Um elogio à Intolerância!
Estive em Londres há 15 dias e, infelizmente, constatei que sou xenófoba. Não sou xenófoba por não suportar seres ou coisas estrangeiras. Muito pelo contrário, eu adoro muito do que é "estrangeiro". No entanto, em Whitechapel, percebi que sou xenófoba. Esta avenida londrina foi colonizada por muçulmanos e, ao virar da esquina, é impossível não nos sentirmos deslocados. A... ocidentalidade desaparece no quarteirão anterior mas isso até pode ser encarado como algo engraçado. Afinal, somos países que levam a inclusão a sério. O que me fez mesmo reflectir neste assunto foram as mulheres. Não há mulheres nesta rua. Há seres estranhos, tapados (literalmente) dos pés à cabeça, e mesmo os olhos, essenciais à circulação, são dificilmente perceptíveis. E é esta estranheza que me incomoda. Eu não sei se aqueles seres tapados são realmente mulheres, afinal, qualquer um se pode esconder por trás daqueles trajes, basta querer.
Nada disto tem a ver com terrorismo, e eu estou longe de chamar terroristas àquelas mulheres. O que está aqui em questão é a tolerância. Eu não pude usar biquini em diversas praias de Marrocos, porque isso é inaceitável naquela cultura. As mini saias e os calções são proibidos às mulheres nos centros comerciais do Dubai. Mas há ruas, em Londres, completamente rendidas às burcas. E nós, ocidentais, aceitamos isso. Sou xenófoba quando a tolerância é unilateral, quando somos obrigados a tolerar o intolerável na nossa cultura. Sou xenófoba quando a estranheza dos seres me faz ter medo. Porque, na realidade, aquelas mulheres em nada se assemelham a seres humanos, ou ao que a minha cultura visual assimila como ser humano. Tinha guardado estes pensamentos só para mim mas decidi partilhá-los hoje. Não dá mais para ignorar que vivemos um choque de civilizações neste século XXI. E se nós, ocidentais, prescindimos de ir à praia e nos tapamos para entrar numa mesquita, gostava que o mesmo se aplicasse às outras culturas e que as mulheres de Whitechapel parecessem mulheres, mesmo sendo muçulmanas.
Rock and Rolla
Estive em Londres há 15 dias e, infelizmente, constatei que sou xenófoba. Não sou xenófoba por não suportar seres ou coisas estrangeiras. Muito pelo contrário, eu adoro muito do que é "estrangeiro". No entanto, em Whitechapel, percebi que sou xenófoba. Esta avenida londrina foi colonizada por muçulmanos e, ao virar da esquina, é impossível não nos sentirmos deslocados. A... ocidentalidade desaparece no quarteirão anterior mas isso até pode ser encarado como algo engraçado. Afinal, somos países que levam a inclusão a sério. O que me fez mesmo reflectir neste assunto foram as mulheres. Não há mulheres nesta rua. Há seres estranhos, tapados (literalmente) dos pés à cabeça, e mesmo os olhos, essenciais à circulação, são dificilmente perceptíveis. E é esta estranheza que me incomoda. Eu não sei se aqueles seres tapados são realmente mulheres, afinal, qualquer um se pode esconder por trás daqueles trajes, basta querer.
Nada disto tem a ver com terrorismo, e eu estou longe de chamar terroristas àquelas mulheres. O que está aqui em questão é a tolerância. Eu não pude usar biquini em diversas praias de Marrocos, porque isso é inaceitável naquela cultura. As mini saias e os calções são proibidos às mulheres nos centros comerciais do Dubai. Mas há ruas, em Londres, completamente rendidas às burcas. E nós, ocidentais, aceitamos isso. Sou xenófoba quando a tolerância é unilateral, quando somos obrigados a tolerar o intolerável na nossa cultura. Sou xenófoba quando a estranheza dos seres me faz ter medo. Porque, na realidade, aquelas mulheres em nada se assemelham a seres humanos, ou ao que a minha cultura visual assimila como ser humano. Tinha guardado estes pensamentos só para mim mas decidi partilhá-los hoje. Não dá mais para ignorar que vivemos um choque de civilizações neste século XXI. E se nós, ocidentais, prescindimos de ir à praia e nos tapamos para entrar numa mesquita, gostava que o mesmo se aplicasse às outras culturas e que as mulheres de Whitechapel parecessem mulheres, mesmo sendo muçulmanas.
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