O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, outubro 27, 2003

MULHERES & DEUSAS

E A POESIA A ENTRE-CALAR....

OU NADA DIZER...


RECOLHER AO SILÊNCIO DAS ESFERAS,

"ESPERAR" A MUDANÇA DO COSMOS

NÃO FORA MAS DENTRO DE CADA SER

A ANUNCIAR OUTRAS VERDADES...






“No canto secreto do coração há dois seres que bebem o vinho da vida no mundo da verdade. Aqueles que conhecem Brahman, aqueles que mantêm os cinco fogos sagrados e os que acendem o triplo fogo e Nachiketas, chamam-se "luz” e “sombra”.

(...)

O sábio devia render a fala à mente, a mente ao seu sabedor, o eu sabedor ao Espírito do Universo, e o Espírito do Universo ao Espírito de paz.

Despertai, erguei-vos! Lutai para chegar ao mais Alto e estar perto da Luz! Os seres iluminados dizem que o caminho é estreito e difícil, tão estreito como o gume de uma navalha."


in OS UPANISHADES


“Só as grandes dores, as dores inesquecíveis, desprendem do mundo; as outras, as medíocres, moralmente as piores, submetem-nos a ele, porque remexem os fundos da alma.”



“Só agimos sob o fascínio do impossível: o mesmo é dizer que uma sociedade incapaz de dar à luz uma utopia e de se lhe entregar se encontra ameaçada de esclerose e de ruína. A sabedoria, que nada pode fascinar, recomenda a felicidade dada, existente; o homem recusa-a, e só essa recusa faz dele um animal histórico, quero eu dizer um amador de felicidade imaginada.”

In Mecanismo da Utopia
E.M. Cioran

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