COMO O OCIDENTE PATRIARCAL E A MEMÓRIA DA INQUISIÇÃO
TRANSFORMOU OS SERES HUMANOS EM FRUSTRADOS E NEURÓTICOS
> "Á força de rejeitar o que a Feminilidade traz como solução à angústia do homem, cria-se em todo o caso uma humanidade perfeitamente neurótica.
(...)
Suprimindo a noção de Mãe-Divina, ou submetendo-a à autoridade de um Deus-Pai,
desarticulou-se o mecanismo instintivo que fazia o equilíbrio inicial: daí advém todas as neuroses e outros dramas que sacodem estas sociedades paternalistas."
In LA FEMME CELTE - de Jean Markale
"O EQUILÍBRIO INICIAL", DE QUE O AUTOR FALA, ERA O EQUILÍBRIO ECOLÓGICO E O RESPEITO PELAS FORÇAS DA NATUREZA E OS SEUS CICLOS; ERA O RESPEITO PELA MULHER E PELA DEUSA-MÃE, PELAS FASES DA LUA E PELOS LUGARES SAGRADOS, LUGARES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA E TELÚRICA QUE MANTINHAM A TERRA EM EQUILÍBRIO. PONTOS DE LIGAÇÃO ENTRE A TERRA E O CÉU E DE QUE A MULHER ERA A MEDIADORA, ENQUANTO SACERDOTISA.
ESSE RESPEITO A TERRA À DEUSA E À MULHER-MÃE ERA O PRINCÍPIO DO PAGANISMO QUE FOI DESTRUÍDO PELO CRISTIANISMO NA PERSEGUIÇÃO DE CULTOS ANCESTRAIS, CULTOS DE VIDA, TROCADOS PELO CULTO DA MORTE E DA NEGAÇÃO DA VIDA INSTINTIVA, NATURAL.
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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