O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, setembro 03, 2003

SETEMBRO É O MEU MÊS...


"A VIDA É OBSTÁCULO,
MAS A MORTE NÃO É SOLUÇÃO"



A MÃE QUE PROCURAMOS
É A MÃE ANCESTRAL
A QUE TEM NA BARRIGA
O COSMOS ENROLADO"


Y.K. Centeno


Mas,

"Vem soleníssima
Soleníssima e cheia
De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,
E todos os gestos não saem do nosso corpo
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar."


Fernando Pessoa

(HOJE FAZ TRÊS ANOS QUE MORREU O MEU IRMÃO...
O MEU ÚNICO PRÓXIMO...)


"Il est impossible d’”assimiler” la mort d’un ami. C’est une nouvelle terrible qui reste à l’extérieur de notre esprit, qui n’y peut entrer, mais qui s’insinue lentement dans notre coeur, à la manière d’un chagrin inconscient."

EM Cioran

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