de Ayla Cândido
Em volta em brumas suspirando
Uma saudade sem tamanho
De um amor distante que findou
Nos lençóis desenhos de saudades
Uma dor guardada a sete chaves
Uma aflição na alma a reclamar
Da tua presença neste plenilúnio
A lua minguando com este amor
Celebrando a morte de uma paixão
Para assim nascer em outros sonhos
Um novo amor a crescer no coração
Vejo no céu tua face escura e nova
Emergindo dos mundos intocados
Com a sabedoria de quem tudo viu
De quem estava aqui desde o princípio.
Um crescente no céu agora se forma
É o prenúncio de um novo amor
É o ciclo da vida-morte
Morte e vida deste amor.
É a donzela inocente da fábula
Que viu nas águas escuras do caldeirão
O teu rosto no reflexo que a lua trouxe
De tantas vidas ou dessa outrora?
Olho o céu consultando as estrelas
Perscrutando o agonizar desse amor
Ë a tua face Mãe,cheia e nutridora
Que me diz baixinho o teu segredo
Tudo é vida-morte e vida
E no teu útero eu dormi de novo.
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