O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, outubro 31, 2003

O OUTRO LADO DA MULHER:
ou o lado renegado de si mesma como sombra - Witch (bruxa, feiticeira)





"Na Idade Média, as mulheres que conseguiram o poder, passavam
gradativamente a ser consideradas bruxas. A palavra inglesa
witch (bruxa, feiticeira) é derivada da palavra anglo-saxônica
wicce e da alemã wissen (saber, conhecer) e wikken
(adivinhar). Antigamente as bruxas eram chamadas de sábias,
até a Igreja atribuir-lhes uma conotação de degradação, de
mulheres dominadas pelos instintos inferiores.
(...)

As bruxas nada mais eram do que mulheres que conheciam e
entendiam do emprego das ervas medicinais para a cura das
enfermidades nos vilarejos onde viviam. Também estavam aptas a
realizar partos e a preparar ungüentos medicinais. Com o
advento do Cristianismo, a era patriarcal acabou por imperar,
até porque o Salvador era um homem. As mulheres foram
colocadas em segundo plano e identificadas como objetos de
pecado utilizados pelo diabo.

É claro que algumas mulheres rebelaram-se. Estas mulheres,
dotadas de um poder espiritual - inclusive passado de mãe para
filha -, começaram a angariar de novo o prestígio de outros
tempos, e isto passou a incomodar o poder religioso. Como
admitir que algumas mulheres podiam ser livres e que algumas
pessoas respeitavam o que elas ensinavam? Para acusar uma
mulher de bruxaria era muito fácil: bastava uma mulher casada
perder a hora de despertar, que o marido a acusava de estar
sonhando com o demônio."


(...)

( excertos)
de Monica Buonfiglio - Do Terra


UM COMENTÁRIO DIGNO DE NOTA (e que me honra muito. Obrigada João):

Ainda hoje há muita gente com mentalidade de Idade Média e gente que se auto-intitula "culta" por ter uma licenciatura! Estamos na Idade do Ferro, na Idade das Trevas, basta ver (ouvir) as notícias.

Mulheres, renascei das cinzas, que cada uma seja uma Fénix! O Mundo precisa urgentemente de vós!


João | 01-11-2003 22:56:03

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