O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, outubro 11, 2011

A OPRESSÃO E VIOLÊNCIA SOBRE A MULHER


O FUNDAMENTALISMO CRIMINOSO ISLAMICO

A actriz iraniana Marzie Vafamehrha foi condenada a um ano de prisão e 90 chicotadas pela sua participação no filme «Teherane Man Haray», informou hoje o site Kalameh.
Depois de tomar conhecimento da sentença no último domingo, decretada por um tribunal de justiça do Teerão, o advogado de Marzie apresentou um recurso à instância superior, acrescentou o site.
Mulher do cineasta iraniano Naser Taghvai, Marzie foi detida no final de junho, segundo a mesma fonte, por ter actuado num filme que narra os problemas de uma jovem artista para viajar à Austrália.
Taghvai declarou ao site Kalameh que outras pessoas envolvidas no filme também foram presas, mas só Marzie foi condenada. Segundo o cineasta iraniano, o filme contava com a permissão do Ministério de Cultura e Orientação Islâmica.
«Marzie está numa prisão de Garchak, numa província de Teerão. O local é um antigo galinheiro que não apresenta as mínimas condições higiénicas», acrescentou o marido da atriz.
Produzido há quatro anos por Garanaz Musavi, uma cidadã iraniana que reside na Austrália, o filme foi resultado de uma tese universitária e contou com a participação de muitos estudantes, todos com a permissão das autoridades.
Apresentada em vários festivais, o filme chegou ao Irão por vias desconhecidas e acabou por ser distribuído no mercado negro. «Antes, o filme era vendido por menos de 1 dólar. Agora, devido ao processo, custa 6 dólares», adiantou Taghvai.
A pressão sobre os artistas, especialmente mulheres cineastas e atrizes, aumentou muito nos últimos meses no Irão e várias delas foram detidas, processadas e condenadas com diversas penas.
in Diário Digital

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