O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, maio 17, 2003



“A FILOSOFIA DO DINHEIRO”
(...)
Quanto mais o dinheiro se torna o único centro de interesse, mais a honra e a verdade, o talento e a virtude, a beleza e a sanidade mental se tornarão uma mercadoria vendível; e uma atitude cínica, escarninha e frívola desenvolver-se-à a seu respeito.
(...)
Tudo é vendívil e o valor de tudo é determinado pela sua “vendilbilidade”, ao ponto de tudo o que não produza lucro no mercado não ter qualquer valor. Isto leva ao poder do dinheiro seduzir indivíduos de talento, honra e criatividade que desejem ganhar reconhecimento e recompensa pelo seu trabalho, vendendo-se ao mercado.
(...)
Os indivíduos resignam-se à sua inevitabilidade, como se fosse uma lei universal; com efeito, verificamos que os chamados valores superiores de verdade, beleza e honestidade intelectual são considerados praticamente inúteis, mera auto-.compaixão.


FIM DA CIVILIZAÇÃO?

In “Os fundamentos da moralidade”
De George Frankl


O MITO AMOR UNIVERSAL...

De Freud para Romain Rolland

"Mas se esta mesma esperança (do amor universal) não
pode ser, pelo menos em parte, realizada, se no curso
da evolução não aprendermos a afastar os nossos
instintos de destruir a nossa própria espécie, se continuarmos a
odiar-nos uns aos outros por pequenas diferenças e a matar-nos
uns aos outros por pequenos ganhos, se continuarmos a
explorar o grande progresso que é feito no controlo dos
recursos naturais para a nossa própria destrução mútua, que
espécie de futuro nos estará reservada?"


( Em 4 de Março de 1923)


NOTA A MARGEM

Passaram oitenta anos, depois que esta carta foi escrita...e o mundo já não tem qualquer moral ou escrúpulos: a corrupção é absoluta tanto na política como na polícia e os ladrões já roubam fardados a exemplo dos próprios polícias e a todos os níveis e no mundo inteiro quase sem excepção; absolutamente tudo se vende: só o dinheiro tem valor na vida das pessoas e a Arte, que seria a salvaguarda dos Valores éticos e da Consciência integra, prostituição ao serviço dos mercados: os editores não passam de “proxenetas”, os livreiros "merceeiros" (vendem ao kilo!) e os autores, gente de jet-set... vendidos pelos artifícios de propaganda - tal como na televisão se faz audiências e as revistas ou jornais se vendem - através da mais rasca ou badalada das imagens de sucesso e quanto mais baixa e estupidificante for a “qualidade”, mais se vende.
Tudo de Caras!!! E a Gente “engole” tudo...

Será que só eu vomito as tripas ou faço das tripas coração para conviver com este mundo?


Será mesmo o fim da Civilização? Ou o fim, apenas, da era patriarcal?

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