O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 17, 2004


O NOVO TEMPLO DA DEUSA

O Reino da Deusa Mãe vai de novo imperar. Paulatinamente a Deusa vai retirando os seus véus e o seu Coração Sagrado vai-se abrindo à Humanidade. Neste caminhar para a nova aurora, as mulheres terão um papel importantíssimo a desempenhar através da abertura da sua consciência a uma nova Conciência do Feminino, pelo resgate da sua dimensão ontológica, chamadas a cumprir a sua totalidade como Mães, Amantes e Curadoras das almas, amparo dos fracos e mediadora das forças entre a terra e o Cosmos.
Todas as mulheres e homens são chamados ao Novo Templo da Deusa cujo Véu se estende ainda invisível, mas que em breve cobrirá de novo a terra do seu amor e compaixão, limpando progressivamente o rasto maléfico e diabólico deixando pelos bárbaros - os sub-humanos - que encarnaram as forças negativas que invadiram o planeta e dominaram a superfície da terra, destruíndo o culto pacífico da Deusa anulado o Princípio Feminino e com ele o respeito de toda a Natureza, imperando pela força, a violência da espada e mais tarde a das armas mais sofisticadas com que ainda matam os seus irmãos planetários.
Nada ficará impune... a Mãe Natureza, mostrando a sua força de regeneração, irá limpando com a ajuda dos elementais, as energias da natureza, toda a superfície do planeta, em todos os continentes, e cada lugar ou País, será assolado de tempestadas, furacões e cheias, fogos incontroláveis, cataclismos jamais vistos, para sacudir e acordar a Humanidade adormecida e alienada da sua essência divina, escrava de ódios causados pelos vários materialismos que as iludem e cegam.

Compete às mulheres, mais do que aos homens, neste início de século, o seu despertar e dar o seu corpo à Deusa que em cada uma habita, para assim ajudar a curar os homens da sua ira e da sua raiva, começando pelos seus filhos tão mal amados, aprisionados pela “Besta”. À medida que as mulheres forem despertando da sua inconsciência, retomando a expressão do seu poder interno e mostrando segurança ao dar os primeiros passos na independência do seu ser da tutela dos homens, irá sofrer muitas perseguições não como na idade média, ao ser queimada nas fogueiras, mas através da coacção psicológica e abusos e violências de toda a espécie no seu corpo e na sua alma. Apesar destas atrocidades e calúnias as mulheres terão de superar esses obstáculos e caminhar umas com as outras, confiando nas mulheres e nas mães, perdendo os medos que as aprisionaram durante séculos em que se odiaram umas às outras e em que se deixaram reduzir a meros instrumentos de prazer e procriação, ou então para simplesmente adornar a chamada sociedade civilizada, como objectos de luxo e acompanhantes virtuais dos “intelectuais, políticos e artistas” e outros que viveram explorando e vampirazando a energia feminina em seu proveito.

Tal como aconteceu em Delfos, quando a Pitoniza e a Piton foram mortas por Apolo - o deus dos bárbaros reinantes - as mulheres e a Deusa foram aglutinadas, como hoje o são ainda hoje as Aparições de Fátima, de Loudres e de outros lugares de ressonância vibratória elevada, ao culto oficial católico misógino que nada tem a ver com a Vontade da Mãe nem do Princípio Crístico, que foi usurpado pelos padres - antes sacerdotes guerreiros - e que adulteraram o Oráculo e o submeteram a vaticínios de ordem política e guerreira, assim como o Vaticano imperou como uma ordem ou poder material e viciado pelos jogos de interesses seculares de domínio temporal e bélico na terra. Para isso, e desde o início da nossa era, retiraram à Mulher e à Deusa todos os seus dons condenando-a como “bruxa”, pecadora e infecta, cobrindo-lhe o rosto e a cabeça nas suas Igrejas. Assim deliberaram todos os patriarcas, de Ocidente a Oriente em todo o Planeta. As Mulheres no Mundo inteiro sofreram de forma expiatória todos os crimes perpetrados sobre a metade humanidade escravizada ao peso das suas leis e religiões. Se não fosse porém a dádiva inata do Ser Mulher, a sua força, a sua coragem e capacidade de sofrer pelo Filho, que os homens e as suas leis crucificaram, o mundo já tinha expirado. A sua Piedade e a sua Compaixão permitiram ao mundo continuar até que de novo a sua verdade se sobreponha à falsa justiça dos homens que tão ilustrativamente representam pela mulher de olhos vendados!


Pois essa Venda será em breve retirada e a Mulher usará de novo o seu poder para aliviar os aflitos e desesperados, as vítimas da “Besta” do seu continuado terror.

O mundo retrata-nos no momento o exaurir do seu poder na sua expressão mais bestial e cínica, desenfreada na sua “arte” ou “liberdade” quando ataca e viola e mata as suas próprias filhas-bebés e usa crianças nos seus vícios de predadores infectos, em todo o mundo. Não é o chamado terrorismo a forma mais hedionda do seu poder, mas a corrupção e a violência cometida cada dia em seres indefesos por suposto entregues à sua guarda! E não há Defesa contra essa violência...Os homens apenas “defendem e atacam” o seu território e a sua posse, como qualquer animal predador. Em todo o mundo o Poder Patriarcal está impregnado dos mesmos vícios de abuso e violência - a justiça, a polícia, o exército e os Governantes de todo o mundo e já não há ideologias nem religiões que possam esconder esses factos das populações do mundo. Os homens são, regra geral, cúmplices dessa bestialidade generalizada com excepções muito dignas e que contribuem de forma exemplar para a Nova Era. O chamado 5 Poder denuncia, mas não faz nada para minorar ou alterar. Chafurda na porcaria e atola-se com o que expressa, regido pela mesma cegueira de poder...Sem control nem ética, levando as multidões confusas a agir por ódio e raiva, desordenadamente, sob o impulso da violência.

Cabe à mulher agora dar nascimento - saindo do jugo milenar a que foi submetida - a uma Nova Ordem Planetária através da Compaixão e do Perdão, mas não antes de restabelecer a Justiça e a Verdade – pela mão da Deusa Maat - de forma implacável, equânime, como só uma Grande Mãe pode fazer. Não se trata como é evidente de reclamar um poder para si à imagem do que o homem fez com ela, mas de distribuir equitativamente os bens que a Natureza e a Vida a todos nos outorga. Levará muitos anos, será difícil, parecerá utópico, mas é o único caminho possível para que a Humanidade retome a sua missão evolutiva e restaure a Paz e a Harmonia na Terra.
Para isso a mulher tem de recuperar a VOZ DO UTERO que lhe foi roubada – a voz da Mãe Eterna que acorda agora dentre dela, como um parto sem dor...

Rosa Leonor Pedro

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