O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 01, 2006

RESPOSTA AO MEU ANÓNIMO “VISITANTE”

“Uma nota sobre o 'antro judaico-cristão': não creio que Fátima recolha qualquer tradição judaica, mas recolhe, isso sim, alguma simpatia em sectores (admito que rarefeitos) do islamismo xiita (Fátima era o nome da filha de Maomé); igualmente certos Hindus têm simpatia pelo local, que identificam espiritualmente com alguma das suas crenças (sei não quais). O próprio Dalai Lama acho ter referido 'good vibes' no local. Por 'portas e travessas', exploradas ou não, Fátima e o culto mariano são uma faceta 'maternal' de religião. Posso estar errado, é claro. Mas uma Senhora vestida de azul pairando numa azinheira me parece uma razoável metáfora de uma Deusa. E não arqueológica, psicológica mesmo. Um astral mais desanuviado e desconsidere a fraca prosa, Rosa.

visitante | 31-07-2006 13:30:38


Monserrat
UMA SENHORA VESTIDA DE BRANCO?

Quando disse que Fátima se tornou um “um antro de tradição judaico-cristã”, queria dizer que a predominância do culto era cristã e que o cristianismo está eivado de influências judaicas…Além de que a Igreja Católica se apossou do lugar que pertence por natureza à Deusa Mãe…
Queria dizer ainda que Fátima, (Nome da Filha de Maomé) um lugar energético já anunciado como o da Aparição, onde predominam as forças telúricas, forças da Terra e portanto ligadas à Deusa e à Mãe, Princípio Feminino, favoreceram um acontecimento que chamamos “Milagre” – um lugar, um estado, um momento - que “aconteceu” se aconteceu, como uma manifestação numinosa do Corpo energético da Deusa, uma manifestação cósmica de energia, num lugar previligiado e a que as crianças católicas e temerosas a deus que castiga acharam concerteza que aquela Luz ou Brancura só podia ser a “nossa senhora”…ou pensariam elas que era só uma metáfora, uma manifestação energética daquilo que nos transcende?
A Energia não se manifesta só usada pelos homens como Bomba Atómica, tem poder para se configurar ainda que metáfora do Divino, na aparência de uma Mulher, outra realidade que nós seres só mentais e racionais não podemos ver nem conceber na dualidade...

É para equilibrar os nossos opostos complementares, feminino e masculino - reintegrando o feminino que falta ao ser humano para que este possa ter uma Visão quem sabe mais alargada do Universo tanto interior como exterior – que eu mantenho esta página…Reforçar o lado feminino da Humanidade e uma Consciência nova desse Feminino na própria Mulher.
Os homens intelectualmente, tal como as mulheres, sem o seu lado emocional, intuitivo e instintivo e digo sem a Mulher integrada, um e ouotro, não vão conseguir divertir-se muito, como o calvin, o puto esperto…
Claro que isto não vem nada a propósito…

PS.
Disse bem: “Fátima e o culto mariano são uma faceta 'maternal' de religião”, antes da dominação patriarcal na sua pior faceta paternalista…No demais também concordo consigo e fico feliz com isso, que Fátima possa ser um lugar de fusão das Religiões unidas pela Mãe e não divididas pelo Pai…
Era impensável numa religião matriarcal a Mãe matar mulheres e crianças inocentes numa guerra de afirmação de poder bélico como acontece com as mais fundamentalistas das religiões patriarcais neste momento à face da Terra!
Toda a conversa intelectual e filosófica dos políticos mundias neste momento sobre a Guerra no Líbano mete-me nojo, puro nojo!!!

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