O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, maio 11, 2003

“Na ilha de Creta, onde a Deusa ainda era suprema, não havia sinais de guerra.
Aí a economia prosperava e as artes floresciam.”


In O Cálice e a Espada,
de Riane Eisler


O Submarino amarelo?...

707 MILHÕES DE EUROS PARA COMPRAR SUBMARINOS???



Bom...

...Eu não percebo nada de economia nem de política como poderão perceber facilmente - sou apenas suficientemente lúcida e normal para não entender como é que se gastam esses milhões de euros ou dólares em instrumentos de guerra para a “defesa”!? Mas eu sou apenas mulher, claro...
O País está em crise ou em banca rota, não se pagam ou aumentam salários, há desemprego em barda, toda a gente fala nas Finanças e do déficit, no entanto, gasta-se milhões ou milhares de “contos” (e histórias) em submarinos e a suportar as guerras dos outros ou mesmo sustentar marmanjos que andam a brincar às guerras e aos barquinhos - para defender não se sabe bem o quê - (uma invasão espanhola? Ou árabe?) quando este povo é o mais triste, o mais analfabeto e pobre da Europa a olhos vistos de italianos, ingleses ou franceses e até mesmo os espanhóis olham para nós com pena!... O mais constrangedor que qualquer europeu conhece de facto...E basta ver na televisão o desfile de miséria e desgraças, próprias de um povo subdesenvolvido ou terceiro mundista, que não se sabe exprimir, nem falar e o mais atrasado da Europa e esses “senhores” que governam a “nação” não têm vergonha na cara...compram aviões e submarinos ou helicópteros para a Defesa do Estado? E dizem que Portugal está no topo da História?!



Não, não entendo este país nem este mundo de loucos em que se gastam milhões de dólares para sustentar exércitos e armadas e se inventam armas poderosas e bombas atómicas quando há povos inteiros a morrer à fome enquanto que os seus próprios presidentes gastam milhares de diamantes em bodas para casar as filhas à francesa ou os “trimilionários” americanos gastam “trilhões” para baptizar uma só criança!

E dizem depois que nós as “bruxas” e as mulheres somos histéricas ou estranhas...
E que vivemos no mundo às avessas.
..

Eh, eh, eh, eh......

Estou mesmo a imaginar...

...a imaginar que bom seria...
Se eu mandasse, punha os exércitos a fazer serviço cívico...
Aos quartéis usava-os para educar e abrigar os miseráveis que andam por aí a arrumar carros ou a pedir: a esses sim punha-os a fazer serviço cívico obrigatório...
Sim, dos quartéis e prisões fazia hospitais e escolas de paz...para os prisioneiros e criminosos aprenderem a respeitar o próximo dando-lhes condições de vida cavando a terra e cuidando das flores; dava uma vida digna e ensinava às prostitutas a respeitarem-se como mulheres dando-lhes a dignidade que lhes roubaram à nascença, pela miséria sofrida e pelos abusos fora e dentro da família... Às freiras e aos padres...também os mandava plantar batatas para aprender a respeitar a Mãe da terra e não só o Pai do céu...


...ando aqui na noite para apanhar ar e a refrescar as ideias dos afrontamentos...



ando aqui nesta insónia a pensar como...

Os milhões que servem para os "nossos" parias (note-se, os soldados e exércitos) brincarem às armadas e os seus oficiais e ministros a andarem em paradas cheios de ego a olhar para os galões e medalhas e as fardas...servia para educar um povo inteiro desprotegido e ignorante o mais atrasado da U.E. e que envergonha qualquer cidadão com um mínimo de consciência e integridade!

Mas não, eles mandam e preferem as Paradas e o folclore machista de berloques e franjas, num exibicionismo demente das suas patentes e as estratégias da guerra e da morte de outros seres humanos em nome da defesa de um território que demarcaram como os gatos em cio há centenas de anos...


- Será que Einstein era também burro?
Porque odiava ele os exércitos e as suas paradas? Não foi ele que disse:


"Considero digno de desprezo um homem que sente prazer em
desfilar em parada ao som de uma marcha militar. Um homem
assim não merece um cérebro humano, já que uma simples medula
espinal lhe é suficiente.

Deveríamos fazer desaparecer o mais
rapidamente possível este cancro da civilização. Odeio violen-
tamente o heroísmo a pedido, a violência gratuita e o naciona-
lismo idiota.
.


"A guerra é a coisa mais desprezível que existe.
Preferia deixar-me assassinar a participar nessa ignomínia."



A.Einstein

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