AO DA ESPADA (PAI, TIRAR A VIDA, MATAR)
O MUNDO PATRIARCAL BASEA-SE NA FORÇA DA GUERRA: DÁ-SE MAIS VALOR AO PODER DE TIRAR A VIDA, ENQUANTO QUE O MATRIACADO SE BASEAVA NO VALOR DA VIDA, NO CULTO DA NATUREZA E DA PAZ...
(...)
"No núcleo do sistema dos invasores encontram-se a atribuição de mais valor ao poder de tirar a vida, em vez de a dar.
Este era o poder simbolizado pela Espada “masculina” que, como atestam antigas gravações Kurgan em cavernas, era literalmente adorada por estes invasores indo-europeus. Pois a sua sociedade dominadora, regida por deuses - e os homens - guerreiros, este era o poder supremo.
Com o surgir destes invasores no horizonte pré-histórico - e não, como se diz por vezes, com a descoberta gradual, por parte dos homens, de que eles representavam também um papel na procriação - a Deusa, e as mulheres, foram reduzidas a consortes e concubinas dos homens. Gradualmente a dominância masculina, a guerra e a escravatura de mulheres e de homens mais delicados e “afeminados” tornou-se norma.
Riana Eisler
O CÁLICE E A ESPADA
"A pior das instituições gregárias chama-se
exército. Odeio-o."
Albert Einstein
(...)
Os homens amam a guerra. Mas não a amam
só com a coragem do atleta
e a empáfia militar, mas com a piedosa
voz do sacerdote, que antes do combate
serve a hóstia da morte.
Foi assim na Criméia e Tróia,
na Eritréia e Angola,
na Mongólia e Argélia,
no Saara e agora.
Os homens amam a guerra
E mal suportam a paz.
Os homens amam a guerra,
portanto,
não há perigo de paz.
Os homens amam a guerra, profana
ou santa, tanto faz.
Os homens têm a guerra como amante,
embora esposem a paz.
(...)
(Affonso Romano de Sant'Anna)
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