O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, março 22, 2016

AEROPORTO - ATENTADO EM BRUXELAS...

HOJE...34  MORTOS E 200 FERIDOS...



AJUDAR OS OUTROS...?


Estava a ler um texto "espiritualista" de como ajudar os outros ...e apeteceu-me escrever algo para pessoas adultas...mulheres maduras...mulheres e homens que pensem sem se deixarem obscurecer pela emoção, pelo sentimentalismo, nem pelo idealismo bacoco.
Gostava sinceramente de superar o meu cepticismo em relação à solidariedade humana, no caso dos refugiados, mas não consigo ver nas pessoas que se dizem "solidárias", senão a fantasia do seu egoísmo e um ego inflacionado (partidário) e nestes casos um ego carregado de um idealismo qualquer comunista - como a compaixão imbecil pelo inimigo ou o dar a outra face cristã - como se o inimigo não existisse e tudo fosse só amor...
Eu sei que as guerras são cruéis e deixam vitimas inocentes de todos os lados, mas quando as bombas explodem mesmo ao nosso lado e também não temos culpa de nada...e vemos a guerra dos fiéis contra os infiéis, secular, cega, bárbara - e não sabemos ou não podemos destrinçar quem são os seres (humanos?) que de um lado sofrem e os que infligem os danos...e saber nós sabemos que TODOS sofrem, mas não os sabemos distinguir dos culpados, como eles não nos distinguem a nós como alvo da sua raiva, vingança, ódio e revolta...Como vamos dizer então que uns os que vêm são os bons e outros são os maus (os terroristas) ou que o ser humano é todo igual, quando nos estamos a matar todos em nome de deus e do amor...dos dois lados?
- Não é isso uma Guerra Cega como todas as guerras...e com que fins?
Sinto que é natural um SER HUMANO (mas será que somos todos humanos?) sentir-se desconfortável com a dor dos outros seres humanos... mas chegarmos ao ponto de abrir os braços ao inimigo potencial e a abrir-lhe as portas das nossas casas para eles se instalarem e matarem os nossos? E quem são os "nossos" afinal de contas? Eu defendo por Princípio as mulheres do homem...Pelo uso do poder milenar que o homem detém ele tornou-se uma espécie de predador-abusador que não perdoa à mulher a sua autonomia nem a sua liberdade, por mais que se diga o contrário e se idealize as relações românticas...eu sei isto e não odeio os homens - vejo apenas esta realidade, negada...o da vítima e do algoz...E acredito que entre os refugiados da Síria hajam centenas de seres, sobretudo mulheres e crianças, que sofrem brutalmente, mas não acredito naqueles homens que os sei predadores doutros seres humanos como todos os homens em todas as guerras.
Como vamos sair deste confronto milenar de ódios? Como vamos construir a Paz?
COMO SER SOLIDÁRIOS?
Sinto-me agoniada e constrangida com esta guerra ou com esta loucura e alienação do mundo de um sentido mais humano do SER e tão longe do coração...mas vamos ser ingénuos/as ao ponto de acreditar que os muçulmanos vão ser nossos amigos e respeitar as suas ou nossas mulheres se matam as deles sem dó nem piedade?
Não, não sei que loucura é esta que vivemos, mas sinto-me muito abalada com a alienação das mulheres sobretudo quanto a esta guerra desencadeada CONTRA AS MULHERES EM TODO O MUNDO e elas não verem isso...
Será que a "causa humana" de per se...se torna mais importante do que a escravidão e sujeição da mulher ao homem?

rlp


2 comentários:

Vânia disse...

Eu oro para q todas as guerras cessem. eu oro para q odio e mesquinhez cessem. eu oro por mim por minha vizinha. eu oro para que o desumano se ajoelhe se renda de vez. hoje n tenho conseguido deixar de passar os olhos tempos a tempos nos canais de noticias. como é possível sermos solidários se somos complacentes cegos e bacocos com a "causa humana"?

rosaleonor disse...

Um abraço vanea