O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, agosto 10, 2007

Acredito nos movimentos de Consciência do SER e não nos movimentos politícos...


Mensagem de solidariedade

Sizakele e Salome, lésbicas sul africanas foram assassinadas no seu país, por razões que se prendem com a intolerância ante as suas escolhas sexuais. Na África do Sul, como em tantos outros países deste mundo, não foi a primeira vez, nem, infelizmente, terá sido a última. Os movimentos de gays e lésbicas da África Sul convocaram para amanhã uma concentração em Joanesburgo para exigir do governo uma mudança de atitude ante este tipo de crimes e violências. E pedem que, quem o possa fazer, envie mensagens de solidariedade para mpumi@mask.org.za. Seja activo e tecle! Em inglês de preferência.

in sem muros: http://www.miguelportas.net/blog/

Talvez Sizakele e Salome não tenham sido mortas apenas por serem lésbicas...Mas porque fugiram ao domínio patriarcal ancestral. Não é apenas com mensagens de solidariedade mas mudando os paradigmas e consciencializar as próprias mulheres da sua dimensão ontologica o da importância do Princípio Feminino que chegaremos a um ponto em que cada ser será respeitado independentemente do seu sexo e da sua sexualidade!!!

(...)
Trata-se POIS de começarmos a perceber a diferença entre o Princípio feminino ou a Mística da Mulher e toda a luta social económica das feministas, por assim dizer. Qualquer sociedade fundada na divisão da mulher e na negação do seu princípio, nunca poderá dar à mulher aquilo que ela lhe pede e muito menos responder à questão essencial do seu SER, pois que esse ser foi subalternizado e nem hoje em dia a mulher QUE SE CONSIDERA livre E EMANCIPADA no munmdo moderno pode dispor ou tem uma liberdade de ser inteira ou ser ela própria porque se desconhece NA SUA essência.

Sobre as causas dessa divisão e domínio patriarcal, há toda uma bibliografia de pesquisa histórica e antropológica das origens, feita por mulheres, e não só, do que foi a sisão da mulher em duas, que corresponde a uma espécie de mutilação interior - se assim posso dizer - assim como da supressão do Princípio Feminino como contrapartida do Princípio Masculino, da história da humanidade e que começa com o domínio absoluto do patriarcalismo.

Há cerca de cinco mil anos, pela força da espada e da violência, a partir das invasões bárbaras, todo e qualquer valor sagrado alusivo à Deusa Mãe e seu culto ou crença posterior que fosse ainda pertença do mesmo culto pagão da Natureza, era suprimido e as sacerdotisas perseguidas e mortas como o foram e continuaram a ser depois do cristianismo, sobretudo e mais recentemente pela Inquisição.

(...) Aí começou muito da confusão original sobre o que seja a verdadeira identidade da mulher e que se estendeu a todos os continentes. Posto que anteriormente, no matriarcado, a mulher vivia a sua totalidade, ligada a Natureza sendo livre para assumir e viver quer a sua maternidade quer a sua sensualidade e com a mesma elevação o seu erotismo, sem Ter de abdicar de nenhum aspecto do seu ser para ser uma mulher digna. Mas uma das coisas mais nefastas que o patriarcalismo fez à mulher foi de facto dividi-la em duas, e tornando-a sua propriedade. (...)
Quem domina o mundo e põe em estado de sítio todo o planeta são os valores do masculino, através da guerra, da imposição da força e da violência, nomeadamente sobre as mulehres e isto em todo o mundo. Para haver respeito e paz no mndo, os dois princípios têm de estar em equilíbrio tanto no homem como na mulher, sendo que neste momento o problema maior consiste no facto de as próprias mulheres viverem o seu polo masculino e a sua feminilidade corresponder praticamente ao que o homem imagina da mulher e não à sua realidade.
É por esta razão que Temos de começar a integrar as duas mulheres antes de integrar os dois lados do nosso ser e uma vez que é a mulher o elo mais fraco, é sobre a mulher que me vou debruçar. Se houver homens interessados no seu lado feminino também interessados em me ouvir, óptimo, mas não vou discutir sobre a igualdade ou as diferenças entre sexos. De resto é para a mulher e da mulher que falo. A partir daqui podemos começar a discutir as vossas dúvidas sobre o que aqui expus. RLP
(Excerto de uma conferência que fiz o ano passado)

Sem comentários: