O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, janeiro 17, 2008

A DESCIDA DA DEUSA


“Toda a área da espiritualidade feminina se encontra em branco.
Muitos dos escritos de freiras foram perdidos. De qualquer forma, as mulheres não escreveram muito sobre a busca espiritual. As mulheres tem sido afastadas de posições importantes na maioria das religiões instituídas.

A espiritualidade feminina parece diferente da masculina. Menos orientada para objectivos. Pode alterar a noção do que é iluminação. Mais vasto e abrangente; mais uma vez amorfa.

A espiritualidade feminina é difícil de ver, difícil de definir. Quais são os estádios, os passos, o treino? Será que fazer croché ou malha é tão bom como a meditação para treinar a atenção e serenar a mente?
(…)
As mulheres que alcançaram a iluminação – conseguiram-no seguindo vias ou modelos tradicionais masculinos? Conseguiram-nos seguindo o seu próprio caminho? Como é que o encontraram? Por que tipo de conflitos, dúvidas sobre si próprias, etc., passaram para encontrarem o seu próprio caminho?
(…)
A “Deusa é uma descida, Deus é mais uma ascensão. Ambos necessários, ambos importantes. Mas há muito pouco trabalho feito sobre a descida da Deusa. Algumas excepções: Aurobindo, tantra…
(…)
Treya
In Graça e Coragem de KEN WILLBER

2 comentários:

Nana Odara disse...

Fazer crochê é muito bom... não sei se tão bom como a meditação...
mas para agregar mulheres e trocar informações, acalmar um pouco, relaxar é muito bom sim... assim como a pintura e a música... há formas diferentes de fazer e de sentir... cada pessoa reage de maneira diferente ao mesmo estímulo... às vezes qdo estamos distraídas no crochê vem-nos um insigth, e estamos relaxadas, deitamos tudo cá pra fora e nem damos por isso... ajuda a desbloquear medos e receios... Mas não é o caminho mais eficaz ou rápido para a espiritualidade da Deusa descida... pode ajudar, pode sim...mas cada uma tem o seu tempo próprio de acreditar em umas coisas e começar a desacreditar em outras... não dá pra forçar nada... tem de deixar o rio correr... mas ele sempre vai abraçar o mar um dia...

Anónimo disse...

Tudo o que pare a nossa mente é bom. Por detras dela, ou quando ela pára, está o segredo das deusas...
Mantras meditação croché rezar o terço etc. consoante a sua vontade, mas a verdadeira meditação é um caminho para dentro, um caminho seguro com guia e protecção se a quiser...
adivinhe

rosa leonor