesa por uma música,

um sonho,

um matiz que atinge o olho.

...e tu, tu próprio, talvez tenhas morrido eternidades de eras aí fora,

sem que saibamos a respeito, nos refúgios, migalhas, cinzas de ti;

tu que ainda estás presente,

como um astro imitado por sua própria luz,

uma luz vazia sem astros

que nos alcança,

escondendo sua infinita catástrofe.


" Quando ouço as palavras - manifestou-se D. Juan quando terminei de ler -, sinto que aquele homem está vendo a essência das coisas e posso ver com ele. Não me importo sobre o que seja o poema . Importo-me apenas sobre o sentimento que os anseios do poeta (filósofo) trazem até mim . Empresto seus anseios, e com eles empresto a beleza. E me maravilho diante do fato de que ele, como um verdadeiro guerreiro, derrame-o sobre os receptores, os espectadores, retendo para si mesmo apenas sua ansiedade . Esse impuxo, esse choque de beleza, é espreitar ."
*****
"A arte de espreitar é aprender todas as peculiaridades de teu disfarce, e aprende-las tão bem que ninguém saiba que estás disfarçado. Para consegui-lo, necessitas ser desapiedado, astuto, paciente e gentil . Ser implacável não significa aspereza, a astúcia não significa crueldade, ser paciente não significa negligência e ser gentil não significa ser estúpido. Os guerreiros atuam com um propósito ulterior, que não tem nada a ver com o interesse pessoal. O homem comum atua apenas se há possibilida de de ganância. Os guerreiros não atuam por ganância e sim pelo espírito."

Citações extraídas do livro O Poder do Silêncio, de Carlos Castaneda

LEIA NA ÍNTEGRA EM: http://pistasdocaminho.blogspot.com/

quarta-feira, junho 17, 2009

A "OS CAÇADORES DE SIMULACROS"...


Os Caçadores de Simulacros

"O artista, o poeta, o escritor, os que perguntam: todos são caçadores de simulacros, incansáveis calculadores de improbabilidades. Pombas ou abutres, frágeis canários ou escondidos melros, raspam, rasgam, rompem, sempre roendo as suas próprias garras. O invisível que há neles então emerge."

Ana Hatherly, in 'Tisanas'
*
Por aqui, a linguagem é das deusas e também das mulheres. Mulheres sábias, simples, rainhas, bruxas, videntes, curadoras, poetisas e escritoras; todas as mulheres que se revelaram na sua essência ou que na sua busca se transcenderam. Deusas do passado, arquétipos, modelos, mulheres de hoje e de ontem, sem obedecer a nenhum estereótipo, preconceito ou tabu…
A Mulher essência, A MULHER UNA, para lá de todas as fronteiras e medos, a Mulher autêntica que se quer liberta mas plena de dignidade e grandeza. A mulher que não cede à facilidade nem às manhas da sua mente ardilosa, que não se deixa corromper, não se vende nem trai a sua essência…a sacerdotisa eterna, a mãe e a amante por excelência…

Aqui sou livre, mas opto pela ética e pela estética, pela alma e pelo espírito da mulher e pela elevação do seu corpo como altar do amor e não como profanação do mesmo.
Na medida das minhas possibilidades lutarei sempre por padrões de coerência e harmonia. Não me interessa o debate nem o confronto de ideias nem de opiniões. Publico sempre que me agradar o que mulheres e homens trazem ou acrescentem de positivo ao meu ponto de vista e à minha estética, à dimensão do sagrado e à união dos dois em um. Ao equilíbrio do feminino e do masculino. Seja um leitor, escritor ou anónimo…
Mas não suporto vulgaridade nem banalidades...Evito-as sempre embora possa cair na tentação por vezes. Não pretendo impressionar ninguém, nem agradar a gregos e a troianos…
Lamento para quem gosta de chocar ou criar confusão. Por mim já me basta a minha sombra e os meus dias maus...O que em mim não presta, e procuro sempre estar consciente disso, faço reciclagem e deito no lixo sem forçar ninguém a partilhá-lo comigo…
Confesso que não percebo alguns comentários, mas são todos livres de o fazer. Lamento apenas que de forma cobarde ou agressiva, gratuita...Mas não temo os invasores, nem os delatores, nem os abusadores. Não acuso nem ataco ninguém.
Quanto a mim e os efeitos da maldade gratuita ou da raiva ou da inveja ou da calúnia, tomo-o como veneno que é o melhor antídoto… tomado de coração aberto cura todos os males….e quanto mais arder melhor! Mais profunda é a cura da alma que ainda crê na bondade humana…
****
PS.
Acrescento que pessoalmente me custa muito qualquer mal entendido ou magoar alguém sem razão. Em momento algum quero ferir susceptibilidades ou criar atrito. Nunca falo de ninguém em particular. É a minha maneira de ser. E espero que não levem de forma pessoal o que eu respondo de forma generalizada. Muitas vezes aproveito os comentários para desenvolver o que penso e com isso não quero atingir a pessoa pelo que ela disse, mas alargar a ideia de forma mais abrangente. Se alguém se ressentir através de um mal entendido, peço imensa desculpa.
rlp

terça-feira, junho 16, 2009

COMO NÓS...


Os Livros Estão Sempre Sós

Os livros estão sempre sós. Como nós. Sofrem o terrível impacto do presente. Como nós. Têm o dom de consolar, divertir, ferir, queimar. Como nós. Calam a sua fúria com a sua farsa. Como nós. Têm fachadas lisas ou não. Como nós. Formosas, delirantes, horrorosas. Como nós. Estão ali sendo entretanto. Como nós. No limiar do esquecimento. Como nós. Cheios de submissão ao serviço do impossível. Como nós.


Ana Hatherly, in 'Tisanas'

*


A Procura da Sabedoria


Era uma vez uma pessoa que procurava a sabedoria. Tinham-lhe dito que para a atingir tinha sempre de aceitar e recusar ao mesmo tempo tudo o que lhe fosse oferecido, dito ou mostrado. Quando perguntava por onde era o melhor caminho e lhe diziam «é por ali» ela devia seguir imediatamente nesse sentido e depois no sentido contrário. Tendo assim percorrido todas as direcções indicadas e as não indicadas, sem mais caminhos a percorrer, sentou-se no chão e começou a chorar. Sem saber, tinha chegado.

Ana Hatherly, in 'Tisanas'

SER-ESPELHO


"Um Ser-Espelho é um ser cuja Aura se aproxima do cristalino. Este ser precisa de renunciar à fascinação de querer fazer o bem. Porque se ele quer fazer o bem, a sua Aura está cheia de cores bonitas (violeta, turquesa, rosa...), mas não é cristalina! A Energia Cósmica Superior não responde à intenção humana consciente. Responde ao Vazio Sagrado. É preciso renunciar ao fascínio do bem... Quando o indivíduo renúncia ao fascínio do bem, gera-se um Vácuo dentro dele e ele é automaticamente ligado a MARIA... E só é possível contactar MARIA quando ele renuncia ao fascínio do bem. E quando ele renuncia, ele começa a fazer contacto com o Templo da Esfera, ele começa a descobrir o que é a Energia-Espelho. Quando ele supera este estado, ele está em condições de ser visitado por esta Energia muito profunda..."
(...)
ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA
(Encontros de Belém)


A AMANTE...

"É maravilhoso ver que esta terra degenerada ainda é capaz de gerar figuras como essa! É talvez justo o que pensava um Dante ou um Goethe:
nós seremos salvos pela Mulher!"
*
(“C’est merveille de voir que cette vieille terre dégénérée est encore capable d’engendrer des figures comme celle-la ! C’est peut-être juste ce que pensait un Dante, ou un Goethe : nous serons sauvés par la Femme." )

in "LE DIT DE TIANY" de François Cheng

A FEMINILIDADE RADICAL...

Em busca da completude...
*
"A MULHER NÃO PRECISA DE SE TRANSCENDER COMO O HOMEM PRECISA. COMPLETA-SE NELA PRÓPRIA."

A.B.L.
*
O nascimento místico, parto na dor dum outro nome e sexo impreciso, e em que o sangue toma uma importância rítmica, culminando a imitação da paixão, é nada menos do que a união consumada que só a mulher conhece.

A feminilidade radical é uma ferida de amor, amor completo e permanente é atmosfera, onde o homem não se encontra à vontade.
Um pouco decepcionado pelo que há de repetitivo na adoração feminina, que é um desejo angustiado, ele trata de ignorar pela censura e pela psicanálise, o seu pequeno papel no ferimento de amor que é a mística feminina.”

IN “A MONJA DE LISBOA” de Agustina Bessa Luís

*
NÓS MULHERES: "Somos uma só identidade em múltiplas formas de conhecer o vasto mundo e os seus milagres [...]
Somos como irmãs que se desvelam a honrar a mãe-Terra, eterna não diremos, mas preparada por nossas mãos a empreender o voo, um dia, para outro lugar no espaço".


AGUSTINA BESSA-LUÍS

segunda-feira, junho 15, 2009

A VERDADEIRA ASCENÇÃO...


O ÓLEO E A CHAMA
– EXCERTOS – de ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA
(Ver texto completo no blog Iridia Lumina)

"Verdadeiramente grandes são os seres que ancoram em si a operação da alquimia do mundo. E ainda que se aproximem da condição semi-divina de Atlas, eles cultivam a consciencia de que são apenas canais de reversão do processo de decisão cósmico.
A Vós, ò Fonte e Origem Supremas, entrego a obscuridade, a dor e a inverdade do mundo. Nas Tuas Mãos entrego a massa obscura e inerte, a vaidade e o ódio, a longa espera dos povos e o desespero de tuas criaturas. Nas tuas mãos entrego toda a dor que chega.

Na verdade ahimsa é a completa irradicação do potencial de magoar, seja em que nível for. Não à superfície, mas na consciencia profunda, na total ausência de compulsão para ferir, de compulsão para competir, de ofender.
Ahimsa acontece, assim, em níveis radicais de relação de ser consigo mesmo, em níveis reais e não em niveis epidérmicos das demonstrações superficiais.

Enquanto existir em nós o potencial de magoar os outros, enquanto não renunciarmos ao nosso armamento secreto, nosso corportamento permanece submetido a trevas psicossomáticas, nosso óleo é uma mistura de medo e luz, um produto confuso.

O ser irradia exactamente a contraparte energética do estado de consciência por ele alcançado. O ser não irradiará a energia do seu ser interno, enquanto níveis do seu inconsciente tiverem projectos secretos. Ahimsa implica também a eliminação desses projectos secretos, o aprender a viver de forma transparente, porém totalmente, radicalmente, profunda.
Começamos a irradiar a energia do nosso ser interno na proporção em que o inconsciente é iluminado por uma total ausência de necessidade de controlo dos outros seres e das outras criaturas: nessa proporção, a luz unificadora, a síntese viva, a Chama, pode habitar em ti.

Motivações psicológicas fundadas em nossa necessidade de reconhecimento e gratificação, ainda que aparentemente legítimas em outros contextos que não o espiritual, devem se ir tornando gradualmente inexpressivas – ao ponto de nossa transpiração vibratória ser simplesmente uma tradução psico-energetica do puro amor divino.

Existem sentimentos desconhecidos. Uma inteira paleta de dor e alegria que não corresponde ao psiquismo humano mapeado..."
a.l.a.

sábado, junho 13, 2009

TODOS OS SONHOS E ORÁCULOS DA DEUSA SÃO DESEJADOS


OS CAVALEIROS DO SONHO

(...)
"Buscamos movimentos de consciência.

A energia feminina, portadora da magia e da intuição, concordou em abdicar dessas qualidades – energia feminina significando não apenas os seres fisicamente femininos, mas a consciência feminina.
O movimento patriarcal nos últimos cinco mil anos afastou-se completamente do processo do nascimento para poder dedicar-se ao desenvolvimento de armas e ao contínuo aniquilamento dos seres humanos.

As mulheres estão com um “nó na garganta” porque concordaram, há quatro ou cinco mil anos, manter silêncio acerca da magia e da intuição que representavam e conheciam como parte da chama gémea. A chama gémea consiste na energia masculina e feminina coexistindo num só corpo, quer seja ele fisicamente masculino ou feminino.
Durante este período de mudança, será necessário que as mulheres desatem o “nó da garganta” e se permitam falar. Chegou a hora.

BARBARA MARCINIAK,Mensageiros do Amanhecer
Ed. Ground, São Paulo, 1992
*
A DEUSA ISIS

"A Humanidade e a Terra estão a passar de um regime de energia masculina, activa, do Logos planetário para o encontro com a energia feminina. Isto significa que todas as pessoas precisam encontrar a energia feminina dentro delas.

Existem muitos seres, fisicamente femininos, que ainda não encontraram a sua energia feminina oculta, profunda, ainda não encontraram a sua função Isis, a sua função de assistente daquilo que está separado.

A capacidade que Isis tem de reconstituir o corpo fragmentado de Osíris - este poder materno que todos os seres têm dentro deles - é uma coisa muito mais misteriosa do que ser carinhoso para com as crianças."

André Louro

Saudade...saudade da alma e da verdadeira Dama


A RAINHA
A UNIÃO DOS PRINCÍPIOS,
FEMININO E MASCULINO

"Inventemos, escreve Pessoa, um Imperialismo Andrógino reunindo as qualidades masculinas e femininas; um imperialismo alimentado de todas as subtilezas femininas e de todas as forças de estruração masculinas. Realizemos Apolo espiritualmente. Não uma fusão do cristianismo e do paganismo, mas uma evasão do cristianismo, uma simples e estrita transcendência do paganismo, uma reconstrução transcendental do espírito pagão."

Fernando Pessoa
*
*
*
"Mas o significado real da iniciação é que este mundo visível em que vivemos é um símbolo e uma sombra, que esta vida que conhecemos através dos sentidos é uma morte e um sono, ou, por outras palavras, que o que vemos é uma ilusão. A iniciação é o dissipar - um dissipar gradual e parcial - dessa ilusão"

[F.P., in FP e a Filosofia Hermética, org. de Yvette Centeno]
*
O neófito sabe que só se adquire a nova alma com sofrimento e saudade.
O sábio conhece o que o neófito sabe.
O mestre aplica o que o sábio conhece (e o) resto não é mais que nada.
O Mestre é o sábio que se morreu.
O sábio é o neófito que se nasce.


Dou a minha paz


in "Condições de iniciação"
Fernando Pessoa

quinta-feira, junho 11, 2009

TODOS OS POLÍTICOS SÃO UMA ESPÉCIE DE PSICOPATAS


“O psicopata é um perito em provocar sentimentos de culpa. E as pessoas sentem-se culpadas na sua presença porque a nossa educação se baseia, fundamentalmente, na atribuição de culpas. Quem atribui culpas sem dúvida aparente, coloca-nos na situação primordial da nossa infância. Ainda por cima quando nos sentíamos culpados na nossa infância, isso era seguido por redenção, pelo perdão “generoso” dos pais. Assim assumimos, em total contradição com o sofrimento que nos é causado, a responsabilidade pelo “sofrimento” da pessoa que se arroga autoridade.
Esta pessoa, ela própria isenta de sentimentos de culpa, brinca com os nossos sentimentos e faz deles o objecto da sua troça. Mas nós não reparamos nisso, já que estamos condicionados, desde o nascimento, para a sujeição. É como um jogo trágico. Se não podermos impingir a culpa a outra pessoa qualquer, temos de ser nós a arcar com ela. É como se a bola da culpa fosse atirada fosse atirada de uma pessoa para outra. Ninguém ousa deixá-la cair. A culpa é o meio da posse mútua, e não do amor. E se estivermos apegados à posse como meio de nos salvarmos da nossa vulnerabilidade, estamos irremediavelmente apanhados.
Os “grandes” da História sempre nos impingiram, e ainda impingem, aparentemente sem dúvidas acerca deles próprios, as suas distorções ao nosso mundo sentimental. E assim tornamo-nos, pelo seu uso das palavras, instrumentos das suas quimeras que afastam a vivência dos nossos sentimentos próprios.
Margaret Thatcher é o exemplo de uma pessoa cuja linguagem está totalmente dissociada da realidade do nosso mundo sentimental. No entanto conseguiu com as suas palavras atirar outros para um mundo destruidor.
(…)
Quando a consciência se torna um fenómeno superficial, toda uma época será marcada pela criminalidade. O aumento desta a nível mundial é o aspecto da dissociação e não da simples peca de princípios morais. Os dissociados, tais como Margaret Thatcher, procuram palavras de moralidade, mas sentir, não sentem nada. E é aí que encontram as raízes do Mal – no estrangulamento da capacidade humana de sentir o sofrimento do próprio e alheio. Pessoas deste género não sabem identificar nem apreciar a capacidade de aguentar a dor e de entender e aliviar o sofrimento.
(…)
Moralidade para gente desta é uma questão de sujeição a leis, ordem e regulamentos. Para eles moldados á imagem da colaboração com a própria sujeição, o interior, a solidariedade humana, a empatia é uma estrutura rejeitada e, por conseguinte, desconhecida enquanto fundamento da moralidade. “
*
in Falsos Deuses de Arno Gruen

AS MULHERES SABEM DE MODO NATURAL


"O ponto de aglutinação dos homens olha para fora e o das mulheres para dentro. Isto proporciona uma maneira diferente de interpretar e de perceber, uma visão diferente das coisas. Os bruxos têm insistido desde sempre nessa grande diferença entre homens e mulheres.
Segundo o mundo dos bruxos, as mulheres sabem coisas de uma maneira natural.
Sabem de uma forma que a mente masculina não pode conceber.
A socialização demanda que os homens ditem as normas, o que faz com que se sintam “sagrados”.
Para que este processo funcione, a socialização destroçou as sensações femininas.
As mulheres são mais inteligentes,
mas não estão interessadas na taxonomia em estabelecer categorias. Taxonomizar é uma condição masculina. Deixem que eles estabeleçam suas categorias e medidas, vocês não têm por que fazê-lo. Para que teriam que fazê-lo?

Vocês devem ser conscientes do que os homens têm feito a vocês. Inclusive o desejo de liberação, do último século, por parte das mulheres tem sido criado e induzido pelos homens. Desta forma a mulher “liberada” repete os padrões masculinos.
Eles brincam com o papel de “coitados bebezinhos” que vocês cuidam e amamentam. Por que o permitem?
Mas pelas suas próprias características as mulheres carecem de uma filosofia definida, de um sistema de pensamento que possa lhes servir de suporte para sustentar um propósito. O homem bruxo que têm alcançado um nível de sobriedade pode lhes proporcionar este sistema de pensamento. Este é o suporte que pode sustentar uma nova forma de viver.

Don Juan era um homem, mas não era em absoluto um macho, tinha eliminado a raiz do machismo em si mesmo. Para homens e mulheres aceitar que somos seres que vamos a morrer implica num novo arranjo.
Se seguirmos nos comportando como imortais nada novo pode nos acontecer.
As mulheres estão capacitadas para deter o fluxo de pensamentos, podem exercitá-lo com facilidade e entrar num estado quase “vegetativo”, quando estão submetidas a pressões físicas ou psicológicas fortes. Mas a falha radical é que a mulher não é persistente. Têm logrado este estado parcialmente, simplesmente porque são mulheres, sem esforço. Sua indiferença é outro resultado da socialização do macho.
Mas os bruxos querem dar a esta capacidade um propósito transcendente: que esta parada do fluxo de pensamento não se leve a cabo por pressões, por fuga, raiva ou tristeza, mas por um propósito plenamente consciente e dirigido.
Para isto a bruxa precisa se disciplinar num grau extremo.
Desde nosso ponto de vista o grande erro do mundo bruxo de don Juan foi o seu isolamento, um isolamento que foi mantido de geração em geração e que talvez tenha relação com a preponderância feminina dos grupos de bruxos. As mulheres são muito insulares.
Nós terminamos com esse isolamento. Um seminário deste tipo nunca foi feito antes.
Talvez não possa convencer ninguém, não possa alcançar ninguém, mas estou tentando fazê-lo.
Se as mulheres conseguissem, através da disciplina, deter seu fluxo de pensamentos o que não seriam capazes de ver?
A Tensegridade as ajuda neste propósito, a tensegridade fala por si mesma.
As mulheres costumam pensar “estou louca”. Isso é a socialização. Não estão loucas em absoluto, simplesmente são mulheres! E essa loucura pode se converter em algo delicioso. Mas vocês vivem de acordo com as idéias dos machos e ainda as interiorizam. Isso sim é loucura.
Tenho visto “garotos bonzinhos” ao meu redor, muitos garotos bonzinhos e submissos que procuram me agradar.
Mas nunca conheci “garotas boazinhas”.
Não levo a serio a mim mesmo. O que é serio para mim é o que faço, e o que faço é a única avenida possível que fui capaz de encontrar, a mais poderosa. Precisa-se de uma grande sobriedade para decidir o que nos esgota no mundo cotidiano.
Aos homens fascina estar num altar. Fascina, e as mulheres o permitem. Exceto em famílias que praticam uma educação equilibrada, de uma mulher ninguém se ocupa a não ser que se case e forme uma família. As mulheres têm sido socializadas para serem inimigas entre si, para serem competidoras. Na realidade todos os homens buscam em vocês as suas “mãezinhas”.

Encarem duma vez o fato de que são mulheres. Chegará o momento em que vocês serão forçadas a cooperar entre si se quiserem que o mundo sobreviva. A raça humana desaparece. Somente vocês são poderosas, mas adoram brincar de ser “menininhas eternas”.
Dentro de todos nós existe um fluxo de conhecimento. Através dele desenvolvemos estados subjetivos que podem se intercambiar e que criam um campo de intersubjetividade que possibilita a comunicação entre as pessoas. Mas a não ser que experimentem as ações práticas do mundo dos bruxos, não há forma de compartilhar com os bruxos uma intersubjetividade. Falar somente de nós mesmos nos impede de ser conscientes do fluxo de energia. Há que forçar o estado de silêncio interno.
"(...)

Excerto da palestra de Carlos Castanheda num Seminário de Mulheres em Los Angeles

Copiado de (leia o resto) : http://pistasdocaminho.blogspot.com/

quarta-feira, junho 10, 2009

O PODER DO CORAÇÃO

O livro: "A ABERTURA DO CAMINHO"


"Precisamos concluir que a percepção do mundo das causas está vedado à Humanidade? Sim, pelos meios humanos. Mas todos os verdadeiros Iniciados não vieram a esta Terra senão para mostrar esses meios que nos escapam. Ora este "mundo das causas" está expresso no TAO, ou no "Reino dos Céus", o meio essencial indicado para lá chegar é o mesmo: simplicidade de coração e de pensamento.

O Conhecimento dos poderes do coração é indispensável à prática do Caminho do Meio pois este é só se pode praticar através da preponderância desses poderes e da sua influência. Esta via é um balanço constante entre o egoísmo do Eu e o altruísmo do Si. Só o coração pode realizar o prodígio do equilíbrio, pela sua posição mediadora entre o temporal e o intemporal, entre o organismo mortal e o seu arquétipo imortal. A alternância do seu movimento (dilatação-contracção) é a imagem perfeita desse balançar entre os dois poderes, do qual o pessoal tem de se tornar consciente, para ser transcendido pelo impessoal".

de ISHA SCHWALLER DE LUBICZ

A LUCIDEZ IMPEDIOSA...

A NOSSA UTÓPICA HUMANIDADE

"Só nos agitamos e produzimos para esmagar seres ou o SER, rivais ou o Rival. Seja a que nível for, os espíritos fazem-se guerra, comprazem-se e rojam-se no desafio: os próprios santos se invejam ou se excluem, como de resto os deuses, segundo mostram essas rixas perpétuas, flagelo de todos os Olimpos."
(...)

" O lisonjeador é o que há de pior no mundo. Podem estar certos de que, na primeira ocasião, vos dará um golpe, que se vingará de se ter inclinado perante vós. E como se inclina perante toda a gente… Os lisonjeadores são traidores, sem excepção. Desprezei-os sempre, mas não desconfiei suficientemente deles. Para nossa infelicidade, suportamos melhor alguém que nos elogia do que quem nos diz sobre nós coisas verdadeiras, portanto desagradáveis. Assim, somos nós mesmos quem favorece, quem encoraja, os nossos piores inimigos.
(…)
O lisonjeador não é um futuro caluniador; ele é um caluniador disfarçado; enquanto vos canta louvores, prepara os seus golpes."

in HISTÓRIA E UTOPIA
Emile Cioran

O SER INTEREIRA/O (INTEGRADA/O)




"...A miséria é a do verdadeiro espírito que falta, não o das crenças, sejam elas ideológicas ou religiosas, é a falta da alma, é a falta do feminino no mundo. É a falta da poesia também e da Musa...ou da Deusa Mãe.
Acho que (o ser humano) só pode ultrapassar os seus aspectos sombra, os mais vulgares, pelo recuo de inteligência e da aceitação dos seus dois lados - luz e sombra - um acto, diria, de quase complacência consigo mesmo.
...os místicos cristãos falham por repudiar a mulher e voltarem-se para o pai do céu, contrariando a sua natureza humana e a sua parte feminina e a mulher, tendo-a apenas manifesta numa adoração casta pela Virgem. A sombra representada pela serpente - Lillith - a tentadora da mulher, simbolizando o pecado da Eva...assusta todos os homens, mas também assusta as mulheres que se encontram cindidas na sua natureza de amantes para serem castas esposas ou então condenadas como Lillith a demónios...
Tanto o homem como a mulher têm de integrar o seu feminino, esse aspecto que a mulher representa mas ao qual nem ela própria é hoje fiel. A mulher é actualmente um ser deformado, devido ao facto de o homem a ter subjugado, dividido em duas...
O andrógino é um ser inteiro, aquele que já integrou os dois lados de si mesmo e que pode portanto, em consciência, escolher plenamente a sexualidade que mais lhe convenha.
A verdadeira androginia é anímica, psicológica, não tem que se notar a nível , da aparência nem dos comportamentos - o , sexual, por exemplo. "

Texto na contracapa do meu livro "Antes do Verbo Era o Útero"
ROSA LEONOR PEDRO